sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Evento focou no combate a crimes e destacou uso de tecnologias para reforçar a segurança do setor elétrico e da sociedade

O auditório da sede da Equatorial Maranhão, em São Luís, foi palco, nesta quinta-feira (9), de um amplo debate e troca de experiências durante o II Simpósio de Segurança e Inteligência Institucional. O evento, promovido pelo Grupo Equatorial, reuniu representantes das Polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal e Exército; especialistas em segurança empresarial e inteligência corporativa; representantes do Poder Judiciário e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN); além de empresas privadas e fornecedores de soluções tecnológicas em segurança física e eletrônica.

Em sua 2ª edição, o evento teve como foco os desafios da segurança no combate a crimes contra infraestruturas críticas, tais como furto e roubo de cabos, além do vandalismo; as quais garantem serviços essenciais à população. E visou aprimorar a integração entre os agentes públicos e privados na prevenção e combate a esses crimes que ameaçam o setor elétrico brasileiro.

O II Simpósio foi aberto pelo Diretor de Relações Institucionais da Equatorial Maranhão, José Jorge Soares, e pelo Diretor de Serviços Compartilhados do Grupo Equatorial, Humberto Nogueira, que reforçaram a importância da ação conjunta entre diversos setores, visando coibir as práticas criminosas que ameaçam o setor elétrico. “Além do debate conjunto e troca de melhores práticas, já iniciamos a criação de um comitê formado pelas empresas do setor elétrico para um combate mais efetivo. Já estamos aplicando o uso de IA, tecnologias e inovação para garantir a proteção ao setor elétrico e à sociedade que dele depende para vários fins”, declarou Humberto Nogueira.

No evento foram apresentadas estratégias de inovação, tecnologia e inteligência artificial para monitoramento, prevenção e repressão dessas ações que colocam em risco o setor elétrico e a segurança das pessoas em geral.

Tecnologia e integração no combate ao crime

Foram realizadas palestras, debates e painéis temáticos. O primeiro painel “Desafios da Segurança Empresarial no Setor Elétrico” reuniu os debatedores Sergio Carvalho (Equatorial Maranhão), Franklin Barbosa (Eletrobrás), Fabiano Faria (State Grid) e Tomaz Gomes (ISA Energia). Eles falaram sobre as estratégias de prevenção a furtos e vandalismo em instalações elétricas. E abordam questões como medidas de contenção física e protocolos de cooperação entre concessionárias e órgãos de segurança pública.

Fabiano Faria lembrou que “proteger o fornecimento de energia elétrica é sinônimo de proteger a vida, pois a sociedade não vive sem energia. Todos os nossos esforços são necessários para proteger o suporte à vida das pessoas.

O Delegado Marcos Amorim, representando a Secretaria de Segurança Pública do Estado, palestrou sobre “Legislação e Operações”; seguido por Rafael Sanches, da área de Segurança do Trabalho da Equatorial, que apresentou o projeto “Smart City”.

O segundo painel tratou dos “Desafios da Segurança Empresarial em Infraestruturas Críticas”, tendo como painelistas Jorge Boueres (Vale), Jorge Márcio (Petrobrás), Marcelo Angelim (Motiva Aeroportos) e Éder Cunha (Alumar). Em seguida, aconteceram apresentações de Rodrigo Camargo (ASIS), Maurício Thomé, da M3 Tecnologia; de Michel Ricardo, da Omniware LLC e de Kleber Reis, da Oguen Tecnologia.

“Todo o nosso trabalho visa desenvolver e fortalecer uma cultura de segurança corporativa e patrimonial com foco nas pessoas, afinal, o principal ativo de toda empresa é o capital humano, a vida a ser preservada”, ressaltou Maurício Thomé, diretor da M3 Tecnologia.

Durante o Simpósio, a Equatorial apresentou uma série de ferramentas que passam a integrar o sistema de segurança das distribuidoras do Grupo, como nanotecnologia, fibras sensitivas, monitoramento inteligente e sensores remotos — tecnologias que permitem rastrear e prevenir furtos, vandalismo e sabotagens a equipamentos estratégicos. Para a Equatorial, todo o investimento em tecnologia é uma forma de proteger não apenas os ativos, mas, sobretudo, a vida e o bem-estar da população que depende da energia todos os dias.

A programação incluiu também uma mostra tecnológica, com estandes de fornecedores e suas soluções e tecnologias voltadas para a segurança eletrônica, sensores inteligentes, IA, fibra óptica e vigilância remota; além de demonstrações práticas de tecnologias utilizadas no combate a crimes contra infraestruturas.

Para o Delegado Augusto Barros, Superintendente de Investigações Criminais, o evento foi proveitoso, com rica troca de experiências entre os participantes “além do networking importante, esse foi um evento que apresentou tecnologias diferenciadas e que podem ser utilizadas tanto pelo setor público, quanto pelo privado. Todos saímos maiores desse Simpósio”, declarou o delegado.

O simpósio foi mais do que um encontro técnico, e representou um chamado à ação conjunta. Segurança é um valor que se constrói com inteligência, tecnologia e colaboração e quem mais ganha com esses esforços é a sociedade em geral.

Realidade de riscos e dados com incidentes da rede elétrica

Na apresentação institucional da Equatorial Maranhão, o Superintendente Regional da Equatorial Maranhão, Sergio Carvalho, revelou um quadro preocupante de incidentes nas instalações. Em 2025, foram 34 ocorrências registradas apenas no estado, incluindo furtos de cabos, invasões e vandalismo em subestações.

Outro destaque foi o aumento expressivo dos casos de “pipas em redes de energia”, que provocaram 1.516 ocorrências no primeiro semestre de 2025, um crescimento de 44,24% em relação ao ano anterior, afetando o fornecimento de energia e gerando prejuízos à população. São Luís lidera o ranking, com 516 episódios registrados. As ocorrências são agravadas pelo uso de linhas cortantes, como o cerol e a linha chilena, proibidos pela Lei Estadual nº 11.344/2020 e pela Lei Municipal nº 7.537, que criminalizam o uso e a comercialização desses materiais.

Em paralelo às ações de monitoramento, o Grupo Equatorial vem desenvolvendo projetos comunitários de prevenção, como o “Voando com Responsabilidade – Pipa na Mão, Segurança em Ação”, que atua em bairros de São Luís com altos índices de incidentes, como Liberdade, Anil, João de Deus e Vila Kiola. A iniciativa conta com parceria do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Municipal, PROCON, SEBRAE e líderes comunitários, unidos na promoção de campanhas educativas.

Informação: InterMídia Comunicação Integrada 

Para se inscrever, os interessados devem preencher um formulário on-line, disponível até o dia 26 de outubro.

SÃO LUÍS – Desde 2020, as ruas Isaac Martins de Barrocas e Graça Aranha e a Praça Manoel Beckman, no Centro Histórico de São Luís, são transformadas em um território vivo de arte, reunindo artistas de todo o Maranhão, assim como nacionais e internacionais, por meio de intervenções como lambe-lambe, grafite, performances e manifestações culturais diversas. Assim é a “Ocupação Barroca SLZ – Festival Multilinguagens de Arte Urbana e Cultura de Rua”, evento anual de ocupação artística e cultural que valoriza as expressões urbanas no Centro da capital maranhense – e chega em 2025 para sua 6ª edição, que está com inscrições abertas.

A proposta de ressignificar o patrimônio histórico como espaço de vivência e convivência artística surgiu há cinco anos, e foi criada pelo artista maranhense João Almeida, também conhecido como “Opedefeijão”, residente na região central da capital maranhense. A Ocupação mobilizou artistas por meio de uma convocação on-line, incentivando-os a enviar suas obras em arquivos digitais ou físicos, que foram aplicadas nos muros da Rua Isaac Martins Barroca.

Ampliado para a edição 2025, a 6ª edição da Ocupação Barroca SLZ, enquanto festival multilinguagens, contempla de intervenções artísticas visuais (lambe-lambe, grafite, colagens) à apresentações musicais, discotecagens com DJs, grupos de dança urbana, performances, manifestações da cultura popular, ações formativas (oficinas, rodas de conversa, vivências) e uma feira de economia criativa.

“Nosso objetivo central é fortalecer este evento como uma plataforma acessível, colaborativa e democrática de arte urbana em diálogo com o patrimônio histórico de São Luís, promovendo a valorização da cultura local, o sentimento de pertencimento da comunidade e a profissionalização dos envolvidos”, destaca João Almeida, que ressalta, também, a missão da Ocupação em fomentar intercâmbios entre artistas do Maranhão, do Brasil e da América Latina, promovendo visibilidade para produções artísticas diversas, especialmente de artistas e coletivos das periferias, assim como pessoas negras, indígenas e com múltiplas vivências que atravessam essas identidades — como ser mulher cis ou trans, mãe, LGBTQIAPN+, pessoa com deficiência (PCD), imigrante, entre outras.

Inscrições

As inscrições podem ser feitas até o dia 26 de outubro, por meio do link: https://linktr.ee/ocupacaobarroca. Já o resultado oficial será divulgado nas redes sociais da Ocupação Barroca SLZ (no Instagram da Ocupação Barroca SLZ, na @ocupacaobarrocaslz e/ou no link: https://www.instagram.com/ocupacaobarrocaslz), no dia 5 de novembro.

A iniciativa irá selecionar oito propostas artísticas do Maranhão. Cada artista ou coletivo selecionado receberá um aporte de R$ 1.000,00 (mil reais) para a produção da obra/ação.

Entre as linguagens propostas pelo evento, estão: intervenções urbanas; instalações; performances; danças e apresentações cênicas; e manifestações culturais de rua (batalhas, slam, hip-hop, poesia, circo, etc.).

Edição 2025

A edição 2025 da Ocupação será realizada entre os dias 5, 6 e 7 de dezembro, no Centro Histórico de São Luís – reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade (UNESCO) –, com entrada gratuita e aberta a todos os públicos.

O projeto é financiado pelo Edital Nº 19.2024 – Mais Festivais e Mostras, da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secma) e do Governo do Maranhão.

Ocupação Barroca SLZ

Em 2021, a Ocupação Barroca SLZ foi premiada em 1º lugar, na categoria “Poder Público e Participação Popular”, do Prêmio Magno Cruz de Direitos Humanos. Assim, incorporou-se o conceito de arte pública colaborativa, desafiando a visão de que o patrimônio cultural é um conjunto de monumentos fixos e imutáveis. No projeto, o patrimônio é reconhecido como um elemento vivo, em constante transformação e conectado às dinâmicas sociais e culturais de São Luís.

Nas últimas edições, o evento passou a ocupar também a Praça Manoel Beckman, com apresentações musicais, performances, ações formativas e a presença de vendedores ambulantes que se juntaram ao projeto — sempre com o apoio da comunidade e de um grupo de voluntários, refletindo a potência mobilizadora da proposta.

No total, aproximadamente, 1.500 pessoas foram alcançadas pelo projeto entre 2020 e 2024 – e já contou com artistas de diversas regiões do Brasil e de países como França, Colômbia, Argentina e Estados Unidos.


Serviço

O quê: inscrições abertas para a 6ª edição da “Ocupação Barroca SLZ – Festival Multilinguagens de Arte Urbana e Cultura de Rua”;

Prazo: até o dia 26 de outubro, por meio do link: https://linktr.ee/ocupacaobarroca;

Mais informações: no Instagram da Ocupação Barroca SLZ, na @ocupacaobarrocaslz e/ou no link: https://www.instagram.com/ocupacaobarrocaslz.

Informação: Assessoria de Comunicação

Homenagem ao empresário Edmilson de Araújo Pires é de autoria do deputado Ariston Ribeiro (PSB)

SÃO LUÍS – Na última quarta-feira, 8 de outubro, o engenheiro civil e empresário Edmilson de Araújo Pires foi agraciado com a Medalha do Mérito Legislativo Manuel Beckman, em uma solenidade na Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA). A homenagem, de autoria do deputado estadual Ariston Ribeiro (PSB), reconhece a trajetória e a destacada atuação de Edmilson no setor da construção civil no estado.

Natural de Goiânia, Goiás, Edmilson chegou a São Luís em 1987 para gerenciar os negócios da EMSA,  Empresa Sul-Americana de Montagens no Maranhão. Desde então, sua carreira tem sido marcada por importantes realizações no ramo da construção civil industrial. Em 1990, junto com seu sócio Rogério, fundou sua própria empresa, mantendo uma parceria de 35 anos, consolidando-se como um empreendedor respeitado e cidadão maranhense por adoção. Edimilson é sócio da empresa Marka Engenharia e, além da vice-presidência do Sinduscon-MA, é membro do Comitê de Obras Industriais e Corporativas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Edmilson destacou a importância da construção civil para a economia local, especialmente na geração de empregos e no desenvolvimento de diversas áreas como mineração, energia, petróleo e gás. Ele ressaltou ainda o desafio e o compromisso de atrair jovens talentos para a engenharia, enfatizando a relevância da qualificação técnica promovida por instituições como o SENAI para o crescimento sustentável do setor. “Essa honraria é destinada a mim, mas é para todo o segmento da construção civil do Maranhão, um momento muito significativo e uma responsabilidade enorme”, afirmou emocionado.

O deputado Ariston Ribeiro ressaltou o orgulho maranhense pela presença de Edmilson no estado e sua capacidade de gerar empregos diretos e indiretos, superando desafios em um cenário nacional difícil. “Não poderíamos deixar um homem como Edimilson sem reconhecimento pelo nosso estado. Obrigado, Edmilson, por investir e acreditar no Maranhão”, destacou o parlamentar.

Já o presidente do Sinduscon-MA, Fábio Nahuz, enfatizou que a homenagem é uma celebração do setor da construção, que interliga 96 cadeias produtivas e é o maior empregador do Maranhão. Segundo ele, Edmilson representa muito bem o setor e é uma pessoa de convívio exemplar, cuja contribuição é motivo de orgulho e gratidão. O empresário e vice-presidente executivo da FIEMA, Celso Gonçalo, também qualificou Edmilson como um empresário diferenciado.

 

A entrega da Medalha Manuel Beckman simboliza não só o reconhecimento da trajetória pessoal de Edmilson de Araújo Pires, mas também reconhece a importância do setor da construção civil como alicerce para o desenvolvimento econômico e social do Maranhão.

Informação: Fiema 

Fotos: Nestor Bezerra

Evento mapeia oportunidades sustentáveis e destaca potencial do Maranhão

 

SÃO LUÍS- A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) sediou, na quinta-feira (9), uma das etapas do Bioeconomy Amazon Summit (BAS) Itinerante, iniciativa voltada à conexão entre líderes empresariais, empreendedores, pesquisadores, representantes do poder público e investidores interessados em soluções sustentáveis para a Amazônia. O encontro ocorreu na sede da entidade, em São Luís, com o objetivo de mapear e fortalecer o ecossistema de bioeconomia da região e contou com a presença da diretora da FIEMA, Leonor de Carvalho.

O BAS Itinerante é um exercício de escuta ativa e construção coletiva que busca compreender as especificidades de cada capital amazônica, dar visibilidade a iniciativas inovadoras e criar pontes entre a Amazônia e redes nacionais e internacionais de investimento. O Maranhão foi o último estado a receber a série de encontros, que percorreu as nove capitais da Amazônia Legal conectando e estimulando os ecossistemas locais de inovação.

Realizado pela Kyvo, Instituto Amazônia+21, Itaúsa e Jornada Amazônia, o evento contou, em São Luís, com o apoio institucional da FIEMA e foi promovido no auditório do Observatório da Indústria. A proposta é impulsionar o surgimento de novos negócios sustentáveis, fomentar redes colaborativas e identificar oportunidades capazes de gerar impacto econômico e ambiental positivo.

A CEO da Apoena Bio Indústria, Márcia Werlle, destacou o potencial da bioeconomia maranhense. A empresa, sediada em Coroatá, na região dos Cocais, atua na cadeia do coco babaçu, aproveitando integralmente do fruto. “Além do tradicional óleo de babaçu, a Apoena produz carvão ativado, farinha da amêndoa e desenvolve, em parceria com universidades, uma bebida aromática semelhante ao café. A empresa também investe na formulação de biofertilizantes e suplementos alimentares para animais, reduzindo o desperdício e ampliando o valor agregado dos coprodutos”, disse.

Segundo Márcia Werlle, a participação da Apoena em feiras organizadas pelo BAS tem sido fundamental para fortalecer o ecossistema local e difundir o conceito de aproveitamento integral de matérias-primas amazônicas. “O Maranhão tem um potencial enorme, mas ainda pouco explorado. A bioeconomia pode ser o caminho para agregar valor e gerar desenvolvimento sustentável”, afirmou.

O produtor executivo do BAS Itinerante, Guilherme Manechini, ressaltou o papel estratégico do Maranhão no fechamento da jornada do projeto. “O BAS percorreu todas as capitais da Amazônia Legal promovendo o diálogo entre empresários, universidades e governos. Aqui queremos destacar as soluções que estão surgindo em áreas como alimentos, fármacos e cosméticos, e mostrar que a Amazônia pode se tornar um polo global de inovação e sustentabilidade”, disse.

Manechini explicou ainda que o BAS funciona como uma plataforma de articulação voltada à bioeconomia, com o objetivo de identificar oportunidades e desafios regionais. Os dados coletados nas nove capitais serão apresentados na COP30, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Amazônia+21. O projeto também conta com o suporte de instituições como SESI, SENAI e SEBRAE, além das federações das indústrias que forneceram infraestrutura e apoio institucional.

O coordenador do Observatório da Indústria da FIEMA, Carlos Jorge Taborda, destacou a importância do evento para o fortalecimento da inovação sustentável no estado. “Reunimos empreendedores, acadêmicos e investidores para discutir oportunidades de negócios e estratégias voltadas à bioeconomia. Esse tipo de diálogo é essencial para consolidar o Maranhão como referência em soluções sustentáveis na Amazônia”, afirmou.

Informação: Fiema 

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Em comemoração ao Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, o Sesc convida o público para um evento especial às 9 horas, no Auditório Elias Bufaiçal, localizado no Condomínio Fecomércio Sesc Senac. A programação contará com a palestra “Como os conhecimentos do passado podem levar ao sucesso”, conduzida por Cornélia Rodrigues, conhecida como Nelinha do Babaçu.

A palestra promete inspirar o público ao resgatar saberes tradicionais e mostrar como eles podem contribuir para um futuro mais sustentável, valorizando o potencial transformador que existe na cultura local.

Em sua fala, Nelinha vai apresentar seu Sachê de Nutrição, desenvolvido para combater a fome e gerar oportunidades por meio da transformação sustentável do babaçu. O produto é exemplo de como ingredientes nativos podem ser usados para melhorar a alimentação e criar impacto social, em sintonia com o discurso da FAO e a proposta do Dia Mundial da Alimentação.

Ela também abordará a criação de outros produtos inovadores, como o leite de babaçu, reforçando que a floresta e o cerrado maranhense são fontes de soluções para os desafios alimentares globais.

Cornélia Rodrigues é sócia da Reflyta Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda., empresa fundada em 2022 ao lado de nomes como Jayme Monjardim, Rodrigo Fleury, Ana Diniz e Gabriela Marques. A empresa é dedicada à produção e comercialização de produtos naturais, com destaque para o babaçu, integrando o Projeto Palma Monjardim, que valoriza a cultura da Baixada Maranhense e promove desenvolvimento social e econômico por meio de práticas sustentáveis.


Pelos impactos de sua atuação, Nelinha já foi reconhecida com importantes prêmios, como:

  • ACM Mulher de Inovação Ambiental e Empreendedorismo
  • Destaque na Brazil Conference, da Universidade de Harvard, pelo projeto de combate à fome e desnutrição infantil
  • Prêmio SIM de Igualdade Social, organizado pelo Instituto Identidades do Brasil

Com uma filosofia simples e poderosa: “A melhor forma de acabar com a desigualdade é fazendo conexões e gerando oportunidades”, Nelinha busca inspirar outras pessoas a enxergarem no passado uma fonte de soluções para os desafios do presente e do futuro.

O evento é gratuito e faz parte da programação especial de Dia Mundial da Alimentação e 80 anos da FAO, promovido pelo Programa Sesc Mesa Brasil, reforçando o compromisso da instituição com o debate sobre segurança alimentar, sustentabilidade e inclusão social.

Informação: Sesc MA 

Foram homenageadas a procuradora de Justiça Regina Rocha e policial militar Amanda Ferreira

A Assembleia Legislativa do Maranhão realizou, na tarde desta quinta-feira (9), sessão solene para entrega do Título de ‘Cidadã Maranhense’ à procuradora de Justiça Regina Lúcia de Almeida Rocha e a Medalha do Mérito Legislativo ‘Marina Firmina dos Reis’ à policial militar Amanda Vanylla Seixas Ferreira. O ato, realizado no Plenário Nagib Haickel, foi proposto pelo deputado Catulé Júnior (PP).

“A Assembleia tem a honra de reconhecer pessoas que contribuem de forma efetiva para o crescimento e o fortalecimento do nosso estado. Cada uma representa um exemplo de dedicação e compromisso com o bem comum e esta cerimônia é uma forma de expressar a gratidão do povo maranhense por seus relevantes serviços à sociedade”, afirmou o autor da proposição.

Além das homenageadas, compuseram a mesa de honra o desembargador Raimundo Nonato Neres Ferreira; a procuradora Marileia Campos dos Santos Costa; o secretário-adjunto da OAB/MA, Ivaldo Prado; o policial militar Cel. Jairo Xavier; o comandante da Rotam, Maj. Frazão; e o presidente da Associação do Ministério Público, Carlos Augusto Soares.

Reconhecimento

Natural do Rio Grande do Norte, Regina Lúcia de Almeida Rocha ingressou no Ministério Público do Maranhão em 1981. Como promotora de Justiça, atuou nas comarcas de São Bernardo, Alcântara, Pinheiro, Bacabal e São Luís. Foi promovida ao cargo de procuradora de Justiça em 1992. Foi, ainda, corregedora-geral do MPMA por dois mandatos.

Ao receber o título, destacou a importância do reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelas instituições públicas. “Recebo esta honraria com imensa gratidão e com o sentimento de que cada conquista é resultado de um esforço coletivo em prol da justiça e do bem comum. É uma alegria ver o compromisso de todos que atuam para servir à sociedade sendo valorizado”.

Já a Cb. Amanda Vanylla Seixas Ferreira foi a primeira policial militar a concluir o curso da Rotam no Estado, uma tropa especializada da PMMA que atua no combate à criminalidade, respondendo a ocorrências de maior vulto, como roubos, tráfico de drogas e homicídios, além de oferecer apoio às equipes de patrulhamento ordinário.

“É uma grande honra receber esta medalha, que representa não apenas o meu esforço pessoal, mas o trabalho de todos os policiais que se dedicam diariamente a proteger a população maranhense. Receber esse reconhecimento é um estímulo para continuar servindo com coragem, disciplina e amor à farda”, declarou a homenageada. 

Informação: Assembleia Legislativa 

Lideranças comunitárias denunciam ações ilegais e cobram celeridade na criação da Reserva


A área conhecida como Terras de Timbotuba, localizada no município de Alcântara (MA), enfrenta uma escalada de crimes ambientais que ameaça fauna, flora e o equilíbrio dos recursos hídricos da região.

A região conhecida como Terras de Timbotuba, localizada no município de Alcântara, Maranhão, enfrenta uma escalada de crimes ambientais que ameaça desde a fauna e flora locais até o equilíbrio dos recursos hídricos da área.

Atos como extração ilegal de madeira, produção de carvão, caça predatória e desmatamentos vêm dizimando espécies nativas e acelerando a degradação ecológica.

Conforme alertam líderes comunitários da região, as fontes hídricas da área — incluindo nascentes, córregos, brejos e lagos — estão em risco, enquanto determinadas partes da vegetação entram em processo avançado de desertificação.

Essas ocorrências têm gerado intensa preocupação entre moradores vizinhos, que exigem uma ação rápida para conter a devastação.

A situação ganha maior complexidade ao se considerar que as terras em questão pertencem à agência marítima Shipping Protection, que adquiriu a propriedade em 2023 com o objetivo de convertê-la em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O processo de criação junto ao ICMBio está em curso e aguarda a oficialização do órgão.

Mas enquanto o processo não é concluído, o desmatamento e a caça ilegal avançam diariamente na região. Para o líder comunitário Osmar Mendes, Presidente da Associação de Novo Belém, a criação da reserva é mais que urgente: “Hoje se fala muito em crimes ambientais, então eu quero dizer que o maior crime ambiental na nossa região é a não criação ou a demora na oficialização dessa RPPN da Shipping Protection. Nossa comunidade, que assiste sem poder fazer nada aos crimes ambientais que acontecem diariamente aqui, se manifesta totalmente favorável a criação dessa Reserva, como forma de frear essas ações e garantir o futuro dessa floresta, sua fauna e flora” disse Osmar. 

O Potencial da RPPN Shipping Protection

 O líder comunitário Osmar Mendes, Presidente da Associação de Novo Belém, mostra como a região já sofre com desmatamento ilegal e outros crimes ambientais, que poderiam ser barrados com a criação da Reserva.

A Proposta de criação da RPPN Shipping Protection abrange uma área de 1.700 hectares.

A área classificada inclui ecossistemas sensíveis como manguezais, córregos, brejos, lagos, nascentes e florestas nativas — grande parte dessas zonas são consideradas Áreas de Preservação Permanente (APPs).

Segundo Kledilton Cutrim Pinto, diretor da Shipping Protection, a iniciativa está alinhada com os princípios ESG da empresa — com foco em meio ambiente, educação e governança — e prevê também a criação de uma escola comunitária gratuita voltada aos jovens quilombolas locais. Para o coordenador de ESG da companhia, Paulo Renato Lemos, a RPPN traduz um compromisso sustentável que harmoniza conservação ambiental e inclusão social.

Impactos Locais e Apoio Comunitário

Líderes locais reforçam que os crimes ambientais promovem perda irreparável à biodiversidade a cada dia. Silvanira dos Santos Araújo, presidente da Associação Comunitária do Povoado de Segurado faz o alerta: “É muito importante a criação dessa Reserva em Timbotuba, para preservar uma área que já sofre muito com crimes ambientais praticados por caçadores; fabricantes de carvão e venda ilegal de madeira. É muito triste ver esse pessoal invadir a área da floresta com suas espingardas, matando os animais. E sem falar na produção de carvão ilegal, onde eles roçam e queimam as áreas verdes, derrubam madeira em larga escala e deixam um grande rastro de destruição na área que deveria ser preservada” denuncia Silvanira.

A extração clandestina de madeira para carvão tem implicações não apenas ecológicas, como também climáticas, devido ao aumento das emissões de CO₂. A implantação da RPPN ajudaria a interromper esse ciclo e a combater a desertificação regional.

A Secretária da Associação de Novo Belém, Fátima Sampaio, lembra que a preservação da área é um ato que vai garantir uma vida melhor para as próximas gerações de moradores da região: “É muito importante esse projeto da Reserva da Shipping Protection, para garantir a preservação da nossa fauna e flora e mais que isso, manter essa floresta em pé para as próximas gerações” defende ela.

Jucélia Mendes, moradora da região também é a favor da criação urgente da RPPN como uma alternativa de capacitação e geração de trabalho e renda para a comunidade: “Além de manter a natureza, esse projeto da escola comunitária que será criado na Reserva é muito importante para nosso filhos e futuras gerações, que poderão desfrutar de cursos de qualificação e com eles ter trabalho e renda, para uma vida mais digna. O quanto antes esse projeto for aprovado, melhor para a qualidade de vida da nossa comunidade” defende Jucélia Mendes.

O Papel Relevante das RPPNs na Proteção Ambiental

A presidente da Associação Comunitária do povoado de Segurado, Silvanira dos Santos Araújo, defende a urgência na criação da Reserva. Na foto, ela com o coordenador de ESG da Shipping Protection Paulo Renato Lemos.

 

As RPPNs são unidades de conservação de proteção integral, criadas por iniciativa voluntária do proprietário, com reconhecimento legal, vínculo perpétuo e fiscalização pelo ICMBio. No Maranhão, o número de RPPNs é ainda baixo — apenas 14 atualmente reconhecidas — o que destaca o potencial transformador da criação da futura RPPN Shipping Protection.

Essas unidades de conservação oferecem múltiplos benefícios: Redução das emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono; Proteção da biodiversidade, preservação dos serviços ecossistêmicos como controle de erosão e abastecimento de água; Educação ambiental, ecoturismo, pesquisa científica, e alternativas econômicas sustentáveis para comunidades locais

Na futura RPPN Shipping Protection, a proposta inclui, além da conservação, atividades educacionais e formação de jovens em ofícios ligados à bioeconomia, artesanato, educação e turismo de base comunitária.

Comunidade cobra Urgência na Legalização para Proteger Timbotuba

A criação da RPPN Shipping Protection em Timbotuba também representa uma oportunidade imperdível de frear os crimes ambientais que degradam um território ecologicamente estratégico.

A criação não apenas formaliza a proteção — ela desbloqueia uma atuação efetiva contra desmatamento, caça ilegal e degradação hídrica -  além de garantir benefícios socioambientais duradouros para o Maranhão.

Com apoio comunitário e alinhamento ao ESG empresarial, a RPPN Shipping Protection pode ser o instrumento que faltava para transformar as Terras de Timbotuba em legado de conservação, educação e desenvolvimento sustentável.

As RPPNs dão importante contribuição para o enfrentamento da atual crise climática, na avaliação de Flavio Ojidos, Mestre em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável. “Por serem fruto de um ato voluntário e possuírem caráter perpetuo, as RPPNs são essenciais para o momento atual que exige ações concretas para a conservação e a restauração da natureza”, afirma o especialista.

Atualmente, as RPPNs no Brasil, protegem mais de 800 mil hectares em todos os biomas brasileiros. A região Norte, que contempla a floresta amazônica, concentra a menor quantidade de RPPNs em relação ao resto do país. No âmbito nacional, o bioma mais protegido por RPPNs é a Mata Atlântica, seguido pelo Cerrado e pela Caatinga.

Informação: InterMídia Comunicação Integrada