sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O vice-líder do PCdoB na Câmara, Rubens Pereira Jr (MA), assinou esta semana o compromisso de votar a favor do projeto de lei 6316/2013, apresentado pela Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. A coalizão é formada por CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), CUT (Central Única dos Trabalhadores), UNE (União Nacional dos Estudantes), e mais de cem entidades representativas dos movimentos sociais.

O compromisso do vice-líder foi feito durante ato da Coalizão na Câmara dos Deputados esta semana, que reuniu movimentos sociais e parlamentares, entre eles, o relator da Comissão Especial criada para debater a reforma política, Marcelo Castro (PMDB-PI). O ponto central da reforma é a proibição do financiamento privado de campanha.

“Nós identificamos que o financiamento empresarial tem sido a causa de muitos escândalos de corrupção que vem se sucedendo na vida brasileira há décadas”, afirmou Cláudio Souza, secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para ele, muitas empresas financiam campanhas eleitorais com o objetivo de obter benefícios se o político vencer e exercer um cargo público.

“Precisamos fazer uma reforma que tire o poder econômico do processo decisório, enfrente a questão da sub-representação de vários segmentos nos espaços de poder e tenha instrumentos eficazes da democracia direta e participativa”, afirmou José Antônio Moroni, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

O vice-líder do PCdoB defendeu o fim do financiamento privado para garantir condições iguais de concorrência entre os candidatos. “Na prática, quem tem mais dinheiro, quem tem mais empresa apoiando, é aquele que sai vitorioso no final das contas. Este não é o modelo ideal escolhido pela nossa Constituição Federal. Gera como consequência a inevitável crise de legitimidade que culminou nos movimentos de junho de 2013”, avalia o parlamentar. 

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