segunda-feira, 23 de março de 2015
A política de concessões somente será retomada após a reestruturação da Infraero (foto divulgação)

Será retomada este ano, pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, a política de concessões que delegou à iniciativa privada seis grandes aeroportos brasileiros. 

Tal medida será tomada após a reestruturação da Infraero, que precisa se estabilizar financeiramente após a perda de 54% de sua receita, resultante das concessões de seis aeroportos – Guarulhos, Viracopos, Brasília, Galeão, Confins e São Gonçalo do Amarante, que, juntos, movimentaram 97 milhões de passageiros em 2014. 

Com as concessões, a empresa passou a administrar os 60 terminais sob sua responsabilidade, fazendo uso de 46% de receita que lhe restava. Juntos, os 60 aeroportos movimentaram 112 milhões de passageiros no ano passado, apenas 15 milhões a mais do que os seis concedidos.

Na visão do ministro Eliseu Padilha, a concessão de outros aeroportos administrados pela Infraero a operadores privados, neste momento, inviabilizaria a gestão dos terminais que se mantivessem sob sua gestão. “Precisamos fazer a reengenharia da empresa. Já discutimos com o Ministério do Planejamento e vamos submeter nossa proposta à decisão da presidente Dilma”, afirma o ministro, informando que devem ser criadas três subsidiárias: Infraero Serviços, Infraero Participações e Navegação Aérea. 

PLANO DE REESTRUTURAÇÃO


Padilha também apresentou, na última terça-feira, (17) à diretoria da Infraero, o plano de reestruturação da empresa, esperando que, uma vez reestruturada, ela se reequilibre ainda este ano e, no máximo em dois anos, volte a ser lucrativa e readquira a capacidade de investimento de 2012, quando fechou o ano com R$ 4 bilhões de arrecadação.

O plano de reestruturação permitirá à Infraero privilegiar a operação aeroportuária, que ficará a cargo da Infraero Serviços, subsidiária que terá um sócio internacional no mercado externo. Assim que estiver reestruturada, nove aeroportos devem ser concedidos, mas o ministro só adianta os de Porto Alegre (Salgado Filho), Florianópolis (Hercílio Luz) e Salvador (Luiz Eduardo Magalhães).

(Com informações do Portal Panrotas.com.br)

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