domingo, 26 de julho de 2015



Projeto inclui um dia de programação para homenagear o dia internacional da Mulher, Negra Latino-americana e Caribenha

O centro histórico invadido pelas personagens negras que contribuem e  contribuíram para a construção da história do Maranhão. Foi assim a homenagem pela passagem do dia Internacional da Mulher, Negra Latino-americana e Caribenha dentro da programação do ‘Mais Cultura e Turismo’. Um desfile  com a temática ‘Quatro dimensões de poder feminino negro: criação, realeza, transformação e magia’ apresentou a importância da mulher negra na construção de uma sociedade mais consciente.

E mais uma vez a praça Nauro Machado foi o palco da valorização da história, incentivo à preservação das tradições e encontro da diversidade cultural do povo maranhense. Por conta da homenagem à data, o projeto Mais Cultura, Mais Turismo trabalhou uma programação especial (inclusive inserindo um dia a mais na programação do centro histórico que sempre acontece as quintas e sextas) que envolveu o desfile que mostrou a beleza,  atitude e consciência de mulheres negras maranhense com intervenção artística da  atriz Tieta Macau. A direção e concepção ficou por conta da diretora da Casa do Maranhão, Jô Brandão.

Para a secretária de Turismo do Maranhão, Delma Andrade, a data é um reconhecimento mundial de suas vidas guerreiras, combativas e imprescindíveis à construção de um mundo solidário, multiétnico e pluricultural. “Estas mulheres negras têm, em comum, vidas marcadas pela opressão de gênero, agravadas pelo racismo e pela exploração de classe social”, explicou. “É importante eventos como esse em espaços públicos que reúnem grande quantidade de pessoas, moradores e visitantes, para que saibam que o Maranhão reconhece a história dessas mulheres”, complementou.

Belas e importantes histórias de mulheres de força e garra como a da negra escrava mais conhecida de São Luís, Catarina Mina, que virou nome de beco em São Luís. Ela ficou famosa por conseguir comprar sua liberdade e ter o seu próprio negócio.  Catarina, Maria Firmina dos Reis, mulata bastarda considerada a primeira romancista brasileira (século XIX), Alcione a eterna marrom e tantas outras damas lembradas no desfile das Damas da Cultura Afro Maranhense.

O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer às organizações de mulheres negras do Estado, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.

Representação
As latino-americanas e caribenhas representam cerca de 30% das mulheres que migram para o Brasil, segundo relatório das Nações Unidas, lançado no ano passado. O desejo de melhorar a vida financeira da família, de oferecer oportunidade de estudos aos filhos ou de fugir da violência estão entre as motivações dessas mulheres migrantes.

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