segunda-feira, 23 de novembro de 2015
“A cada dia fica mais difícil trabalhar com turismo na Ilha de São Luís”. Essa é uma afirmação de profissionais que atuam diretamente com o turista, especialmente os guias, que têm a incumbência de mostrar os lugares, descritos em roteiros, quer seja na zona urbana, rural ou na orla litorânea.

As reclamações são diversas e contrastam com o bem receber do maranhense, com as belezas de nossos atrativos. Alguns problemas poderiam e podem ser resolvidos sem maiores entraves, mas por incompetência ou comodismo de quem tem a obrigação de resolver nada acontece, porque estes simplesmente se fecham em gabinetes e fingem não saber.

Inúmeras são as denúncias de insatisfação de turistas e moradores que precisam usar as lanchas para fazer travessia para Alcântara, por exemplo, que além de atender mal quem se aventura a fazer a travessia abordo dessas embarcações, as mesmas não oferecem segurança aos seus usuários. Exemplo, o catamarã que fazia a travessia do continente para Ilha que naufragou no último sábado e quase provocou uma tragédia. 

Em São José de Ribamar, lugar de visita e peregrinação e devoção ao Santo Padroeiro do Maranhão, a cada dia fica mais difícil levar turistas. Uma das mais belas vistas da baía ao subir a estátua e contemplar o horizonte, só que os guias não estão querendo mais conduzir, devido a falta de segurança. Inúmeras foram os assaltos cometidos ali, contra turistas, o que deixa uma péssima imagem da cidade.

Na Raposa, além dos assaltos nas ilhas de Itaputiua e Carimã, tem as constantes brigas de facção pelo controle do tráfico de drogas, provocando temor e alvoroço tantos nos visitantes, quanto em quem está conduzindo. Os guias e empresas que trabalham com esses destinos já não se sentem a vontade para levar turistas a estes locais.

Urge uma tomada de posição das entidades que compõem o trade turístico local, chamando as secretarias de turismo, segurança pública e os prefeitos desses municípios para solucionar estes problemas, sob pena de vermos o turismo andar para trás.

Portanto, evitemos manchetes danosas na imprensa afora, como sendo o Maranhão um lugar violento, quando na verdade, em si comparando com outros destinos, aqui ainda temos tranquilidade. Mas, até quando? 

O turismo pode gerar mais emprego e renda. Para isso, o governo já está trabalhando para melhorar esse item da balança de serviços do Estado, incrementando novos produtos, que se iniciou com a baixa da alíquota dos impostos que incidia sobre os combustíveis de aviação, e isso trouxe novos voos para o Maranhão.

Mas, tudo isso pode ser em vão, os números da violência também se elevarem. Então, o turismo é uma atividade que mexe com uma infinidade de outras e seria inteligente se trabalhar a melhoria desses serviços.

É bem verdade, que a violência não acontece só no Maranhão. Mas, podemos evitar que ela se alastre. Para isso, toda a sociedade e poderes constituídos tem o dever de trabalhar essa temática. Não se entende até hoje, o porquê da extinção da comissão de turismo da Assembleia Legislativa do Maranhão. Já é tempo de se recriar essa importante comissão, também de outra composta por representantes dos três poderes para tratar da violência, que assola o Maranhão, e, consequentemente, o turismo. Aproveito discussão, pergunto. O que aconteceu também com o Conselho Estadual de Turismo, por que não se posiciona?

(Fotos:Divulgação/Internet)

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