sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Do Blog; www.marrapa

A presidente nacional do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Kátia Bogéa, está no centro de uma polêmica depois das denúncias do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero. Calero deixou o cargo alegando ter sofrido pressões do colega Geddel Vieira Lima (ministro da Secretaria de Governo) para que o Iphan liberasse a construção de um prédio na Bahia, onde ele comprou um apartamento.

Em entrevista a Folha de São Paulo, Marcelo relatou que Geddel havia ligado para ele pedindo atenção especial à construção de um condomínio na Bahia que havia sido liberado pelo Iphan local, mas embargado pelo Iphan nacional na gestão passada. Kátia encontrou falha processual, revogou o parecer contrário a obra e reabriu prazo para a defesa da empreiteira se manifestar, isso ainda em Julho. No último dia 16, após as alegações da construtora, o Iphan manteve entendimento contrário à construção, porque o prédio teria 16 andares. E, como se encontra em uma área tombada, poderia ter no máximo 13. Geddel então contou que comprou um desses apartamentos e passou a fazer ameaças e sugeriu a Calero que apresentasse uma parecer divergente do Iphan, para o caso ser definido pela AGU. Revoltado, Calero que fez uma defesa contundente de Kátia, pediu demissão.

Segundo a Coluna Estadão, Kátia procurou o presidente da OAB, Claudio Lamachia, em busca de apoio contra interferências políticas no órgão. O presidente da OAB garantiu que “estará absolutamente atento” a eventuais interferências políticas no órgão. “O Iphan tem de estar completamente resguardado de qualquer tipo de pressão política.”

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