sábado, 28 de janeiro de 2017
Em entrevista ao Jornal Cazumbá, o Secretário, Falou sobre o novo momento das políticas culturais, diálogo com os gestores municipais, promoção do turismo, turismo social e financiamento das manifestações.
Diego reconhece que 2016 houve entraves na pasta, mas explica que a SECTUR trabalha em todas as frentes, para que em 2017, a cultura  e o turismo tenham um melhor desempenho, com a interiorização dos projetos culturais e uma diversificação maior da promoção do destino Maranhão em Shoppings, feiras de turismo no Brasil e exterior, entre outras. 

Jornal Cazumbá – Secretário, a SECTUR possui algum plano estratégico para incrementar o turismo nesse período de pré-carnaval?

Diego GaldinoSim. Ao longo de todo o ano passado, participamos de diversas feiras de turismo nacionais e internacionais, que devem trazer um retorno muito positivo para a nossa movimentação turística neste período de pré-carnaval e carnaval. Fora isso, temos a questão da balneabilidade das nossas praias, que está entre as melhores do país, além de termos conseguido cerca de 200 voos extras com as companhias aéreas.

Também estamos com uma expectativa muito positiva com relação aos turistas que buscam lazer e descanso na região dos Lençóis Maranhenses e Chapada das Mesas nesse período. Os avanços são perceptíveis, o que gera satisfação, mas, temos que trabalhar mais, o governo vai continuar promovendo a cultura em todas as regiões e não vamos medir forças para que  2017, seja o ano do turismo no Maranhão.

JC - O turismo está sempre alinhado a cultura, a SECTUR, acabou de promoveu o I Encontro de Gestores Municipais de Cultura e Turismo do Maranhão. Qual foi finalidade?

DG - O seminário foi realizado no intuito de uma aproximação com os gestores dos 217 municípios do Maranhão e apresentar os produtos, os serviços, as formas que a SECTUR pode oferecer para estes municípios. É um momento de diálogo e união e fazer com que o turismo gere emprego e renda, melhorando os indicadores sociais de nosso estado. Acredito que a cultura e o turismo são um caminho ideal para isso.

JC - Quais são as maiores expectativas para 2017 no setor turístico do Estado?

DG - A SECTUR continuará com alguns programas que já temos em termo de qualificação para as regiões turísticas. Pretendemos trazer alguns eventos esse ano para a cidade de São Luís, que vão movimentar muito a cadeia produtiva do turismo.

JC – Já se tem um calendário de eventos para 2017?

DGSim! Vamos fazer um calendário anual de eventos do estado, promover também no mercado nacional e internacional, isso já começa agora com a participação na feira de turismo de Berlim, aonde já temos participação definida com a Rota das Emoções.

JC – Fale um pouco sobre a manutenção e melhoria dos atrativos turísticos do Estado?

DGEstamos trabalhando questões básicas, como manter as praias limpas, trabalhamos a limpeza e melhoria no acesso aos nossos destinos, incluindo acessos a cachoeiras, e outros, vamos focar também na sinalização desses atrativos e continuar com a política de promoção e valorização do que se tem de belo no Maranhão.

JC - E em relação à cultura?

DG - Na cultura a partir de março, começaremos com apresentações culturais fixas. Exemplo: hoje o turista chega ao Maranhão, quer ver o bumba meu boi e não está na época de São João. A partir de agora, vamos ter programações fixas, que traduzam o folclore e a tradição maranhense nas nossas casas de cultura após o carnaval, o ano todo.

O turista chega e quer ver o tambor de crioula, vai ter um lugar toda quinta feira, com tambor de crioula, ele quer ver o bumba meu boi, outro local. Assim, também com outras manifestações, como; roda de samba tipicamente maranhense, cacuriá, que são produtos turísticos culturais, não só em São Luís, mas, também em São José de Ribamar, nas Rota das Emoções, como na Chapada das Mesas.

JC – Há interesse dos municípios em ter essas manifestações. Como está sendo esse dialogo?

DG -A SECTUR tem se aproximado do interior, se aproximado dos gestores, agora com o encontro, temos dialogado muito com o conselho de cultura, que é deliberador, que nos orienta, que nos guia. Queremos nos aproximar sem a pretensão de priorizar alguém, por questões políticas, estamos vivendo um momento de união e transformação do Maranhão.

JC – No primeiro ano de sua gestão a frente da SECTUR, foi trabalhado a promoção do Maranhão. Houve ganhos e quais os destinos que mais enviaram turistas para o Estado, especialmente para São Luís?

DGHoje não temos nenhum mecanismo que comporte e nos der essa informação, mas, temos sim um levantamento e informações de profissionais da área que nos municiam com informações. Exemplo: o pessoal dos Lençóis nos informa que muitos turistas japoneses, estão descobrindo esse roteiro, então já vamos trabalhar esse mercado nipônico. Em paralelo, estamos instalando agora o observatório, justamente, para fornecer dados concretos para que possamos trabalhar essas informações estatísticas e outras, que nos norteia nas nossas decisões.

Ainda, tem muitos turistas que vem de São Paulo, do próprio Nordeste, de Belo Horizonte, então com esse observatório, iremos ter dados qualitativos e quantitativos, para mensurar e fazer a promoção turística também nesses destinos.

JC – Há alguma estratégia de participação nas feiras de turismo para este ano?

DG - Esse ano pretendemos, fazer promoção não só nas feiras, mas, também em aeroportos de grande movimentação, shoppings de grandes Estados. Buscaremos inovar ainda com outros projetos de turismo social, dentro do próprio Maranhão.

JC - Uma das plataformas de campanha do Governador do Estado para o turismo foi trabalhar a Rota das Emoções, como se encontra atualmente esse destino?

DGEstamos trabalhando forte a Rota das Emoções. Tivemos um problema de administração da Rota, agora trabalharemos à parte que nos cabe, esperando ou não que os outros estados compartilhem dessas informações. Estamos indo para ITB na Alemanha, agora em março, levando o roteiro das emoções, e comercializar lá em Berlim, independente se o Ceará ou Piauí queiram e tenham interesse de se movimentar. Vamos fazer a nossa parte e está dialogando com eles, para que eles possam está fazendo a parte deles também, outro aspecto interessante é que estamos avançando com as obras na estrada, com sinalização, estrutura de qualificação e afins. O governo está investindo forte e vai ser uma das nossas metas nesse ano.

JC - Em relação ao financiamento cultural. O carnaval está chegando e muito tem falado que a SECTUR não está apoiando. Vai haver apoio às brincadeiras por parte do Estado e como se dará esse financiamento aos municípios e as brincadeiras?

DG - Os municípios estão entrando com projetos, ate dia 30 na secretaria, para serem avaliados a questão do recurso, e quais municípios que nós iremos apoiar esse ano no carnaval. A questão do edital, estamos fazendo pela primeira vez no carnaval, com transparência para a população, para que todos saibam quais são as brincadeiras e as manifestações que estão aptas, em termos legais, com documentação em dias, com todas as certidões, que permite receber recursos públicos, com muita transparência.

JC - Que tipo de ações a SECTUR vem realizando para a valorização e desenvolvimento de outras regiões e polos turísticos do Estado, não tão conhecidos do grande público?

DG Houve uma redução no que tange a regionalização por parte do MTur e um dos requisitos dessa nova ordem é trabalhar o CADASTUR, e em conversas com o Ministro Marx Beltrão, abriu-se a oportunidade de inserção das novas administrações municipais que agora se iniciaram. 

Para tanto, vamos trabalhar sensibilizando primeiro os municípios para que eles façam parte do cadastrur, do mapa da regionalização, e aí sim, dialogando com eles para desenvolvermos ações estratégicas, exemplo, temos uma equipe que vai agora para Cururupu, foi um pedido da prefeita que nos procurou, ela quer desenvolver um projeto turístico e pretendemos despertar o interesse em outros municípios.

JC - Secretário, então o município que demostrar interesse e vocação, bastam procurar a SECTUR, que ela dará todo o suporte?

DGA SECTUR está disponível para conversar com os prefeitos, com os secretários, sobre a importância, de dar continuidade ou então de iniciar conjuntamente essa descoberta potencialidades turísticas do município,  mostrando a importância que o turismo tem para toda comunidade.

JC – Você falou em turismo social. Como pretende trabalha o Turismo Social no Maranhão?

DG - Estamos com um projeto novo, que já vem dando certo em outras cidades, em outros países, que é trazer alunos de escolas públicas, idosos que fazem parte grupos, associações e afins, para conhecer a capital, nossas praias e nossas casas de cultura. É um projeto simples, de grande alcance social e gerador de renda para a rede hoteleira, para o restaurante, casas de cultura, despertando nesse público conhecimento e aprendizado. Vamos implementar este ano, em parceria com a SEDUC e com a Secretaria de Esporte e Lazer, e será trabalhado especialmente nos períodos de baixa temporada.

JC - Como os municípios participarão do turismo social, quais serão as exigências?

DG - A SEDUC fará esse contato com os gestores escolares dos municípios, discutindo uma política de como trazer, em termos de transporte, quais são as contrapartidas que a prefeitura tem que dar, quantas pessoas. Nós estamos desenhando todas as etapas em conjunto para anunciar nos próximos meses, a partir de março, traremos esse turismo social para o maranhão.

JC - Falando sobre cultura, como estão as casas de cultura, bibliotecas e museus do Estado?

DG -Em termo de biblioteca nós temos a Biblioteca Benedito Leite, que é referência nacional, com todo um aparato legal para receber quem tiver interesse de conhecer. Em relação às casas de cultura, nós pegamos todas em estado deplorável, necessitando de todo tipo de reforma, e nós começamos a fazer intervenções, por exemplo, a casa de música, que há mais de 22 anos não tinha nenhuma manutenção, nós estamos pintando e reformando o anexo dela, além disso, estamos, comprando equipamentos novos, fazendo um investimento em instrumentos musicais, para professores e alunos, e entre outras casas que estamos tendo parcerias com deputados federais, por exemplo a deputada Eliziane Gama, que nos destinou uma emenda para a reforma do Odilo Costa Filho e do museu, em termos de manutenção, se perdeu muito tempo, mas estamos correndo contra o tempo para deixar no padrão que as casas precisam e a comunidade merece.

JC – A cultura na gestão do Governador Flávio Dino está sendo interiorizada?

DGSim! Tanto que tem despertado o interesse nos gestores municipais para fazer parceria com a SECTUR e temos avançado nesse quesito. Exemplo, fizemos o credenciamento de conhecimento de manifestações. Outrora, só tínhamos a Casa de Cultura em Alcântara, fora de São Luís, mas agora  inauguraremos uma casa de cultura em Pedreira e em Trizidela do Vale, que é o memorial João do Vale, nós temos pretensão de fazer um museu em Imperatriz, então, aos poucos estamos chegando ao interior do Estado.

Ainda temos o “Mais Cultura e Turismo”, que este ano, volta para o interior do Estado, em períodos alternados sempre fazendo intercambio cultural das manifestações de São Luís e do interior. Nessas incursões, vamos levar oficinas, companhias de teatro, companhias de circo, vamos dialogar com a comunidade, tirar dúvidas em relação as políticas do setor e esperamos obter bons resultados.

0 comentários:

Postar um comentário