quarta-feira, 19 de abril de 2017
Em referência aos 20 anos de morte do antropólogo Darcy Ribeiro, o Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão (CPHNAMA), vinculado a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Sectur), encerrou, nesta quarta-feira (19), o Seminário dos Povos Indígenas, no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, no Centro Histórico de São Luís. O evento contou com a presença de estudantes e profissionais da área.
Para o diretor da CPHNAMA, Deusdedit Carneiro, o objetivo do seminário é discutir questões relacionadas à situação dos indígenas no Maranhão. “Nosso público alvo são as pessoas que se interessam pelas culturas indígenas, pelas culturas tradicionais”.
Um slide foi apresentado como forma de instruir os presentes sobre a tribo Ka’apor, localizada próxima ao Pará. “A situação dos indígenas é muito difícil de ser resolvida pois existem muitos conflitos. Apesar das terras estarem demarcadas, existe muita invasão de madeireiros que violam os direitos assegurados às comunidades indígenas”, ressaltou o diretor do Centro de Pesquisa, Deusdedit Carneiro.
A aluna de arquitetura, Claudia Larissa, se interessou pela temática indígena por ser descendente e porque é uma causa interessante de ser debatida. “Esse assunto é especial para mim e deveria ser para todos os outros jovens da nossa geração, já participei de diversos debates sobre a temática indígena, e isso me tocou muito, se tornou algo presente e essencial no meu dia a dia, o debate sobre os povos indígenas e toda a situação envolvendo eles”.
Na terça-feira (18), o tem da palestra foi o documentário ‘A festa do Kãwi dos Ka’apor’, com a participação do professor João Damasceno. Os participantes visitaram uma Exposição e Projeção de Fotografias do cotidiano e o ritual de povos indígenas no Maranhão e exibição do vídeo land art ‘Arte e Resistência Indígena’.
A palestra de encerramento do seminário, que este ano homenageou os 20 anos de morte do educador, etnólogo e indigenista Darcy Ribeiro, abordou o tema ‘A antropologia de Darcy Ribeiro, ministrada pela cientista social Maria Elizabeth Coelho Bezerra, professora da Universidade Federal do Maranhão.
Darcy Ribeiro
O médico e etnólogo mineiro Darcy Ribeiro militou em vários partidos de esquerda. Por sua iniciativa foi inaugurado, em 1953, o Museu do Índio reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como o primeiro do mundo a quebrar o preconceito contra o indígena e de difundir sua cultura. Nesse museu organizou, em 1955, o primeiro curso de pós-graduação em Antropologia Cultural no Brasil. Em parceria com os irmãos Orlando e Claudio Villas-Boas elaborou o projeto de criação do parque indígena do Xingu.
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