sexta-feira, 30 de junho de 2017
O Governo do Estado iniciou, nesta quinta-feira (29), em São Luís, o encontro com representantes de organismos internacionais para avaliar a situação da saúde reprodutiva no contexto da infecção pelo vírus Zika e dos sistemas de saúde, estabelecimento dos centros sentinelas e intercâmbio de experiências. A reunião prossegue, nesta sexta-feira (30), no Calhau Praia Hotel.

Representando o secretário de Estado da Saúde, Carlos lula, a secretária adjunta de Assistência em Saúde da SES, Teófila Monteiro, explicou os serviços de atenção especializada à saúde reprodutiva e da mulher no Maranhão e reiterou a disposição do Governo em cooperar e compartilhar experiências exitosas.

Teófila Monteiro falou das ações desenvolvidas nos Centros Sentinela de Saúde Reprodutiva, em Balsas e São Luís, da implantação da primeira UTI Materna no Hospital e Maternidade Marly Sarney e os tratamentos oferecidos às crianças com problema de neurodesenvolvimento, entre eles, a microcefalia, de forma integrada no Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar), no Hospital Dr. Juvêncio Mattos. 

“Nós temos ações e programas desenvolvidos em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde. Obviamente, a maior parte das ações prevê resultados a longo prazo. Todos esses projetos tem algum tipo de ligação com a Opas, OMS ou com o Ministério da Saúde. O mentor dos projetos é o governo do estado e os apoiadores os acolheram”, disse Teófila Monteiro.

A coordenadora geral de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde (MS), Maria Ester de Albuquerque Vilela, ressaltou que o Maranhão se configura dentro dos estados a serem apoiados pelas pesquisas relativas ao zika vírus, relativo ao seu perfil epidemiológico. E também pela parceria intergestora com o Ministério da Saúde e organismos internacionais e gestão do estado do Maranhão.


“O Ministério da Saúde entende que o Maranhão está em um momento propício para fazer avançar várias políticas públicas, relativas a saúde das mulheres e crianças. Nesse sentido, todo o apoio solicitado é prontamente atendido. Nós temos firmado parcerias grandes no estado do Maranhão, que é um estado que, pelo seu perfil epidemiológico, necessita desse apoio. Então, nós acreditamos que o Maranhão vai dar saltos muito grandes relativos a saúde pública e a sua população”, ressaltou Ester de Albuquerque.  

Por sua vez, Moazzam Ali, da Organização Mundial da Saúde (OMS), debateu o cenário mundial do Zika Vírus, o avanço das pesquisas e a importância da avaliação e fortalecimento dos serviços de saúde. “O primeiro objetivo do nosso encontro é prover um panorama sobre os estudos que estão sendo realizados em Zika pelo Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisas da Organização Mundial da Saúde”, disse. 

O consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o projeto Centro Sentinelas, o médico ginecologista Adriano Bueno Tavares, explicou que um dos eixos do encontro é promover a troca de experiências. 

“Nós temos dois centros sentinelas, aqui, no Maranhão: um no Sul do estado, na cidade de Balsas, e o outro na Maternidade Benedito Leite, da rede estadual, na região metropolitana de São Luís. Os projetos têm dado resultados muito bem sucedidos, nós temos visto a procura muito grande por métodos contraceptivos, em ambos os centros, e isso tem trazido uma perspectiva importante em termos de saúde materna e saúde da mulher para essas regiões”, avaliou Adriano Bueno.  

O encontro reúne representantes da Organização Mundial da Saúde, de Genebra e Brasil, Organização Pan-Americana da Saúde, da sede Washington e do Brasil, da ONU Mulheres, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), assim como técnicos e diretores das unidades da rede estadual de saúde da Maternidade Benedito Leite, Hospital e Maternidade Marly Sarney, Maternidade Nossa Senhora da Penha, dos Centro Sentinela de Planejamento Reprodutivo do Maranhão (Balsas e São Luís) e gestores municipais. 

Zero Morte Materna
O secretário adjunto da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Marcelo Rosa, ressaltou também o engajamento do Governo no projeto Zero Morte Materna por Hemorragia. 

“A parceria com a Opas é fundamental para o desenvolvimentos de alguns projetos e programas da Secretaria da Saúde, apesar de nós termos grandes profissionais referenciados no Brasil todo, nós precisamos da experiência do Opas, já desenvolvida em outros países e outros estados. A Oficina Estadual Zero Morte Materna por Hemorragia, por exemplo, capacita os profissionais das maternidades no atendimento às mulheres com risco de morte por hemorragia pós-parto”, avaliou Marcelo Rosa. 

A Oficina Estadual Zero Morte Materna por Hemorragia, realizada na última semana em Imperatriz, primeira de um total de seis, contemplou os profissionais das regiões de Açailândia, Balsas, Barra do Corda e Imperatriz.

Fonte: SES

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