domingo, 3 de setembro de 2017
Tecendo histórias de vida e de luta de indígenas, pescadores, ribeirinhos, quebradeiras de coco, quilombolas, camponeses, geraizeiros e sertanejos foi que surgiu o Relatório da Teia de Povos e Comunidades Tradicionais 2013/2016. Um documento rico em informações sobre a luta em direção à garantia territorial e do Bem Viver. O lançamento do relatório acontece no próximo dia 04 de setembro, às 19h, no prédio do curso de Arquitetura da UEMA, localizado à Rua da Estrela, Centro Histórico de São Luís. 

O Relatório da Teia 2013/2016 é maduro e acumula a realização de cinco Encontrões ao longo desse período. Mais de 400 pessoas em cada um de tais encontros trocando vivências, sementes, saberes e estratégias de lutas e de renovação para não perderem a esperança diante das dificuldades e fortalecer os movimentos que representam os povos e comunidades tradicionais. Entre as organizações que apoiam a Teia estão: Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Núcleo de Estudos sobre Reforma Agrária (NERA/ UFMA), CSP CONLUTAS, Coletivo Nódoa. O financiamento para trabalho tão importante e estratégico foi da Ford Foundation. 

Estatísticas

As estatísticas são negativas quando o assunto é a violência contra os povos e comunidades tradicionais. O Maranhão lidera o número de conflitos no campo há seis anos. Este ano já caminha para ser o ano mais violento no campo. De acordo com dados da CPT, em 2016 foram 194 conflitos registrados, 75 cidades como palco desses conflitos, 13 mortes e 31 mil famílias vivendo sob ameaça.

O relatório é um importante instrumento de luta coletiva, pois proporciona e consolida alianças entre as comunidades tradicionais. Por meio desse registro, histórias de resistências são preservadas e as comunidades tradicionais reafirmam e defendem o Bem Viver.  

As comunidades pesquisadas e relatadas foram o território de pescadores do Cajueiro e Taim, na Ilha de São Luís; território indígena Akroá-Gamella, em Viana; território quilombola Santa Maria dos Moreiras, Codó; território sertanejo Forquilha, em Benedito Leite e o território de quebradeiras de coco babaçu Centro dos Pretinhos, em Dom Pedro.

As centenas de comunidades e povos tradicionais do Maranhão demonstram com a Teia a força emancipatoria daqueles que têm a solidariedade como instrumento de luta.


O quê: Lançamento do relatório Teia de Povos e Comunidades Tradicionais 2013/2016
Quando: 04 de setembro
Hora: 19h
Local: no prédio do curso de Arquitetura da UEMA, localizado à Rua da Estrela, Centro Histórico de São Luís.

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