Confira entrevista exclusiva do Jornal Cazumbá com a atriz brasileira Clarice Niskier que apresentou nessa semana, em SL, espetáculo baseado em textos de Zeca Baleiro.

Na última terça-feira (19), a atriz brasileira Clarice Niskier esteve em São Luís e realizou no auditório Itapecuru, do Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM), a leitura inédita do espetáculo A esperança cresce na caixa de Chicletes Ping Pong na infância. O texto é baseado em letras de música do compositor maranhense Zeca Baleiro. Clarice desenha com humor e sensibilidade, um panorama de seus sentimentos íntimos sobre o país.

O Jornal Cazumbá marcou presença no evento e conversou com a atriz sobre a peça. Confira! 

Clarice Niskier - Minha proposta é fazer um trabalho poético, é ligada a letras de músicas; toda letra de música é uma letra poética, é uma letra que fala de sentimento, tem reflexões e essa peça é inspirada totalmente no Brasil, mas letra do Zeca Baleiro.

CN - Eu acho que ele reúne muito coisas que eu admiro, ele reúne o humor e a poesia, ele une o amor pelas coisas brasileiras. Ele não foge da dor que também é esse próprio amor pelo Brasil. Zeca traz musicalidade, sexualidade, pegada, tem uma coisa urbana, uma coisa rural, simples, tem uma coisa sincera, tem uma coisa forte, tem uma coisa inconsciente. Acho que ele reúne, muitas, muitas qualidades e sei lá cheguei no momento que eu tive vontade de falar do Brasil através e por meio das músicas dele.

CN - Eu produzo junto com meu marido. Nós temos uma produtora mística, produções culturais - eu e Zé Maria, eu atuo Clarice Niskier e é um texto meu porque eu fiz a costura com letras de músicas de Zeca Baleiro.

CN - O que pode resultar disso é uma imagem do próprio brasileiro, uma imagem que vem do próprio Brasil, uma imagem individual e coletiva ao mesmo tempo dos nossos sentimentos, porque a Música Popular Brasileira (MPB) ela tem a capacidade de nos unir e eu acho que a música  do Zeca Baleiro é uma música que nos une, ele como um dos representantes da Música Popular Brasileira ele é um cara que faz essa costura, ele une muitas pessoas - os shows estão sempre lotados e ele pega essa parte afetiva do brasileiro.  Então, o que a gente pode esperar é como falou agora uma pessoa que acabou de assistir a leitura: “saio daqui melhor”.  Acho que sair melhor o brasileiro como indivíduo e dentro da sua sociedade encontrar os pontos de união.

CN - No segundo semestre de 2018 estaremos estreando. 

CN - Se Deus quiser a gente vai estrear aqui.