sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
O Programa de Apoio de Geração e Incremento de Renda (AGIR) na Estrada de Ferro Carajás (EFC) chega a fase final com bons resultados alcançados para as comunidades participantes. Desenvolvido pela Fundação Vale, em parceria com o Instituto de Socioeconomia Solidária (ISES) e com o apoio da Vale, o programa buscou alternativas de geração de renda para as pessoas que tinham como fonte de renda o comércio informal de alimentos às margens da ferrovia. Em seu encerramento, os 22 negócios sociais que surgiram a partir da sua implementação, em 2014, foram graduados, uma forma se reconhecer o empenho e dedicação de todos os envolvidos.

"O AGIR foi um divisor de águas na comunidade. Antes a gente não tinha autoestima, agora somos empreendedoras". A declaração de Ivoneide Oliveira da Silva traduz o sentimento na graduação dos negócios sociais apoiados pelo programa. Ivoneide é uma das empreendedoras do negócio social "Delícias da Vila Pindaré", em Buriticupu (MA).

Para que esta e as demais iniciativas chegassem ao nível de maturidade esperado, os empreendedores foram acompanhados e orientados por uma equipe de especialistas. A partir de seus desejos e das vocações locais, cada grupo encontrou novas formas de geração de trabalho e renda, que incluem produção de azeite babaçu, doces e salgados.

Para a diretora da Fundação Vale, Isis Pagy, a inclusão socioprodutiva, a formação empreendedora e o protagonismo foram pilares motivadores do AGIR EFC. "Encerramos agora o AGIR com o sentimento de dever cumprido pois, para além da geração de trabalho e incremento da renda, promovemos mudanças positivas na realidade dos participantes com melhoria nas condições de trabalho e qualidade de vida", completa Isis.

O AGIR EFC foi desenvolvido ao longo de três anos e, durante esse período, várias etapas foram desenvolvidas: mobilização, prototipagem, incubação, aceleração e graduação dos 22 negócios sociais. Os projetos estão distribuídos em sete municípios ao longo da ferrovia, entre os estados do Maranhão e Pará: Arari, Vitória do Mearim, Alto Alegre do Pindaré, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas, São Pedro da Água Branca e Marabá. Os empreendedores receberam apoio em infraestrutura, maquinário, como também acompanhamento técnico em toda a gestão integrada dos negócios (produção, venda, compras, finanças e governança).

Com a graduação, o programa AGIR EFC encerra sua última etapa e os grupos produtivos passam a atuar de forma integrada por meio da Rede Mulheres do Maranhão, que será assistida pela Fundação Vale em 2018 e terá como foco a comercialização em rede e o encadeamento produtivo. Ao todo, 125 empreendedoras compõem a Rede Mulheres do Maranhão.

O momento final foi marcado pela diplomação dos empreendedores e pela inauguração da sede conjunta dos empreendimentos "Padaria Três Amores" e "Ateliê Bubasa Estilo", em Arari (MA).

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