quinta-feira, 19 de abril de 2018
O descarte irregular traz uma série de problemas à população, como entupimento de galerias e canais, potencializados no período chuvoso


A Prefeitura de São Luís já recolheu este ano aproximadamente 30 mil toneladas de resíduos sólidos descartados irregularmente nas vias públicas da cidade. O serviço tem sido intensificado durante o período chuvoso porque o descarte inadequado do lixo é um dos fatores para o entupimento de bueiros, o que provoca alagamentos em alguns pontos da cidade. Para evitar transtornos, a população deve descartar o lixo domiciliar corretamente e encaminhar os recicláveis para um dos 10 Ecopontos em pleno funcionamento na capital.

Ação é parte da política de resíduos sólidos colocada em prátia na gestão do prefeito Edivaldo. Com a implantação dos Ecopontos a Prefeitura já beneficia 350 mil pessoas e mais de 90 bairros da capital. Mais de 11 mil toneladas de materiais recicláveis, entulhos e outros resíduos que eram descartados irregularmente nas ruas da cidade, causando prejuízos à população, já foram recebidos nos Ecopontos que estão localizados no Parque Amazonas, Angelim, Bequimão, Habitacional Turu, Jardim América, Jardim Renascença, Residencial Esperança, Cidade Operária, São Francisco e Anil.

A Prefeitura de São Luís, por meio do Comitê Gestor de Limpeza Urbana, seguindo orientação do prefeito Edivaldo, faz ações de remoções em pontos de descarte irregular de resíduos sólidos pela cidade. Este recolhimento ocorre por meio dos serviços de remoção manual e remoção mecanizada, de segunda a sábado, das 7h às 23h, para garantir a limpeza desses locais. Por meio das remoções são eliminados pontos de descarte irregular, conhecidos popularmente como "lixões", na cidade.

A presidente do Comitê Gestor de Limpeza Urbana, Carolina Moraes Estrela, informa que o dimensionamento da coleta domiciliar em São Luís conseguiria atender toda a demanda de resíduos gerados na cidade, não fossem os descartes irregulares. "Nós poderíamos ter, inclusive, um volume de recolhimento maior diariamente, mas nem todo o lixo que é produzido em São Luís é recolhido porque muita coisa acaba se perdendo por causa dos descartes irregulares, apesar de termos ações diárias para coibir essa prática e coletar o que é decorrente dela", disse.

REMOÇÕES

Nesta semana os serviços já contemplaram áreas como a Chácara Brasil, onde foi feita a remoção de lixo em todo o bairro. Também receberam equipes da Prefeitura, com serviço de remoções mecanizadas as avenidas dos Africanos, Franceses, Kennedy e Camboa. Somente em abril já foram feitos serviços de limpeza também em pontos de descarte irregular no Olho d'Água, Anel Viário, Anjo da Guarda, Parque Shalom, Cohaserma, Radional, Centro Histórico, Cidade Operária, Cidade Olímpica, Sá Viana, avenidas Luís Eduardo Magalhães, Luís Rocha, Getúlio Vargas, Portugueses entre outros pontos.


Os resíduos descartados de forma irregular, em São Luís, é gerado a partir de reformas de pequeno porte, restos de poda e capina de origem domiciliar, ou ainda, móveis e eletrodomésticos velhos que normalmente são descartados nas vias públicas, além de recicláveis como papel, plástico e vidro.

Há ainda o descarte ilegal feito por empresas dos mais diversos setores que descarregam seus resíduos nos pontos de descarte irregular quando o correto, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal Nº 12.305/2015), seria que elas tivessem um plano de gerenciamento dos resíduos por eles produzidos. Em média, a Prefeitura recolhe, por dia, cerca de 300 toneladas de resíduos com as ações de remoção.

PROBLEMAS

O descarte irregular de resíduos sólidos pode causar uma série de problemas à população que podem ser potencializados no período chuvoso, pois o lixo jogado irregularmente na rua vai para as bocas de lobo, de onde seguem para as galerias de águas pluviais, canais e rios da cidade. Isso afeta a rede de drenagem, pois diminui a vazão das galerias de águas das chuvas, provocando ponto de acúmulo de água pela cidade.


Com isso, a água pode invadir as casas, causando prejuízos materiais como a perda de móveis e eletrodomésticos e até mesmo danos na estrutura das casas e ainda problemas de locomoção por toda a cidade, além da degradação do asfalto das ruas e avenidas da capital.

O resíduo jogado nas ruas pode, ainda, contaminar a água das chuvas, provocando a proliferação de doenças porque atrai animais como moscas, ratos, baratas e facilita a reprodução de mosquitos transmissores de doenças como a dengue, chikungunya, o zika vírus e a febre amarela. O descarte irregular causa também problemas ambientais e prejudica o paisagismo urbano, pois cria "lixões" dentro dos bairros.

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