sexta-feira, 29 de junho de 2018

Ao som dos blocos tradicionais, toadas de bumba meu boi e dos tambores do cacuriá, a Assembleia Legislativa do Maranhão realizou, por solicitação do deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), Sessão Solene em homenagem à cultura popular maranhense. O evento aconteceu nesta quinta-feira (28), no Plenário Nagib Haickel, e reuniu, entre outros, pessoas ligadas aos movimentos culturais.

“A cultura popular maranhense é um vetor fundamental para o desenvolvimento social e econômico. Quando a gente fala de turismo, por exemplo, não podemos dissociar da cultura popular. O que nos faz diferentes é o nosso jeito de ser, de comer, de andar, de conviver, e de se divertir. Tudo isso faz parte daquilo que Joãozinho Ribeiro chamou de maranhensidade. E a nossa maranhensidade é a nossa marca maior. É o que ajuda a definir nossa identidade”, afirmou o parlamentar.

Ele acrescentou que a data foi escolhida porque mobiliza pessoas com expressões autênticas e genuinamente maranhenses e que, a cada ano, independente de apoio, reúnem-se em uma das maiores manifestações culturais realizadas no Maranhão, levando mais arte e originalidade para o povo. “E, hoje, nós homenageamos diversas manifestações na área da música, da dança, do cinema, do jornalismo e da gestão pública”, afirmou.

A Sessão Solene foi marcada por alegria e descontração, com a entrega da Medalhaa de Honra ao Mérito Legislativo João do Vale, que premia aqueles que promovem o desenvolvimento cultural e artístico no Maranhão, com títulos de Patrimônio Cultural Imaterial do Maranhão, além das placas de homenagem especial a pessoas e grupos que se destacaram pelos serviços prestados à cultura popular.
O deputado entregou a Medalha João do Vale a três homenageados: ao Tira-Teima, grupo musical de choro mais antigo em atividade no Maranhão; à equipe do “Muleque té doido”, filme de maior bilheteria do circuito comercial do estado, e a Ademar Danilo, jornalista, produtor cultural e militante do reggae no Maranhão. Ademar Danilo, entre outras coisas, coordenou a implantação do Museu do Reggae e, atualmente, dirige o equipamento cultural.


O título de Patrimônio Cultural Imaterial do Maranhão foi entregue à manifestação carnavalesca Fuzileiros da Fuzarca, ao Santuário de São José de Ribamar e ao grupo Cacuriá de Dona Teté. 

O título de Patrimônio Cultural Imaterial do Maranhão foi conferido também a Blocos Tradicionais: da APAE, Fênix, Os Curingas, Kambalacho do Ritmo, Os Especialistas do Ritmo, Reis da Liberdade, Príncipes de Roma, Originais do Ritmo, Os Foliões, Tropicais do Ritmo, Os Trapalhões, Os Tremendões, Os Brasinhas, Os Apaixonados, Os Feras, Os Vampiros, Os Diferenciados do Renascer, Os Imbatíveis, Alegria do Ritmo, Os Diplomáticos, Os Gladiadores, Vinagreira Show, Os Guardiões, Companhia do Ritmo, Os Vingadores, Renovação do Ritmo, Príncipe da Meia Noite, Os Inacreditáveis, Dragões da Liberdade, Os Guerreiros do Ritmo, Gaviões do Ritmo e Os Baratas.


“Os Blocos Tradicionais surgiram na primeira metade do século XX e eram conhecidos como ‘Blocos de Ritmo’. São marcados pela alegria, pela percussão, pelos figurinos luxuosos estampados nas fantasias e também pela dança dos tocadores e brincantes, que realizam uma coreografia saltitante. Os Tradicionais são únicos e exclusivos do Maranhão, isto é, não existem em nenhum outro lugar do mundo”, destacou o socialista.

Placas de homenagem especial foram entregues ao Bumba Meu Boi da Soledade (sotaque costa de mão) e ao Bumba Meu Boi de Guimarães. O segundo, é originário do Quilombo de Damásio, na cidade de Guimarães, e é o mais antigo ainda em atividade no Maranhão (deu origem ao sotaque de zabumba).

Por fim, foram homenageados: o jornalista e radialista Joel Jacintho, considerado pelo deputado Bira um dos mais atuantes na cobertura e difusão da cultura popular maranhense; o secretário de Estado da Cultura e Turismo Diego Galdino, pelo trabalho prestado à frente da pasta, com ações importantes para a valorização e fomento da cultura em todo o Maranhão.

O evento foi iniciado com uma apresentação do grupo Tira-Teima e as batidas dos Blocos Tradicionais, e encerrado com a alegria do cacuriá e as belas toadas do Boi de Guimarães.

Informação: Joel Jacinto 

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