segunda-feira, 3 de setembro de 2018
Muito emocionada, vice-diretora afirmou que havia muitos produtos inflamáveis no interior do prédio


RIO — Um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na noite deste domingo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, cerca de 80 homens de doze quarteis foram ao local combater as chamas, iniciadas por volta das 19h. Vigilantes teriam visto um clarão no 1º andar pouco antes de o fogo começar. Parte do interior do edifício desabou. Por volta de 2h desta segunda-feira as chamas foram controladas.

A assessoria do Museu Nacional informou que ainda não está claro o que deu início ao incêndio, sendo necessário esperar o trabalho dos bombeiros para obter mais informações. Embora domingo seja um dia de visitações frequentes, o museu fechou às 17h e, após este horário, não havia mais ninguém no local além dos funcionários de segurança. No momento em que as chamas começaram a se alastrar, quatro vigilantes estavam no prédio. Os militares estão em contato com as concessionárias para cortar o gás e os escapes que possam alastrar ainda mais o fogo. Há um revezamento de caminhões pipa para dar conta do combate às chamas. Uma das preocupações é que a fumaça afete a saúde de animais do Zoológico do Rio (Rio Zoo).

Os três andares do museu — fundado em 1818 por D. João VI e desde 1946 vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro — abrigavam um acervo de 20 milhões de itens, incluindo documentos da época do Império; fósseis; coleções de minerais; artefatos greco-romanos; e a maior coleção egípcia da América Latina. Dentre seus itens mais conhecidos, estavam o esqueleto de um dinossauro encontrado em Minas Gerais e o mais antigo fóssil humano descoberto no atual território brasileiro, batizado "Luzia". Trata-se da instituição científica e do museu mais antigos do Brasil, tendo neste ano completado seu bicentenário. A visitação média mensal é de 5 a 10 mil pessoas.

Leia mais: O Globo

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