terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
Para manter a tradição – Alunos da oficina de máscaras de Fofão apresentarão suas criações em cortejo hoje, às 17h, pelas ruas do Centro


São Luís – O Carnaval de rua do Maranhão é marcado por peculiaridades. Uma delas é o Fofão, personagem que, nos últimos anos, tem sido visto com menor frequência nos circuitos da folia. Com o objetivo de preservar esta tradição e incentivar as novas gerações a usarem a fantasia, o Departamento de Assuntos Culturais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) realiza hoje, às 17h, um animado cortejo carnavalesco com direto a bandinha que acompanhará os personagens pelas ruas do Centro Histórico.

A ação é resultado de uma oficina realizada pelo DAC, ministrada pela artista plástica Marlene Barros, que ensinou cerca de 30 pessoas a forma tradicional da confecção das máscaras usadas pelos personagens. “As máscaras tradicionais de Fofão não são encontradas em grande escala no comércio, pois são feitas de forma manual, em papel machê e seguindo um desenho característico. Foi pensando em preservar e incentivar a confecção destas máscaras que oferecemos a oficina”, relata a diretora do DAC, Fernanda Santos Pinheiro.

O cortejo tem ainda a função de chamar o público para a abertura da exposição que vai reunir, de 14 deste mês ao dia 1º de março, a produção oriunda da oficina. A mostra fica em cartaz no Palacete Gentil Braga, Centro, com visitação gratuita. “Além de mostrar ao público o resultado da oficina, com a exposição também incentivamos a comercialização das máscaras, pois muita gente quer se fantasiar de Fofão, mas usando a máscara original e não essas de látex encontradas em comércios”, pontua Fernanda Pinheiro.

Personagem

Em décadas passadas, era comum encontrar pelas ruas muitas crianças e adultos, na época das festas carnavalescas, usando a fantasia de Fofão, que consiste em um largo e colorido macacão, feito de chita, enfeitado com guizos nas mangas e na barra. Compõe ainda a fantasia, uma boneca que o folião leva em uma mão enquanto segura com a outra, uma varinha. Segundo a tradição, quem pegar nas bonequinhas acaba tendo que pagar algum trocado para não ser perseguido durante a folia.

O diferencial da fantasia fica por conta da máscara, que é tradicionalmente feita com a técnica de papel machê, na qual são coladas camadas de pepel sobre um molde previamente preparado. Com um nariz preponderante, são coloridas e trazem um tecido preso atrás que tem a finalidade de prender a peça na cabeça. A máscara ajuda o personagem a ser, ao mesmo tempo, brincalhão, espalhafatoso e assustador.

Serviço

O quê: Cortejo de Fofões

Quando: Hoje, às 17h

Onde: Saída do Palacete Gentil Braga, Rua Grande, Centro

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