quarta-feira, 6 de março de 2019

Raposa, que fica bem próximo do centro de São Luís (MA), é uma autentica cidade, com aspecto de vilarejo de pescadores, com destaque para as praias de Mangue Seco, Pucal e Carimã. Em seu contexto único, cercado por preservados manguezais, inúmeros igarapés navegáveis, ilhas semi desertas, e dunas moldadas pela força do vento e magia no ar, que fazem da cidade um lugar único na ilha de Upaon-Açu.

O Município que em um passado bem próximo era conhecido somente como uma vila de pescadores, ainda é um lugar que apesar da proximidade com a capital, mantém seu charme de vila. Os nativos e moradores que são íntimos e cúmplices da natureza, interagem com as pessoas que visitam esse paraíso.


ORIGEM

Conta-se que o nome Raposa, originou-se da grande quantidade de raposas existentes na região, que muitas vezes quando os pescadores salgavam e deixavam seus peixes para secar ao sol, estes animais aproveitavam a ausência dos mesmos e comiam os peixes que ali estavam. E que em um determinado trecho da extensa e deserta praia, ao encontrarem uma dessas raposas morta. Um grupo de pescadores marcou ali um ponto de encontro quando retornassem da pescaria. Originando desta forma o atual assim o nome do vilarejo.    


Devido ao aspecto rústico e ao difícil acesso, no final dos anos 70, começaram a surgir vários grupos de jovens estudantes que em busca de maior contato com a natureza, e sem ter que gastar muito, acampavam e desbravavam as belas praias, em busca de natureza primitiva, e interação com os pacatos pescadores e rendeiras que habitavam o vilarejo.

Mesmo com a proximidade de São Luís e a especulação imobiliária, o município ainda preserva aspectos de cidade pequena onde quase todos se conhecem, e tem como principais fontes de renda a pesca artesanal, o comércio, e o turismo que vem se tornando importante fonte geradora de emprego, renda e inclusão social. 


CORREDOR DAS RENDAS – ONDE A ARTE VIRA MODA

Outro seguimento de destaque na economia local é o trabalho artesanal realizado pelas tradicionais rendeiras de bilro, rico em cores e detalhes. Em um pequeno trecho da Avenida dos Pescadores, o Corredor das Rendas concentra bucólicas residências que foram transformadas em pequenas lojas de artesanato.

 LOCALIZAÇÃO

Com uma população estimada em 35 mil habitantes, o município de Raposa pertence à região metropolização da ilha de São Luís, e está situada a 30 km do centro da capital do Maranhão, e aproximadamente 280 km dos Lençóis Maranhenses.

ATRATIVOS NATURAIS

Desbravar a cidade de Raposa é um convite a uma aula ao ar livre. O lugar possui um impressionante cenário natural com um vasto litoral de belas praias, igarapés, ilhas, dunas móveis com suas lagoas paradisíacas no período das chuvas, e uma vasta extensão litorânea repleta de manguezais bem preservados.


O passeio náutico, realizado pelos canais que cercam a maior parte do município de Raposa, é uma excelente opção de contemplação à natureza, associada a uma experiência inesquecível de lazer e entretenimento, repleta de vivências naturais e culturais que jamais serão esquecidas.

Esses passeios são realizados em Bianas Tradicionais ou Catamarãs, que geralmente partem da Rampa de Embarque que fica no Bairro do Garrancho, do Cais do Porto do Braga, ou do Porto do Carvão. E podem durar entre duas ou quatro horas, dependendo da tábua de maré, e da preferência e disponibilidade de tempo do visitante. 

Durante o passeio, é possível observar a fauna e flora local, visitar um Criatório de Ostras com opção de degustação, tomar banho na Crôa do Sarnambi, no Igarapé do Afoga Burro, caminhar pelas Dunas de Carimã, que dependendo do período chuvoso, poderá propiciar até mesmo um banho em lagoas naturais, além de uma visita a Praia de Carimã.


Os passeios de seis ou oito horas, possibilitam conhecer em detalhes algumas atividades realizadas diariamente pela comunidade local, dentre elas a despesca de currais, visita a rancho de pescadores, visita com opção de banho na Ilha de Itaputíua e Praia de Curupu, ou até mesmo participar de uma vivência na catação de Sarnambi, Sururu ou Tarioba, em determinados locais.

Os Agentes de Receptivo Náutico, oferecem serviços opcionais que recomendamos combinar antes, tais como: Fornecimento de Peixe ou Camarão Grelhado, além de água, refrigerantes e cervejas. E outras exigências do cliente.

É importante que o visitante utilize roupas leves, boné ou chapéu, óculos de sol, protetor solar, consuma alimentos leves e beba muita água. Além de utilizar coletes salva-vidas, e seguir corretamente as orientações repassadas pela tripulação da embarcação. E não esquecer de comunicar à tripulação, caso seja alérgico a frutos do mar, e não saiba nadar. 

CORREDOR GASTRÔNIMO – OS SABORES DO MAR

Os peixes e mariscos são os principais ingredientes da culinária raposense. O camarão grelhado e o caldeirada de caranguejo é de tirar o fôlego. Há também a saborosa mariscada, e a anchova grelhada servida com arroz de camarão.

COMO CHEGAR

Existem diversas opções para se chegar até a cidade, podendo ser feita por terra ou mar. O acesso por terra é percorrido pelas MA 203 ou MA 204, e pode ser feito de moto, carro, van ou ônibus coletivo que faz linha São Luís/ Raposa/ São Luís e que possui diversas viagens diárias. Essas alternativas se tornaram rápidas e seguras pelo estado de conservação das rodovias. Outra forma de se chegar é através de embarcações que partem dos portos vizinhos dos municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar ou São Luís.

Não existe uma melhor época para visitar a Raposa e seus santuários paradisíacos, porque o sol brilha o ano inteiro o que permite a visita em qualquer época, mas o período de chuva tem um charme a mais, porque as lagoas ficam cheias e dão um colorido aparte.

Dicas Cazumbá de Viagem: 

Onde comer:
Restaurante Capote - Av. Principal, 3, Vila Viver.
Restaurante Palhoça - Rua do Coqueiro, 57 - Garrancho.

Onde dormir:
Pousada Fazendinha - rua da Prata, 100 - Inhaúma.
Pousada Vitórias - Rua do Coqueiro, 12 - arrancho.
Haras 4 Irmãos - Estrada da Raposa, S/N - Caúra.

Texto: Publicado na edição 143 do jornal Cazumbá 
Foto: Eveline Costa

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