terça-feira, 2 de abril de 2019

O presidente da Confederação Brasileira de Bilhar e Sinuca (CBBS) Pedro Rolim Bohm afirmou que, até o momento, o Maranhão é o único estado que está usufruindo da capacitação e liberação pela lei de incentivo para a realização de grandes eventos da sinuca. Rolim responde ainda sobre a possibilidade de o Maranhão sediar um Pan-Americano e da sinuca se tornar um esporte olímpico. 

Pedro Rolim vai competir e supervisionar a realização do XXXVI Campeonato Brasileiro de Sinuca (CBSK6R), nos dias 4, 5, 6 e 7 de abril, deste ano, no Golden Shopping Calhau, em São Luís. A solenidade de abertura será realizada na próxima sexta-feira (5 de abril), às 19h, no Golden Shopping. Vale lembrar que o evento terá entrada gratuita e estacionamento livre.

Com patrocínio do Mateus e Governo do Maranhão (Sedel/Sefaz), por meio Lei Estadual de Incentivo aos Esportes, o CBSK6R 2019 é uma realização da CBBS, Federação Maranhense de Bilhar e Sinuca (FMBS), Golden Shopping, com apoio do Jornal Pequeno, AABB/São Luís, Polícia Militar/PMMA, Prefeitura de São Luís, Centro Elétrico, ServBus, Bus Transportes, IEL, Mar Doce, Óticas Diniz e Praia Mar Hotel. Confira a entrevista completa.


- Por que a CBBS, mais uma vez, escolheu o Maranhão para sediar um Campeonato Brasileiro?

Pedro Rolim Bohm- A CBBS aguarda os prazos estipulados por nossos estatutos para o recebimento dos projetos para a realização dos campeonatos nacionais. O Maranhão, a cidade de São Luís, já tem se tornado há algum tempo uma das capitais da sinuca nacional. Tradicionalmente temos feitos, no mínimo, dois eventos por ano no Maranhão. Sempre bem realizados pelo excelente trabalho que a Federação Maranhense de Bilhar e Sinuca vem desenvolvendo. Para esse ano tivemos aprovados os projetos do Maranhão, Minas Gerais, que será em agosto, e o do Rio de Janeiro, que acontecerá mais ao final do ano. Tenho certeza que estaremos mais uma vez realizando um grande evento no Maranhão.

- Quais estados, além do Maranhão, realizam eventos de sinuca incentivados?

Pedro Rolim Bohm - Um dos grandes motivos de estarmos indo para o Maranhão é o fato de que o Estado tem viabilizado esses eventos utilizando a Lei Estadual de Incentivo aos Esportes. A aprovação desses projetos facilita muito a organização das competições e a qualidade dos eventos que o Maranhão tem realizado. É muito importante que isso continue sendo feito. Até o momento, o Maranhão é o único estado da Federação que está usufruindo dessa capacitação, dessa liberação pela lei estadual de incentivo para a realização de grandes eventos da sinuca, sempre bem organizados pela direção da FMBS.

- O Maranhão tem chances reais de realizar o Pan-Americano de Sinuca, que a CBBS pretende trazer para o Brasil ainda este ano?

Pedro Rolim Bohm - O Brasil vai realizar o Pan-Americano. O Rio de Janeiro já se habilitou. O Rio de Janeiro tem certa vantagem por ser um Estado com maior visibilidade internacional. Todo mundo quer vir ao Rio de Janeiro. Já temos o projeto em andamento. Esse Pan-Americano acontecerá em janeiro de 2020. Sobre a possibilidade da realização no Maranhão só depende da Federação Maranhense. Só depende do recebimento do projeto da FMBS. Um projeto melhor do que o já apresentado. Sem dúvida nenhuma, o Maranhão tem grande chance de realizar um Pan-Americano.

Lembro que teremos o Pan-Americano e a seletiva do Pan-Americano. A seletiva do Pan-Americano estará acontecendo em novembro desse ano, em local a ser definido. A ideia é que seja no mesmo local onde esse Pan-Americano irá acontecer, até porque levaremos as mesas no único frete. Faremos a instalação de todas as mesas que serão utilizadas no Pan-Americano, dois meses antes da seletiva.

Realizaremos a seletiva em novembro e o nosso Pan-Americano será realizado em janeiro. A data precisa eu dependo apenas da confirmação do calendário das competições internacionais porque há uma solicitação que nós façamos o nosso Pan-Americano uma semana após o German Masters Snooker 2019, competição que será realizada na Alemanha, provável em meados de janeiro. Sendo assim, então realizaremos o nosso Pan-Americano na ultima semana de janeiro de 2020. Estamos definindo nesses 15 dias a data de realização do Pan-Americano no Rio de Janeiro.

A possibilidade de o Maranhão vir a sediar o Pan-Americano está totalmente aberta. Só depende da apresentação do projeto. Agora, infelizmente o prazo é curto. Temos que está absolutamente com tudo definido, o projeto pronto e definido com todos os recursos que podemos contar até inicio desse mês de maio. Tem que ser decidido com muita antecedência por causa da divulgação para poder ser encaixado no calendário de competição oficial de todos os países envolvidos.

- Quais são as chances de a Sinuca se tornar um esporte olímpico? Tem previsão para isso?

Pedro Rolim Bohm - Todo esporte tem que cumprir sete etapas para se tornar olímpico. Todas as etapas obrigatórias foram cumpridas. A ultima foi a criação da Associação Pan-Americana de Bilhar e Sinuca (PABSA), entidade responsável pelas Américas, que cuida do Canadá, Estados Unidos, América Latina e América do Sul. Criamos no inicio de 2018. Os países que capitanearam essa criação foi o Canadá, Estados Unidos e Brasil. O Brasil ocupa a vice-presidência América Latina. Essa foi a ultima etapa. Precisávamos criar uma entidade que ficasse responsável pela região. Fizemos isso. Hoje, com a World Confederation of Billiards Sports (WCBS), que é a entidade responsável por falar com o Comitê Olímpico Internacional (COI), está completa essa última etapa.

A sinuca mundial está fechada em entidades. Tem entidade responsável pela região da Ásia, África, Europa e Oceania. Está tudo fechado. Agora, a briga é mais em cima. É uma coisa muito mais politica, financeira e em termos de popularidade. Como sempre existem outros esportes para entrar nas olimpíadas. São outros julgamentos. Não são mais obrigações. Os cadernos de encargos todos foram cumpridos. Temos chance? Temos muita chance. Nada é mais importante que entrar nas olimpíadas. Mas, muito importante também foi o fato de termos ido agora à França e vermos que todas as entidades da sinuca mundial estavam presentes. Tínhamos 19 países presentes ao evento e todas as entidades responsáveis por cada região mundial estavam presentes. Todos estavam lá, unidos em um mesmo objetivo. Isso foi o mais importante. Nunca vimos uma situação como essa, onde todos estão remando para o mesmo lado. Hoje o esporte está muito forte mundo afora. Todos com o mesmo objetivo.

Estamos no caminho, com certeza, um caminho vencedor. Se vai ser dessa vez, não sei. Não sabemos. Contamos com isso. Estamos fazendo os esforços necessários. Houve um evento em janeiro, o World Team Trophy, organizado pela FF Billard (Federação Francesa de Bilhar), na Torre Eiffel, que tivemos uma abertura feita pelo top player do mundo, Frederic Caudron, que foi um evento excepcional, onde inclusive tivemos uma atuação fantástica do nosso Igor Figueiredo, ganhou todos os jogos, inclusive ganhou de Kyren Wilson, sétimo do mundo, de forma extraordinária.

Tudo está sendo feito para que o nosso sonho se realize. Vamos torcer. Agora, temos que torcer para que os últimos ajustes deem certos. A torcida é grande. Temos muito chance. Mas, vamos aguardar. Nada está definido, mas estamos trabalhando para chegarmos às Olimpíadas. Acho que isso vai fazer o esporte ter uma alavancada de vez aqui, principalmente aqui no Brasil. O País é muito grande. Tem uma variação muito grande de cultura, até dentro do nosso esporte. Acho que essa definição da sinuca como esporte olímpico vai ajudar muito a alavancar de vez o esporte aqui dentro. Vamos torcer que vai dar tudo certo! (Com Jornal Pequeno).

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