terça-feira, 14 de maio de 2019

A abertura da 17ª Semana Nacional de Museus, realizada na segunda-feira (13), lotou o auditório da Casa de Cultura Josué Montello e deu a largada para uma ampla programação nos espaços vinculados à Secretaria de Estado da Cultura (Secma) além de museus federais, privados e pontos de memória existentes no estado do Maranhão. A solenidade reuniu gestores de casas de cultura, estudantes e acadêmicos.

Representando o secretário de Cultura, Diego Galdino, na solenidade de abertura, a secretária Adjunta Vanessa Leite falou da grande visibilidade que atualmente têm os museus no estado, e destacou a 17ª Semana como um momento transformador e oportuno para debater os melhores caminhos para os museus do Maranhão.

“Nos últimos anos o Governo do Maranhão abriu quatro museus (Forte Santo Antônio, Museu do Reggae, Casa do Tambor de Crioula e Centro Cultural do Engenho de Pindaré), um investimento que mostra a preocupação com essas instituições formadoras, fontes de conhecimento”, afirmou Vanessa.

O presidente da Rede de Educadores em Museus do Maranhão (REM), João Damasceno, disse que a missão da Semana de Museus é incluir, conectar e incentivar uma maior participação a partir de acervos que dialoguem com a sociedade.

“É fundamental a atuação da rede de educadores nos museus, e para isso temos algumas propostas, como a criação de setor educativo, implantação de curso de museologia, criação do sistema estadual de museus e inclusão dessas instituições, sejam estaduais, federais, particulares ou comunitárias, dentro do roteiro turístico do estado”, frisou Damasceno.

O evento foi oficialmente aberto com palestras e roda de conversa sobre técnicas tradicionais na cultura material do estado. Entre os temas abordados a autoprodução da moradia popular, o significado do morar na cultura e tradição dos povos indígenas kanela, a influência pombalina na arquitetura civil de São Luís e a azulejaria no Maranhão.

“É preciso considerar os aspectos culturais, muitas das vezes deixados de lado nos projetos de moradia (sejam em comunidades indígenas, quilombolas, rurais), é importante levar em conta os saberes da tradição que são fundamentais para a arquitetura”, ressaltou a antropóloga e professora da Universidade Estadual do Maranhão, Rose Panet.

Para o estudante de Arquitetura, Danilo Palavra, o debate foi inspirador. Ele trabalha com projeto sustentável de arquitetura e busca aprender mais sobre o conhecimento de técnicas tradicionais.

Programação

A 17ª Semana continua durante toda esta semana com programação especial realizada pelos museus.

Nesta terça-feira (14), a Casa de Nhozinho abre duas exposições: “Casas de Taipa” e “Técnicas Construtivas Tradicionais”. O horário de visitação de terça a sábado é das 9h às 17h30 e no domingo das 9h às 13h, Rua Portugal, centro histórico.

No Museu de Arte Sacra os alunos da Escola Comunitária Carlos Braide participam da sessão Cine Pipoca no Museu, às 14h, também nesta terça-feira.

O Centro Cultura do Engenho de Pindaré-Mirim oferece visita mediada aos espaços do local, cheio de riquezas históricas. Além da beleza da arquitetura, o público pode conhecer o espaço de exposições, biblioteca, cineteatro e demais curiosidades da região.

Outra casa com atividades na semana é o Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Duas exposições estão na programação: “A arte que vem do barro – modos de fazer cerâmica artesanal no Maranhão” e “Azulejaria no Acervo do Museu Histórico e Artístico”, de 14 a 19 de maio.

Veja a programação de todos os museus no instagram @museusma, da Rede de Educadores de Museus do Maranhão. E para ficar por dentro das atividades dos museus da Secma, basta acessar o site www.cultura.ma.gov.br e no www.instagram.com/museusma.

Fonte: MA.gov 

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