Andando pelos arraiais de São Luís é comum encontrar sotaques diferentes do que temos. Um “R” mais puxado daqui, um chiado acolá e é possível perceber que várias pessoas de outros estados e até países nos visitam nesses dias de São João. Como diz o grupo de bumba meu boi Unidos Venceremos: “turista vem de longe para ver essa beleza que tem na ilha do amor”.

O São João é considerado por muitos a principal festa do Maranhão e mesmo sendo realizado em outros estados do nordeste, somente aqui são achadas manifestações culturais como o bumba meu boi, cacuriá e tambor de crioula, nossos grandes patrimônios imateriais que atraem os moradores da terra e os de fora.

Não por acaso essa época do ano em especial atrai turistas de todos os lugares, muitos dos quais vêm exclusivamente para desfrutar da riqueza e diversidade do período junino do Maranhão. É uma legião de “yo no soy daqui” cativada com as experiências vividas aqui nesse período.

É o caso das amigas Sylvia Takahashi e Lúcia Teixeira. Sylvia vem pelo quarto ano consecutivo para o São João maranhense e depois trouxe consigo Lúcia, que está pela segunda vez na festa. Este ano elas vieram acompanhadas de mais uma amiga e brincam que em breve será uma excursão vinda de São Paulo para cá.

“Estou achando o São João maravilhoso e voltarei o ano que vem especificamente para isso. E assim, é um banho cultural, é uma imersão e é uma coisa diferente dos outros lugares. Vocês têm identidade própria, isso é muito bom, muito legal”, exclamou Lúcia.

“Eu sou suspeita, é o quarto ano que eu venho para o São João, acho que a estrutura que é dada ao turista aqui é muito boa, é tudo muito organizado, seguro e é um local pra se passar com a família. Há uma diversidade de cultura, as pessoas são muito hospitaleiras, tem forró e além de tudo tem o reggae. Espero que isso se perpetue porque faz parte da cultura brasileira”, afirmou Sylvia.

Com a aprovação dos turistas o São João do Maranhão tem chegado cada vez mais longe e a nossa cultura é espalhada para além das fronteiras do estado.

Fonte: Sectur