quarta-feira, 17 de julho de 2019
Em matéria publicada pelo site El País Brasil, redigida pelo jornalista Breiller Pires, os estados do Maranhão e Alagoas são elogiados pelas suas atuais políticas de incentivo à leitura e investimentos em construções e reformas de bibliotecas públicas. Segundo o texto, a realização destas ações é viável, principalmente, por uma postura responsável das gestões com o orçamento dos estados. Enquanto algumas cidades se endividaram para atender às faraônicas exigências da FIFA com o intuito de sediar o evento, as capitais São Luís e Maceió desistiram da disputa e direcionaram seus investimentos à educação, driblando a crise econômica.
A publicação ressalta ainda que, a partir de 2016, o governo revitalizou a rede estadual de bibliotecas Faróis do Saber. O projeto consiste em realizar melhorias na estrutura física, climatização, acessibilidade, ampliação de acervo, contratação de bibliotecários e ações de incentivo à comunidade para garantir o funcionamento dos espaços.
Em parcerias entre Estado e municípios, do fim de 2017 até agora, foram inauguradas ou reabertas 45 bibliotecas públicas, sendo que cinco delas em São Luís (outras três devem começar a funcionar até o fim do ano). A capital espera completar a primeira dezena de bibliotecas públicas ativas até o início de 2020, contando com um Farol do Saber que será inaugurado dentro da penitenciária de Pedrinhas. A Secretaria Estadual de Cultura (Secma) e a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) são responsáveis pelas coordenação desses espaços.
Os Faróis do Saber integram o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Maranhão, sancionado pela Lei nº 10.613, de 05 de julho de 2017. Além das 118 unidades dos Faróis, fazem parte do Sistema Estadual todas as bibliotecas municipais, que hoje estão em 158 municípios, além das bibliotecas comunitárias.
Tradição
O El País comenta que, apesar de décadas do descaso, o estímulo à leitura no estado vem de longa data. Fechada entre 2009 e 2013 por risco de desabamento, a Biblioteca Pública Benedito Leite é a segunda mais antiga do Brasil (fundada em 1829). Foram aplicados 7 milhões de reais na reforma de seu prédio colonial neoclássico, além da renovação do acervo que, hoje, tem aproximadamente 140.000 obras.
Além das iniciativas estaduais, a prefeitura de São Luís tem investido em unidades móveis, renovado o acervo de novas escolas municipais com 3.000 livros (alguns digitais), ofertado cursos de literatura infantil para professores e fomentado obras de escritores locais em parceria com a Academia Maranhense de Letras.
Compromisso com a democratização da leitura
Segundo o último Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), o Maranhão é o estado que mais construiu bibliotecas escolares nos últimos dois anos. Logo no primeiro ano de gestão, o governador Flávio Dino lançou o programa Escola Digna, que garante reformas e construções de instituições de ensino com a inclusão de, pelo menos, uma biblioteca.
Outras ações estão em andamento, como um edital para contratação de 94 bibliotecários, aquisição de acervo e equipamentos e ações de incentivo à leitura para comunidade para facilitar o acesso à educação e cultura.
Fonte: Sectur
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