domingo, 11 de agosto de 2019

Anderson Flávio Lindoso Santana
Secretário de Estado da Cultura

Hoje inicio uma série de artigos sobre os equipamentos culturais do estado. E começo num momento de comemoração ao ver que nestas férias de julho de 2019, museus e casas de cultura tiveram visitação recorde, com a presença de mais de 80 mil pessoas.

O crescimento mostra a importância dessas instituições como centros de conhecimento e legados da nossa história. E todos os dias aumenta o desafio de preservar, manter e revitalizar esses espaços.

Vou começar tratando de dois importantes equipamentos: o Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho e o Teatro Arthur Azevedo.

É comum se ouvir dizer que o centro histórico de São Luís é um museu a céu aberto. E é verdade. Com seus casarões centenários, praças e monumentos, a região é um convite para conhecermos melhor nossa história e nosso passado. Mas as atrações de bairros como a Praia Grande, para citar um exemplo, vão muito além, com museus, casas de cultura, teatros, que tornam uma visita a esses locais ainda mais divertida e instrutiva.

Um ótimo exemplo é o Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho. A exposição permanente atrai visitantes de vários estados e países, curiosos pela diversidade de expressões artísticas representada no seu acervo por indumentárias, instrumentos e símbolos da nossa rica cultura popular. Nestas férias de julho o número de turistas que visitaram a Casa da FÉsta (nome dado à exposição permanente) correspondeu a 70% do total. Temáticas relacionadas ao Bumba meu boi, Festa do Divino, Tambor de Crioula e outros ritos populares chamam a atenção por suas peculiaridades e tradição.

Todos os anos o museu realiza a Semana de Cultura Popular, uma forma de manter vivo esse espaço e difundir as manifestações culturais. Aguardem que este ano a programação traz novidades e deve acontecer ainda em agosto, próximo ao Dia do Folclore.

Sobre o Teatro Arthur Azevedo sei que há muito o que dizer. Quem nunca se encantou com o famoso lustre e o mistério que ronda a sua origem, com a imposição da Igreja à época de sua construção, o que fez com que a fachada do teatro fosse voltada para a Rua do Sol e não para a Rua da Paz, ou ainda com a curiosidade sobre nascimento da atriz maranhense Apolônia Pinto em 1854 nos bastidores do teatro? Muitas histórias, espetáculos e pessoas podem dizer o que o Teatro Arthur Azevedo significa para suas vidas. Entretanto, vou destacar um dos projetos que considero fundamental para a formação da nova geração: o Núcleo de Arte e Educação (NAE), realizado em parceria com as secretarias de Cultura e de Educação. Muitos jovens estudantes da rede pública têm se beneficiado com o acesso gratuito às aulas de dança, piano, teatro realizada nas dependências do teatro. E a cada ano esse diálogo da arte com a educação favorece ainda mais a formação integral, a construção da cidadania e o desenvolvimento cultural dos alunos.

Por último, parabenizo os profissionais que ao longo dos anos se ocupam de preservar esses patrimônios culturais. São fonte de inspiração e troca de experiências que precisam ser constantemente valorizadas. E este trabalho de valorização dá-se pelo esforço contínuo em espalhar conhecimento aos maranhenses e turistas, atribuir novamente o sentimento de pertencimento da nossa cultura ao nosso povo e deixar, cada vez mais democrático, o acesso à cultura no Maranhão.

Fonte: Sectur 

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