Um espaço destinado ao incentivo de empreendimentos tecnológicos, que conecta empreendedores, empresas inovadoras e fortalece a economia criativa local. Esse é o Casarão Tech Renato Archer, primeiro hub tecnológico do Maranhão, que agora completa dois anos de funcionamento.

Localizado na Rua da Estrela, no coração do Centro Histórico de São Luís, o prédio que une o antigo ao ultramoderno é o primeiro espaço público de inovação do Maranhão. 

Para o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Davi Telles, o Casarão que leva o nome do maranhense que foi o primeiro Ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil, “é algo único no país”. 

“É um espaço de sonhos, espaço de testes, espaço de construção de protótipos, de construção de soluções e de construção de resultados, por meio das grandes mentes criativas e criadoras do Maranhão”, ressalta Davi Telles. 

Com infraestrutura de ponta, o Casarão Tech tem laboratório maker e kids, espaço de coworking, auditório, cozinha compartilhada, internet banda larga, sala de reunião, sala para incubação de empresas e sala de treinamentos.

Em dois anos de funcionamento, o espaço soma números expressivos que revolucionaram o ecossistema da inovação no estado. Só no ano passado, o hub sediou 87 eventos, 231 reuniões, 80 visitas técnicas, mais de 1500 check-ins no espaço de trabalho coworking aberto, além das 12 mil visitas e a ocupação das salas de cowoking de residentes por 33 startups, sendo 24 delas do ciclo 2019/2020 do Programa Inova Maranhão.  

“Esse equipamento é o vértice do polo digital que estamos implantando no Centro histórico de São Luís”, disse o governador Flávio Dino ao comemorar os dois anos do Casarão Tech.

Do papel para a prática

É na sala de residentes do Casarão Tech Renato Archer que a startup Ziga – voltada para a divulgação de bares, casas de shows e promoções em festas – estrutura as bases para a construção do aplicativo do projeto. 

De acordo com o diretor de planejamento da Ziga, William Garçês, o hub foi essencial para que o projeto da Ziga saísse do papel. “O Casarão Tech foi fundamental. Nós já tínhamos a ideia, mas não sabíamos como executar”, conta. 

Idealizada por um grupo de amigos, a Ziga foi uma das contempladas no edital 2019/2020. A startup saiu da fase da idealização e, com orientações da mentoria do Casarão Tech, o projeto entrou na fase de validação. 

“Já estamos com nosso aplicativo em desenvolvimento, esperamos migrar o público da rede social para o app e expandir o negócio”, avalia o CEO da Ziga, Rafael Santos. 

Outro projeto que começa a ganhar forma nas dependências do Casarão Tech é a Sid Care, startup inovadora que promete conectar médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e cuidadores a pessoas idosas.

A Sid Care é uma Market Place. Ou seja, uma plataforma mediada por uma empresa em que vários fornecedores se inscrevem e vendem seus produtos. “A ideia é levar esses profissionais para quem tá precisando desses tipos de atendimentos clínicos”, explica a CEO da startup, Ruthy Vieira.  

Para Ruthy, o Casarão Tech é “um equipamento que acolhe” e oferta espaço para o desenvolvimento de projetos. “Com o Casarão a gente conseguiu tirar uma ideia que estava apenas no papel e por em prática”, pontua Ruthy. 

A Sid Care começou no passado como ideação e iniciou 2020 prestes a ganhar sua versão MVP, sigla para a expressão em inglês “Minimum Viable Product”, ou Produto Mínimo Viável – protótipo simplificado de um produto final de uma startup.    

“Hoje nós temos uma metodologia própria de incubação e aceleração. Nenhum outro estado do Brasil possuiu isso. Uma metodologia bem feita, com início, meio e fim, aferição de resultados e métricas. Um Casarão com essa infraestrutura, fomento e um método com aceleradores e incubadores próprios. Só o Maranhão tem isso”, afirma o secretário Davi Telles.

Informação: MA.gov