terça-feira, 10 de março de 2020
Aproximadamente 4 em cada 10 cavernas conhecidas estão em unidades de conservação


O Brasil tem mais de vinte mil cavernas conhecidas. É o que aponta o Anuário Estatístico do Patrimônio Espeleológico de 2019. O estudo é realizado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav) com base nos dados do Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (Canie), também de responsabilidade do Cecav. A caverna de número 20 mil é a Gruta do Catimbau, no Parque Nacional (Parna) do Catimbau, em Pernambuco, o que eleva o destaque internacional do país no cenário mundial.

Das cavernas registradas, aproximadamente 41% estão em unidades de conservação. Deste número, 4.183 (59%) estão em Unidades de Conservação Federais. Conforme explica o coordenador do Cecav, Jocy Cruz, como a maioria das cavernas são registradas de estudos oriundos de licenciamento ambiental, é esperado que um grande número delas tenham sobreposição com empreendimentos efetivamente ou potencialmente impactantes ao patrimônio espeleológico.


Desde 2006, o Cecav disponibiliza dados sistematizados das cavernas brasileiras. Inicialmente por meio da Base de Dados Geoespacializados das Cavernas do Brasil que, em sua primeira edição, contava com 4.448 cavernas cadastradas. Em 2012, a décima milésima caverna era inserida na Base de Dados. Contudo, com a intensificação das pesquisas e as mudanças na legislação que trata do tema, esse número aumentou em mais 350%, ultrapassando em 2019 a marca de 20.000 cavernas conhecidas no território nacional. Isso representa uma média superior a 1.300 novas cavernas por ano inseridas no Cadastro na última década.

As informações que constam no Canie estão sistematizadas na segunda edição do Anuário Estatístico do Patrimônio Espeleológico Brasileiro publicada pelo Cecav. O Anuário traz dados estatísticos das 20.147 cavernas conhecidas no Brasil, disponibilizados no Canie até dezembro de 2019, após o cruzamento com diversos temas advindos de distintas bases de dados do Governo Federal. Entre eles: bacias hidrográficas, biomas, solos, geologia, unidades de conservação e diversas tipologias de empreendimentos.

Segundo Cruz, o Anuário facilita a visualização da forma como está distribuído o patrimônio espeleológico no Brasil, contribuindo para a formulação de políticas públicas visando o ordenamento das áreas onde ele ocorre.

Informação: ICMBio 

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