quinta-feira, 26 de março de 2020
Com a suspensão das atividades, setor de comércio e serviços pede medidas para evitar colapso e demissões

A Associação Comercial do Maranhão (ACM) , a Associação dos Jovens Empresários do Maranhão (AJE-MA), a Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL) e a Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Maranhão (Fecomércio) protocolaram na última terça-feira (24), um documento ao governador do Maranhão, Flávio Dino, com várias propostas dos segmentos de comércio e serviços, visando minimizar os impactos da epidemia do coronavírus na economia local, em especial nas micro e pequenas empresas locais.

No documento as entidades reafirmam o apoio à suspensão temporária das atividades ao comércio, como ação para conter a Covid-19, mas ressaltam que é indispensável a adoção de medidas de auxílio emergencial às empresas, por parte do governo estadual.

O presidente da CDL São Luís, Fábio Ribeiro, diz que as perdas decorrentes da suspensão da atividade comercial são incalculáveis. “A prioridade nesse momento é a saúde das pessoas, mas também precisamos manter vivas as empresas, e isso só vai acontecer se tivermos o suporte do governo, com medidas que atenuem as perdas e possibilitem a manutenção dos empregos”, afirma.

Entre as propostas das entidades estão a ampliação do prazo de pagamento dos tributos estaduais, renegociação de débitos fiscais, redução de tributos incidentes sobre concessões de serviços essenciais, como energia elétrica, constituição de um fundo emergencial que possa ser utilizado pelas micro e pequenas empresas para pagamento de alugueis, e antecipação do pagamento do décimo terceiro salário dos servidores estaduais aposentados, após a retomada do funcionamento do comércio, entre outras medidas.

Cristiano Fernandes, presidente da Associação Comercial do Maranhão, ressalta a importância do atendimento às reivindicações dos segmentos empresariais. “Foi necessário fechar, e ainda nem temos perspectiva de quando as atividades serão retomadas; por isso, é importante se antecipar a um cenário de recessão econômica que certamente virá. O governo federal anunciou medidas e esperamos concessões também do governo estadual, com benefícios que amenizem os impactos dessa crise”, avalia.

As entidades manifestaram abertura ao diálogo na busca de soluções conjuntas e aguardam resposta, por parte do governo.

A Fecomércio tem orientado os empresários sobre medidas trabalhistas que reduzam o impacto imediato. "Estamos preocupados com o atual cenário, e continuamos tentando manter um diálogo com o Governo do Estado para flexibilizar outras alternativas que deem garantias para a sobrevivência das empresas do comércio local", afirma Antonio de Sousa Freitas, presidente em exercício da entidade.

Para o presidente da AJE-MA, Fábio Henrique de Souza, a superação da crise depende de esforço coletivo. “Todos os segmentos têm que cumprir sua responsabilidade nesse novo cenário, e o caminho é o diálogo para que possamos construir alternativas e sair mais fortes da crise”, diz.

Informação: InterMídia Comunicação 

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