segunda-feira, 13 de abril de 2020

1 DISPOSIÇÕES GERAIS

O novo coronavírus é um agente relacionado a infecções respiratórias, que pode se apresentar com sintomas semelhante às demais síndromes gripais. Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) resumiu relatos e forneceu uma visão de evidências sobre a transmissão do vírus COVID-19. As experiências e o conhecimento científico mostram que, a transmissão ocorre, por exemplo, com a entrada no trato respiratório, que pode acontecer no contato direto com secreções da pessoa infectada, pela tosse ou espirro, ou de forma indireta, com o contato com materiais e superfícies potencialmente contaminados.

A prevenção se torna essencial a fim de minimizar a exposição a patógenos, com o aumento dos casos confirmados de infecção do novo coronavírus (COVID-19), a população em geral passou a utilizar materiais cirúrgicos descartáveis, como luvas e máscaras, além produzir máscaras caseiras. A Nota Informativa n° 3/2020-CGGAP/DESF/SAPS/MS, apresenta instruções para que a população produza as suas próprias máscaras caseiras.

No dia 06 de abril de 2020, a OMS apresentou um documento com as orientações provisórias no contexto do COVID-19, acerca do uso das máscaras em comunidades, durante os cuidados em casa, e em ambiente de cuidados de saúde em áreas com relato de casos de COVID-19. Segundo o estudo, informações atuais mostram que as duas principais vias de transmissão do vírus são as gotículas respiratórias e o contato.

De todo modo, torna-se necessário enfatizar que as máscaras podem criar uma sensação falsa de segurança, uma vez que em alguns casos são negligenciadas as medidas essenciais de higiene, uso e descarte, contribuindo para contínua manifestação do vírus e prejudicando claramente o controle dos individuas infectados e a prevenção das pessoas saudáveis. Diante disso, esse documento tem o objetivo de orientar à população para o uso de máscaras de prevenção e controle de infecção pelo novo coronavírus e apresentar recomendações quanto ao descarte adequado do material após a utilização.

2 ORIENTAÇÕES

Independentemente do tipo de máscara o uso e descarte são essenciais para garantir a eficácia no controle e evitar o aumento da transmissão. Segundo a orientação provisória da OMS, os cuidados a seguir listados, são oriundos de práticas em ambientes de cuidados de saúde, sendo eles:

* Colocar a máscara com cuidado, para que que cubra a boca e o nariz, e amarrá-lo com segurança para minimizar eventuais lacunas entre o rosto e a máscara;
* Evitar tocar a máscara enquanto a usa;
* Retirar a máscara usando a técnica apropriada: não toque na frente da máscara, mas desatar por trás;
* Após a remoção ou sempre que uma máscara usada é tocada, as mãos devem ser limpas, utilizando um gel à base de álcool ou água e sabão;
* Substituir as máscaras assim que eles se tornam úmidas por uma nova máscara limpo e seco;
* Não reutilizar as máscaras de uso único;
* Descartar máscaras de uso único após cada utilização e eliminá-los imediatamente após a remoção.

Por se tratar de um material infectado, as máscaras usadas devem ser manejadas adequadamente, o descarte correto é fundamental para evitar o risco de contaminação. Esse material é classificado, assim como todos os resíduos provenientes da assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo COVID-19, na Categoria A1, conforme Resolução RDC/Anvisa n°222, de 28 de março de 2018. E, por tanto, necessitam do descarte correto para que não cause riscos à saúde pública.

Tendo em vista a sobrecarga no que tange o sistema de saúde e que na conjuntura do COVID-19, torna-se necessário o cuidado com demais aspectos envolvidos, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), de acordo com orientações da OMS; Material elaborado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária: “Orientações Gerais – Máscaras faciais de uso não profissional”; e com a experiência de outros estados que adotaram medidas semelhantes, em casos de pessoas com suspeita ou já diagnosticadas, que estejam em recuperação domiciliar, recomenda-se separar a lixeira, de modo que seja exclusivo no cômodo da casa onde o paciente se encontre, utilizando sacos e lixeiras resistentes e não acumular o lixo em casa por mais de dois dias.

Após o uso das máscaras, quando se fizer necessário o descarte, deve-se proceder da seguinte forma:

* Remover a máscara, manuseando inicialmente o elástico ao redor das orelhas para que não haja contato com parte frontal;
* Fazer imersão da máscara em recipiente com água fervente e água sanitária (2,0 a 2,5%) por trinta minutos. A proporção de diluição a ser utilizada é de 1 parte de água sanitária para 50 partes de água (exemplo: 10 ml de água sanitária para 500 ml de água potável);
* Após imersão esse material deve ser imediatamente posto em um saco de papel ou plástico e fechado para ser descartado no lixo comum, separada dos recicláveis e entregue à empresa que faz os serviços de coleta e manejo dos resíduos sólidos urbanos para que seja dada a destinação adequada;
* Após o manejo da máscara, a pessoa deve higienizar as mãos com água e sabão e gel à base de álcool.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Enfatiza-se que as medidas expostas quanto ao descarte das máscaras utilizadas durante o período da pandemia, estão baseadas no conhecimento atual sobre os casos de infecção do novo coronavírus e devem ser monitoradas, uma vez que as informações sobre o avanço do COVID-19 são dinâmicas. A Iniciativa se propõe a apresentar formas de descarte para que as máscaras não sejam acumuladas em casas e descartadas no meio ambiente (ruas, calçadas, terrenos baldios etc).

A SEMA, assim como as demais organizações envolvidas no contexto, continuam acompanhando e avaliando quaisquer alterações que possam atualizar as orientações atuais.

Informação: Sema.MA 

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