quinta-feira, 16 de abril de 2020
Documento traz linhas de crédito disponibilizadas por cinco bancos e dá orientações. Pesquisa mostra que 60% dos pequenos negócios que buscaram empréstimo tiveram crédito negado. A pesquisa também revela que a maioria dos empresários ainda não conhecem as linhas de crédito disponibilizadas para enfrentamento da crise


O Sebrae no Maranhão lançou um e-book para orientar os empresários de micro e pequenas empresas maranhenses que buscam soluções de crédito para enfrentar a crise provocada pelo Coronavírus. Trata-se do e-book “Soluções de crédito para enfrentar a crise”, que está disponível na internet. 

Com 26 páginas, o e-book traz o que os bancos públicos e privados que atuam no estado estão oferecendo em produtos financeiros em apoio às empresas em face a pandemia. No documento estão 22 opções de linha de credito oferecidas por cinco instituições: Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, Santander e Ceape.

“Fizemos este documento para ajudar o empreendedor a encontrar a linha de crédito que melhor se adaptam ao seu negócio. Reunimos informações orientações úteis sobre cada linha de crédito oferecido pelas instituições financeiras que atuam em parceria com o Sebrae”, comentou a gerente de gestão de Soluções Empresarias do Sebrae no Maranhão, Keyla Pontes.

O e-book pode ser baixado gratuitamente no endereço https://bit.ly/solucoes_credito. “Se mesmo assim, o empreendedor ainda tiver dúvidas e quiser uma consultoria, o Sebrae disponibiliza 46 salas de atendimento virtual para realização de consultoria em cinco temos. Finanças é exatamente um desses temas”, completou Keyla Pontes.

O empreendedor que estiver interessado em receber a consultoria pode acessar esta ferramenta e marcar uma consultoria virtual pelo telefone 0800 570 0800 ou pelo whatsapp  (98) 999912335.

PEDIDOS

Pesquisa realizada pelo Sebrae mostrou que  a maioria (60%) dos donos pequenos negócios que já buscou crédito no sistema financeiro desde o início da crise do Coronavírus teve o pedido negado. E ainda há bastante desconhecimento dos empresários a respeito das linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para evitar demissões (29% não conhecem as medidas oficiais e 57% apenas ouviu falar a respeito). Esses dados foram revelados pela segunda pesquisa “O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae entre os dias 3 e 7 de abril.

O levantamento, que ouviu 6.080 empreendedores de todo o país, mostrou que além da dificuldade de acesso a crédito, os pequenos negócios também enfrentam queda no faturamento. Quase 88% dos empresários ouvidos viram seu faturamento cair (a perda foi de 75% em média) e a estimativa é que as empresas consigam permanecer fechadas e ainda assim ter dinheiro para pagar as contas por mais 23 dias (expectativa média dos entrevistados). De acordo com a pesquisa do Sebrae, a situação financeira das empresas já não era considerada boa pela maioria dos pequenos negócios (73% disseram que era razoável ou ruim), mesmo antes da chegada da pandemia.

O estudo mostrou também que mais de 62% dos negócios interromperam temporariamente as atividades ou fecharam as portas definitivamente. Entre os 38% que continuam abertos, a maioria mudou o seu funcionamento, passando a fazer apenas entregas, atuando exclusivamente no ambiente virtual ou adotando horário reduzido. Segundo a pesquisa, nos últimos 15 dias, cerca de 18% dos empresários entrevistados demitiram funcionários.

GARANTIA

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o levantamento confirma a importância das medidas que vêm sendo anunciadas pelo governo nos últimos dias, em especial a alavancagem que a instituição está fazendo no Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Nos próximos três meses, o Sebrae vai destinar pelo menos 50% da sua arrecadação, para ampliar o crédito aos pequenos negócios. A operação de socorro deve começar com R$ 1 bilhão em garantias, o que viabilizará a alavancagem de aproximadamente R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios.

“Um dos maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios ao crédito é a exigência de garantias feita pelas instituições financeiras. Nesse sentido, o Fampe funciona como um salvo-conduto, que vai permitir aos pequenos negócios, incluindo até o microempreendedor individual, obterem os recursos para capital de giro, tão necessários para atravessarem a crise provocada pela pandemia do Coronavírus, mantendo os negócios e os empregos”, explicou Carlos Melles.

Informação: Sebrae 

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