quinta-feira, 28 de maio de 2020
Negócios familiares retomaram atividades segunda-feira, 25 de maio. Sebrae direciona ações para orientar pequenos negócios nesta fase de retomada, enfatizando segurança sanitária

São Luís – Orientar os pequenos negócios familiares na retomada de suas atividades autorizada por decreto estadual em vigor desde a última segunda-feira (25) está entre as prioridades do Sebrae no Maranhão neste momento.

A instituição, que já vem prestando todo o suporte necessário para que os pequenos negócios se mantenham em atividade desde o início da pandemia, vai concentrar esforços no atendimento desse primeiro grupo de atividades, cuja reabertura iniciou-se nesta segunda-feira. 

O foco serão as orientações para cumprimento dos protocolos de segurança sanitária, de modo que as empresas possam cumprir as determinações legais e evitar problemas com fiscalização e medidas punitivas por não cumprimento das regras estabelecidas pelo decreto estadual n° 35.831/2020, editado em 20 de maio último, que permitiu ao Maranhão começar a vivenciar uma nova etapa no controle da pandemia de corona vírus. 

O decreto autorizou a reabertura, em todo o estado, de negócios familiares: estabelecimentos comerciais e de serviços de pequeno porte, onde somente atuavam antes da pandemia e continuam em atividades o proprietário e seu grupo familiar (cônjuge, companheiro, pais, irmãos, filhos ou enteados).

Boa parte destes negócios encontrava-se com as atividades suspensas desde meados de março, quando foram decretadas as primeiras medidas restritivas ao funcionamento das atividades empresariais não essenciais.

Dados do Sebrae, de 2017, revelam que, em média, 52% do total de micro e pequenas empresas do País são negócios familiares. No Maranhão, esse número é de 41%, entendendo-se por empresas familiares aquelas com sócios ou empregados pertencentes a um núcleo familiar.  


“São empresas de base familiar, pequenos negócios dos quais inúmeras famílias tiram o sustento em todo o Maranhão; comércios de bairro, pequenos prestadores de serviço em que trabalham pessoas de uma mesma família. A maioria deles são MEI e microempresas ou às vezes negócios informais que movimentam a economia das cidades e que vão poder contar com as orientações do Sebrae para retomem suas atividades com segurança, observando protocolos sanitários e determinações específicas de seus segmentos, de forma segura e responsável”, comenta o superintendente do Sebrae no Maranhão, Albertino leal de Barros Filho.

“Em face disso, o Sebrae como já vem fazendo durante a pandemia, está atuando firme para orientar as empresas no sentido de respeito às normas sanitárias, oferecendo aos pequenos negócios o suporte necessário neste momento. Nossa estrutura está voltada para esse desafio. Naturalmente que dúvidas deverão surgir e, para isso, nossas equipes técnicas estarão a postos para ajudar o empresário no que for necessário, de modo que a retomada seja segura e sustentável”, acrescenta, Albertino Leal.

Para acessar o atendimento do Sebrae, as empresas podem entrar em contato pela Central de Atendimento 0800 570 0800 , pelo Portal do Sebrae (sebrae.com.br), no Serviço "Fale com o Especialista”, disponível  no Portal. Se preferir, o empresário de micro e pequenas empresas ainda pode acessar o Sebrae pelo WhatsApp 98 9991-2335. 

Orientação é uma necessidade neste momento

Vale destacar que o decreto estadual n° 35.831/2020 reitera o estado de calamidade pública em todo o Maranhão para fins de prevenção e enfrentamento à Covid-19, fixando também medidas sanitárias gerais e segmentadas como condições básicas para a retomada das atividades empresariais. 

O cumprimento dessas medidas está entre os desafios das empresas neste momento. Entre estas, está a Praianas Chinelaria e Moda Praia, instalada no centro do município de São José de Ribamar. Formada pela empresária Thatianny Soares e Silva e uma sobrinha, a empresa voltou a funcionar nesta segunda-feira (25), depois de uma parada em que buscou atualizar-se em vendas online e em soluções para enfrentamento de crise valendo-se da Internet e de oportunidades de capacitação on line.


A empresária conta que por hora está buscando adaptar-se às regras para garantir segurança ao cliente e ao núcleo familiar. Mas destaca que orientação ao empresário neste momento pode fazer a diferença. “Estamos usando máscaras e disponibilizamos álcool em gel e local para higienização das mãos, além de orientar as pessoas na entrada da loja para evitar aglomerações, trabalhando com o máximo de cuidado e atenção”, explica.

Ela observa que resolveu reforçar o controle do fluxo de clientes para não correr riscos. “Colocamos uma grade para controlar a entrada de pessoas na loja e por hora, não estamos com as portas totalmente abertas e nem estamos permitindo que o cliente experimente roupas. Como não temos movimento de filas, nossa preocupação é garantir a segurança dos nossos clientes e a nossa, orientando todos para a necessidade de atenção máxima nesse momento”, complementa a empresária.

Protocolos 


O negócios familiares autorizados a funcionar devem atender a protocolos sanitários gerais obrigatórios, como por exemplo, o uso de máscaras, meios para higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel) e distanciamento social (pelo menos dois metros entre clientes e funcionários e entre clientes, em casos de fila). E devem cuidar para que todas as restrições consideradas necessárias para evitar maior disseminação do coronavírus sejam repassadas aos clientes. 

A expectativa de aumento no fluxo de consumidores e a necessidade de reforço nos cuidados para com os clientes e colaboradores estão entre as preocupações de Camila Gonzalez que, junto com o marido, toca a Levain São Luís, no bairro do Renascença. 

Desde o início das medidas de isolamento, por ser considerado essencial, o negócio não parou. Mas mudou a forma de atuar, passando a privilegiar o delivery e o acesso take out (compre e retire no balcão). Agora, com a permissão para funcionamento ela concentra as medidas para evitar aglomerações e informar os clientes sobre o funcionamento da empresa e medidas de prevenção. E destaca: cada um precisa fazer a sua parte.

“Continuaremos a atuar dentro de critérios de segurança como já vínhamos fazendo com o nosso delivery e agora focando também o serviço take out, orientando os consumidores, tudo com a máxima segurança. Além disso, sempre procuramos conscientizar os clientes para a necessidade de proteção e para cada um faça a sua parte nesse esforço para contenção do corona vírus”, assinalou a empresária. “Estamos fazendo o máximo para cumprir com as determinações legais. Mas é preciso que todos deem a sua colaboração, para que logo possamos superar estes momentos difíceis para todos. Orientar as empresas neste momento vai ajudar muito, sendo um diferencial”, conclui Camila Gonzalez.  

Outras atividades e fiscalização

As atividades essenciais já autorizadas a funcionar no Maranhão por meio de decretos anteriores, continuam liberadas, mas com obrigatoriedade de respeito aos protocolos sanitários. Entre essas estão, supermercados, farmácias, delivery de alimentos, lojas de material de construção e de tecidos, serviços hospitalares, clínicas e laboratórios e serviços considerados essenciais à população, entre outros. Para as demais atividades não contempladas no decreto, o funcionamento deve ser retomado de forma gradual e lenta, a partir de 1º de julho, ficando pendente a lista de tais atividades e os protocolos específicos de saúde para cada segmento.

Informação: Sebrae/MA 

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