quinta-feira, 25 de junho de 2020
Reunião aconteceu online e reuniu empresários e entidades como Sagrima e Sebrae


SÃO LUÍS – Aconteceu na  terça-feira (23/06), por videoconferência, a segunda reunião do Conselho Temático de Micro e Pequenas Empresas da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, presidido pelo diretor da FIEMA, Celso Gonçalo.

A reunião teve o objetivo de conhecer as ações da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca do Maranhão (Sagrima) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) voltadas ao produtor rural, de todos os portes, nesse cenário de pandemia.

Para apresentar as ações da Sagrima, o conselho ouviu o novo secretário da pasta, Sérgio Delmiro que destacou sobre a importância da integração interinstitucional para promoção do desenvolvimento da cadeia produtiva por meio de ações conjuntas entre os Municípios, o Estado e as Instituições e do uso da tecnologia para isso.

“Criamos a Central Virtual de Abastecimento, que vem apoiar o produtor maranhense em uma de suas principais dificuldades: a comercialização. De uma forma simples, prática e rápida o produtor maranhense coloca seus produtos à venda e aparece para os comerciantes locais”, ressalta Delmiro.

Segundo o secretário a plataforma é fácil de usar. O  produtor faz o cadastro na Central Virtual de Abastecimento, no site da entidade, preenche os seus dados como: nome, telefone, município e produtos oferecidos  e a  partir desse momento, os compradores, de qualquer parte do País, mas principalmente os da região, poderão conhecer sua produção e entrar em contato pela central virtual.

“Não é de hoje que o agronegócio do Maranhão e do Brasil mostra sua importância e sua resiliência frente as dificuldades, horas ao mercado, horas ao clima, e mesmo quando surpreendido com uma crise mundial devido ao coronavírus consegue manter o equilíbrio e continuar em frente”, destacou o secretário.

O presidente do Conselho Temático de Micro e Pequenas Empresas da FIEMA, Celso Gonçalo enfatizou a importância desse dialogo.

“Esperamos conversar mais e discutir os problemas por qual passam os produtores rurais. O Sebrae está com muitas ações que os empresários as vezes não sabem sobre a inteligência de mercado, e que podem ajudar o pequeno produtor. A FIEMA tem o Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) que tem informações sobre as linhas de crédito oferecidas pelos bancos e uma campanha de compra de produtos locais! Nosso encontro aqui cumpre esse objetivo”, enfatizou o presidente Gonçalo.

O vice-presidente da FIEMA, Benedito Mendes agradeceu a parceria da FIEMA com a Sagrima e ressaltou que o Maranhão tem muito a crescer com a inovação no agronegócio e na agricultura familiar. “Acredito que com essa ação, o estado vai crescer inclusive nesse momento de pandemia”. 

O presidente do Sindiarrroz/MA, Jeremias Oliveira Gaspar ressaltou que já houve uma evolução muito significativa na cadeia do arroz. “Hoje com a pandemia, o agronegócio está sendo uma solução. Temos que caminhar em duas frentes: primeiro valorizar a agricultura na sua essência,  e segundo mudar a imagem com que as instituições e governo tem de que o agricultor é um poluidor, na verdade ele é amigo de quem preserva, porque se não preservar ele não terá como plantar!”, ressaltou.

Sobre o arroz o secretário da Sagrima enfatizou que ele é considerado a terceira cultura em área plantada no Estado, e tem demostrado uma recuperação em relação a última safra, com um aumento de 6,4% na sua área total e 16,5% a mais na produção total, podendo atingir a marca de 151,8 mil toneladas colhidos nessa safra, mesmo com uma redução expressiva na área irrigada, apontado no  relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).

FAMPE - Logo em seguida aconteceu a apresentação da analista técnica do Sebrae-MA, Milena Cabral que apresentou uma saída para um dos principais obstáculos no acesso ao crédito por parte dos pequenos negócios, que é a exigência de garantia pelas instituições de crédito.

A analista do Sebrae apresentou aos empresários como eles podem obter recursos do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe), possibilitando elevar as operações de microcrédito com taxas mais baixas, maior prazo e melhor período de carência para micro e pequenas empresas e empreendedores individuais.

Estimativas apontam que a iniciativa de socorro às empresas deve começar com R$ 1 bilhão em garantias, o que permitirá a concessão de aproximadamente R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios. A ação foi anunciada em março, por meio da Medida Provisória 932, publicada pelo Governo Federal.

“Com essa iniciativa, o Sebrae age, buscando eliminar o principal gargalo no acesso dos pequenos negócios ao crédito, que são as garantias exigidas pelas instituições financeiras. E, por outro lado, trabalha para elevar a oferta de crédito e facilitar o socorro aos pequenos negócios, evitando que eles, que são a principal força da economia nacional, economia nacional tenham melhores condições de sobrevivência e manutenção da ocupação e emprego, bem como de preparação para a retomada da economia pós COVID-19.”, comentou Milena Cabral.

COMO VAI FUNCIONAR - O Fampe viabilizará a garantia necessária às micro e pequenas empresas e MEI’s interessados nos recursos, de modo que possam atender às exigências das instituições financeiras no que se refere às garantias para cobertura da tomada de crédito. Hoje, o Fampe conta com aproximadamente R$ 470 milhões em recursos disponíveis e, a partir da MP, passou a contar com R$ 500 milhões a mais para garantir o socorro, por meio de recursos, aos pequenos negócios.

Além de entrar com recursos para alavancar o volume de operações de crédito, o grande diferencial do Fampe é que o Sebrae vai acompanhar os donos de pequenos negócios na busca às instituições financeiras para tomar empréstimos.

"Vamos trabalhar com operações de crédito assistidas, ofertando orientações que serão um fator mitigador do risco aos agentes financeiros e tomadores do crédito. No Maranhão, estamos com as nossas equipes voltadas para essa orientação, que vai dar ao empreendedor mais segurança sobre a operação e sobre a aplicação dos recursos”, completa a técnica do Sebrae que enfatizou que no Maranhão o Fampe vem sendo executado pela Caixa, Santander e Bradesco.

PRESENÇAS - Estiveram presentes na reunião, além dos palestrantes, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Thiago Diaz, o gestor do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) da FIEMA, Gilberto Júnior, o  presidente do Sindiarrroz/MA, Jeremias Oliveira Gaspar, os vice-presidentes da FIEMA, Benedito Mendes (Sindicerma e Sindiarroz), Fábio Nahuz (Sinduscon-MA), o superintendente da FIEMA, Cesar Miranda, o representante da Prefeitura de Pastos Bons, Luis Henrique Nunes, o gestor do SEBRAE Balsas, André Luis Veras de Souza, a gestora da Virtu, Isabella Pearce, o secretário municipal de agricultura de Santa Rita, Vavá Matos, o representante do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos, Dionatan Carvalho e o representante da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento de São Luís-SEMAPA, Emerson Macedo.

Informação: Fiema 

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