quarta-feira, 12 de agosto de 2020
É o 4º maior volume de vendas dentre as 27 UFs e a maior taxa registrada no estado desde 2000

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (12) a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), referente ao mês de junho/2020. A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país.

Comércio Varejista

No mês de junho de 2020, em comparação com o mês de maio de 2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de vendas do comércio varejista no Brasil teve alta de 8,0%, depois de um avanço na ordem de 14,4% no mês de maio. Esse número do mês de junho/2020 representou o segundo maior percentual de aumento na série histórica iniciada em fevereiro de 2000. Sete das oito atividades econômicas investigadas tiveram alta, com destaque para: livros, jornais, revistas e papelaria (+69,1%), embora num ritmo maior do volume de vendas do que no mês anterior (+10,7%); tecidos, vestuário e calçados (+53,2%), em patamar menos acelerado do que o ocorrido no mês anterior (96,3%); e móveis e eletrodomésticos (+31,0%), em ritmo menor do que o ocorrido no mês anterior (47,4%).

Atividades
mai/20
jun/20
Combustíveis e lubrificantes
6,6
5,6
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
7,2
0,7
Tecidos, vestuário e calçados
96,3
53,2
Móveis e eletrodomésticos
47,4
31,0
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
22,3
-2,7
Livros, jornais, revistas e papelaria
10,7
69,1
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
18,7
22,7
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
46,3
26,1

Quando se compara os dados do mês de junho de 2020 aos de junho de 2019, sem ajuste sazonal, depois de três meses consecutivos de retração nessa base comparativa (-1,1%, em março, -17,1%, em abril, -6,4%, em maio) ocorreu um aumento de 0,5%. No acumulado do ano (jan./20 a jun./20), comparação que é feita com igual período do ano anterior, o índice é negativo na ordem de 3,1%. É o terceiro mês consecutivo com recuo no volume de vendas nessa base de comparação temporal. No acumulado de 12 meses, findo em junho de 2020 (julho de 2019 a junho de 2020 cotejado com julho de 2018 a junho de 2019), o índice de volume de vendas foi de 0,1%.

Em relação ao Maranhão, destaca-se que, em junho de 2020, frente a maio/2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de vendas ficou na casa de 28,9%. Foi o 4º maior volume de vendas dentre as 27 Unidades da Federação (UFs), sendo superado pelo PA (+39,1%), AM (+35,5%) e CE (+29,3%). Três UFs tiveram redução no volume de vendas nessa base de comparação temporal, a saber: MT (-2,0%), PB (-2,4%) e RS (-9,0%). No caso do Maranhão, foi a maior taxa de volume de vendas na série histórica iniciada em fevereiro de 2000. Já são dois meses consecutivos de elevação no volume de vendas no Maranhão, depois de três meses de queda: fevereiro (-0,6%), março (-5,7%) e abril (-12,9%).

Em relação ao mesmo mês do ano de 2019, no Maranhão, em junho/2020, sem ajuste sazonal, foi detectado avanço no volume de vendas de 14,3%. Isso aconteceu depois de três meses de recuo nessa base de comparação temporal, conforme tabela abaixo:

Variação mensal (base: igual mês do ano anterior)
janeiro 2020
2,6
fevereiro 2020
2,6
março 2020
-5,0
abril 2020
-18,4
maio 2020
-13,5
junho 2020
14,3

Na base comparativa no ano, isto é, o volume de vendas de janeiro a junho de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, o Maranhão apresentou uma queda de 3,0%. O aumento no volume de vendas do mês de junho, em comparação ao mês imediatamente anterior, que foi na ordem de 28,9%, bem como o número positivo na base comparativa jun.20 com jun.19, na casa de 14,3%, acabaram por reduzir o recuo no volume de vendas na base temporal em que se leva em consideração o 1º semestre de 2020 cotejado com o 1º semestre de 2019. Até maio de 2020, o acumulado no ano era de -6,4%.

Quanto ao acumulado nos últimos 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020 cotejado com julho de 2018 a junho de 2019), o índice de volume de vendas no Maranhão retraiu 1,2%. No mês findo em maio de 2020, o acumulado dos últimos 12 meses estava em 2,6%. O gráfico abaixo ilustra o comportamento do volume de vendas acumulado para cada um dos doze últimos meses.

Comércio Varejista Ampliado

Quando se analisa, em nível de Brasil, o comércio varejista ampliado - em que se agregam aos oito tradicionais setores do comércio varejista os setores de veículos/motos/partes/peças e de material de construção, no cotejamento junho/2020 com mês imediatamente anterior (maio/2020), com ajuste sazonal - teve seu volume de vendas aumentado na ordem de 12,6%. Foi o segundo maior aumento nessa base de comparação temporal para a série iniciada em fevereiro de 2003. O maior aumento foi observado no mês anterior, maio de 2020: 19,2%.

O setor de veículos, motos e peças, nessa base de comparação temporal, mês/mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal, teve, pelo segundo mês consecutivo, elevação no volume de vendas. Desta feita, em junho/2020, a elevação no volume de vendas foi na ordem de 35,2%, ajudando a reverter dois tombos ocorridos nos meses de março e abril. O setor de material de construção também teve avanço, embora a uma taxa menor, 16,6%. No mês anterior, teve aumento no volume de vendas a uma taxa de 22,3%.     

Na comparação com mesmo mês do ano anterior, detectou-se, no Brasil, em junho de 2020, decréscimo no volume de vendas na ordem de 0,9%. Em maio de 2020, na comparação com maio de 2019, o recuo tinha sido mais significativo: 15,3%. São quatro meses consecutivos de diminuição no volume de vendas do comércio varejista ampliado do país. O setor de veículos/motos/peças teve queda de 13,7%, quarto mês consecutivo de taxa negativa, e o setor de material de construção aumentou 22,8%, após quatro meses consecutivos de queda no volume de vendas nessa base de comparação temporal.

O volume de vendas acumulado no ano de 2020, fechando o 1º semestre de 2020, foi de retração no comércio varejista ampliado: -7,4%. O setor de veículos/motos/peças, nessa base de cotejamento no tempo, acumulou perda de volume de vendas de cerca de 21,8%, ao passo que o setor de material de construção, tem uma perda acumulada no 1º semestre de 2020 de 1,9%.

No acumulado nos últimos 12 meses, fechado em junho de 2020, o indicador volume de vendas do comércio varejista ampliado apresentou queda de 1,3%. Até abril de 2020, esse indicador temporal ainda era positivo, 0,8%, e assim, com taxas positivas, vinha permanecendo desde outubro de 2017. 

No Maranhão, na comparação junho/2020 com mês imediatamente anterior (maio/2020), o volume de vendas do comércio varejista ampliado apresentou um aumento no volume de vendas na ordem de 32,6%. Foi o segundo mês consecutivo de aumento, pois, em maio/2020, houve elevação de 6,6%. Essas taxas positivas foram antecedidas por dois meses de taxas negativas: em março/2020 (-17,1%) e abril (-7,9%).

Nesse indicador de base temporal, as UFs com maiores taxas de elevação no volume de vendas foram AP (+43,3%) e PA (+43,0%). As UFs com taxas negativas foram: PB (-0,3%), MT (-2,2%) e RS (-6,5%).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, junho de 2020/junho de 2019, no Maranhão, foi detectada elevação no volume de vendas, 13,7%, após quatro meses consecutivos de queda. Maiores níveis de elevação no volume de vendas, levando-se em conta essa mesma base de cotejamento temporal, foram observados em SC (24,6%) e TO (18,5%).  Em 16 UFs houve queda no volume de vendas, sendo que AP (-10,3%) e BA (-12,6%) tiveram os maiores recuos.

Na base de comparação do 1º semestre de 2020 com o 1º semestre de 2019, tem-se um quadro de decréscimo no volume de vendas no Maranhão, na casa de 7,3%. Em função do aumento do volume de vendas tanto na base de comparação temporal mês/mês imediatamente anterior quanto na base temporal mês/mês igual do ano anterior, esse recuo de 7,3% foi menor do que o acumulado até maio de 2020, quando se observou uma retração no volume de vendas do comércio varejista ampliado na casa de 11,4%. Das 27 UFs, em 26 delas houve retração no volume de vendas do comércio varejista ampliado no semestre. A única UF com expansão no volume de vendas nessa base de comparação temporal foi TO: 2,7%. Maior queda foi estimada para o CE (-15,8%).   

No acumulado dos últimos 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020 comparado com julho de 2018 a junho de 2019), o recuo, no Maranhão, foi de 3,7%. Quedas mais significativas foram observadas em SE (-6,7%) e PI (-8,4%).  

Informação: IBGE-MA  

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