sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Segundo o IBGE, o índice de volume de serviços ficou em 0,0% no estado

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na manhã de hoje (11), a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), referente ao mês de julho. Trata-se de um panorama conjuntural do setor de serviços da economia brasileira. Fazem parte do painel amostral da pesquisa empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não-financeiro, excluído ainda o setor O (administração pública, defesa e seguridade social) da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Brasil: serviços teve avanço de 2,6%

Para Brasil, no mês de julho de 2020, em comparação com o mês de junho de 2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de serviços cresceu 2,6%, depois de ter crescido 5,2% no mês anterior nessa mesma base de comparação temporal (mês/mês imediatamente anterior). Esses dois últimos meses de crescimento, 7,9% no total, ainda não foram suficientes para reverter as quedas sequenciais ocorridas em quatro meses, de fevereiro a maio, que totalizaram um recuo de 19,8%.

A ampliação do relaxamento de medidas quanto ao isolamento social no território nacional acabou por impactar no comportamento do volume de serviços nos dois últimos meses: junho e julho.

Todavia, uma atividade do setor de serviços, no mês de julho, teve retração, sendo que essa atividade foi fortemente atingida pela pandemia. Trata-se do setor de alimentação e bebidas, que depois de duas altas consecutivas, em maio (4,0%) e junho (9,4%), apresentou decréscimo no volume de serviços em julho, -5,0%. Esse setor da economia de serviços em março e abril tinha recuado em 34,2% e 43,2%, respectivamente.

As duas atividades que apresentaram maiores avanços no volume de serviços foram transporte aéreo (17,1%) e serviços técnico-profissionais (10,2%), conforme tabela abaixo.

Atividades de serviços

jun/20

jul/20

1.1 Serviços de alojamento e alimentação

9,4

-5,0

1.2 Outros serviços prestados às famílias

4,3

3,7

2.1 Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC)

3,8

1,3

2.2 Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias

5,9

7,6

3.1 Serviços técnico-profissionais

0,8

10,2

3.2 Serviços administrativos e complementares

2,6

0,4

4.1 Transporte terrestre

3,7

5,8

4.2 Transporte aquaviário

-2,4

1,6

4.3 Transporte aéreo

57,1

17,1

4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio

4,3

0,7

5. Outros serviços

7,2

3,0

Comparando-se o mês de julho/2020 ao mesmo mês do ano anterior, julho/2019, houve retração do índice de volume do setor de serviços na ordem de 11,9%, sinal de que esse aumento no mês de julho na comparação com mês imediatamente anterior não tem sido suficiente para igualar ou superar o setor de serviços em igual mês do ano anterior. Aliás, os números de 2020 indicam que a recuperação registrada na comparação mês/mês imediatamente anterior não têm levado à superação do nível de atividade econômica do setor de serviços do ano de 2019. Por isso que, no acumulado do ano, quando se compara o período de janeiro a julho de 2020 com o mesmo período encerrado em julho de 2019, observou-se recuo de 8,9%. Desde março de 2020, o setor de serviços passou a apresentar taxas negativas nessa base de comparação.

 

No acumulado de 12 meses, findo em julho de 2020 (agosto de 2019 a julho de 2020 cotejado com agosto de 2018 a julho de 2019), o índice do volume de serviços retraiu 4,5%. Com 12 meses findos em junho de 2020, o recuo estava na casa de 3,4%.

Maranhão: volume de serviços estacionado em 0,0%

No Maranhão, em julho/2020, na comparação com junho/2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de serviços nem cresceu nem diminui, ficando em 0,0%. Isso se deu depois de dois meses de aumento no volume de serviços na base de comparação temporal mês/mês imediatamente anterior: maio (+1,8%) e junho (+6,0%). Os números dos três últimos meses ainda não foram suficientes para reverter o tombo ocorrido em abril, de -14,0%, que foi o maior na série histórica iniciada em fevereiro de 2011. Das 27 Unidades da Federação (UFs), em seis delas houve queda no volume de serviços, sendo que a maior retração foi detectada no CE (-2,5%). As duas melhores performances foram estimadas para AL (+9,5%) e RR (+8,2%).

Na comparação mês/mês igual ao ano anterior, jul.2020/jul.2019, no Maranhão, foi detectada uma queda de 9,4%, valendo lembrar que no mês anterior, junho/2020, o recuo tinha sido de 7,4%. Nessa base de comparação, mês/mês igual do ano anterior, no Maranhão, apenas no mês de março houve aumento no volume de serviços, 3,8%. Em março de 2019, tanto na comparação mês/mês imediatamente anterior e mês/mês igual ao ano anterior, houve queda no volume de serviços, o que torna a comparação de março de 2020 com esse mês do ano anterior de fácil entendimento ao gerar um número positivo. Apenas duas UFs, em julho de 2020, tiveram alta no volume de serviços nessa base de comparação mês/mês igual do anterior, a saber: RO (+5,2%) e MT (+0,8%). As maiores quedas foram observadas na BA (-26,4%) e no RN (-28,4%).

As constantes ocorrências negativas no Maranhão no cotejamento mês/mês igual ao ano anterior implicaram um acumulado negativo no ano de 2020 em relação ao ano de 2019 na ordem de 7,1% no volume do setor de serviços. Fazendo um corte temporal de abril/2020 para julho/2020, nota-se um crescendo negativo do volume de serviços ocorrido no ano, que vale tanto para Brasil quanto para Maranhão, conforme tabela abaixo.

Acumulado no ano de 2020, mês a mês, Brasil e Maranhão

Mês

Brasil

Maranhão

abril 2020

-4,5

-3,7

maio 2020

-7,6

-6,6

junho 2020

-8,4

-6,7

julho 2020

-8,9

-7,1

Das 27 UFs, a única que apresentou uma taxa positiva no ano de 2020, fechado em julho, na comparação com mesmo período de 2019, também fechado em julho, até o momento, foi RO, +3,9%. As seis maiores retrações no volume de serviços no ano foram observadas em UFs localizadas na região Nordeste, sendo que as duas maiores quedas foram observadas na BA (-18,0%) e em AL (-19,0%).

Na base temporal de comparação que leva em consideração os últimos 12 meses (agosto de 2019 a julho de 2020 cotejado com agosto de 2018 a julho de 2019), o Maranhão apresentou um volume negativo de serviços de -3,0%. Até abril de 2020, na base de comparação temporal em que se leva em conta os últimos 12 meses, a taxa do volume de serviços, no Maranhão, resistia com número positivo. Desde janeiro de 2019 até abril de 2020, as taxas acumuladas a cada 12 meses eram positivas, superando um longo período de taxas negativas acumuladas a cada 12 meses que perdurou de março de 2015 a dezembro de 2018.

Abaixo um gráfico mostrando o comportando do volume de serviços no Maranhão, no acumulado nos últimos 12 meses, a começar em dezembro de 2019.

Esse índice de volume de serviços nessa base de comparação temporal, últimos 12 meses, no Maranhão, -3,0%, ainda se encontra num patamar de menor queda do que no Brasil, cujo indicador temporal ficou na casa de -4,5%. Nessa base de comparação temporal, 25 UFs, no mês de julho/2020, têm acumulado retração no volume de serviços. Os maiores recuos na base de comparação dos últimos 12 meses foram detectados no PI (-12,4%) e em AL (-14,0%). As únicas UFs com números positivos até o momento nessa base de comparação temporal (agosto de 2019 a julho de 2020 comparado com agosto de 2018 a junho de 2019), foram: AM (0,6%) e RO (0,5%).

Informação: IBGE 

0 comentários:

Postar um comentário