quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Um momento de fala, de sororidade, de apoio e de troca de experiências. Foi assim o tom da roda de terapia comunitária integrativa realizada em forma virtual na tarde desta quarta-feira, dia 02 de dezembro, com mulheres do campo de diversas comunidades do Maranhão. A atividade faz parte da campanha “Com violência doméstica não há agroecologia” promovida pela Associação Comunitária de Educação em Saúde e Agricultura (Acesa) em conjunto com a Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama) e GT de Mulheres da Rama, com apoio do Fundo de Ações Urgentes da América Latina e Caribe.

Espaço de escuta e de fala, a roda de terapia comunitária é o ambiente propício em que as mulheres falam de suas inquietações. “Este momento da mulher falar e trazer as suas  inquietações é um importante para nosso processo de cura, pois muitas das vezes as doenças que se refletem no nosso corpo são frutos das emoções que a gente não gente não trabalha no nosso dia a dia”, diz Aniérica Almeida, da instituição Sabiá, que conduziu a roda de terapia.  

A pandemia e as consequências ruis para a educação de jovens e crianças, a geração de renda e aumento das desigualdades, o aumento da violência doméstica e o contexto político em que há uma polarização dos debates foram algumas das inquietações discutidas pelas mulheres, assim como as formas também de reagir a tais situações. 

A roda de terapia é uma das ações que visam o fortalecimento das mulheres do campo no processo de combate à violência doméstica. “É preciso a gente olhar para nosso ser individual para que a gente possa lidar com esta pessoa coletiva. Se a gente não se nutrir e não se alimentar do que tá dentro da gente, agente se fragiliza e aí fica sujeito aos diversos tipos de violências e diversas situações”, diz a facilitadora Janaína Ferraz. 

A campanha “Com violência doméstica não há agroecologia” foi lançada no dia 19 de novembro e visa a conscientização, principalmente, das mulheres do campo para que denunciem os processos de violência. “Além dos encontros virtuais que estamos realizando com as mulheres, como forma de trazer o debate à tona para fortalecê-las e encorajá-las, também estamos concluindo um diagnóstico sobre a situação de violência conta a mulher no Maranhão”, destacou Ariana Gomes, representante da Rama.

Informação: Yndara Vasques 

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