quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Em encontro prévio, também foram discutidos assuntos como linhas de financiamento para a indústria e programas e projetos do governo federal para as empresas maranhenses  

SÃO LUÍS – Cidades inteligentes, que utilizam recursos como reconhecimento facial, inteligência artificial melhorando sua infraestrutura urbana com o uso de tecnologias. Esse será o tema abordado, nesta quinta-feira, 28, às 14h30, na reunião ordinária do Conselho Temático de Micros e Pequenas Empresas (COMPEM) da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, com a participação de palestrantes de instituições do governo federal. O debate sobre “Transformação Digital e Cidades Inteligentes: Como a modernização das cidades auxilia no processo de transformação digital da indústria, com o uso de tecnologias” será conduzido pelo presidente da Federação, Edilson Baldez das Neves, e pelo vice-presidente da FIEMA e presidente do COMPEM, Celso Gonçalo, com a participação do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Nogueira Calvet, do secretário nacional de Mobilidade Urbana do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), Tiago Pontes Queiroz, e do superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Evaldo da Cruz Neto, convidados da FIEMA para o evento. 

“Nosso foco será dado tanto para a área de cidades inteligentes, que é uma área super importante, em ascensão no Brasil, onde vários municípios de médio porte e grandes municípios têm utilizado tecnologias tanto na área de mobilidade urbana, como também na área de segurança”, disse o presidente da ABDI. Além disso, os órgãos nacionais devem apresentar aos empresários, público-alvo da reunião, as oportunidades possíveis em programas e políticas das instituições, assim como em financiamento no governo federal. Já o presidente da Sudene, Evaldo da Cruz Neto, explicou que a ideia da Superintendência é desenvolver, em parceria com a ABDI, centros de demonstração de tecnologias para cidades inteligentes em sua área de atuação, melhorando os serviços públicos prestados ao cidadão. 

Segundo o presidente da FIEMA, Edilson Baldez das Neves, o tema envolve diversos segmentos industriais e é de interesse do Maranhão. “Esse tema nos motivou a convidar os representantes dos órgãos federais, pois permeia vários setores da indústria, assim como outras áreas de negócios e segmentos empresariais, e é o objetivo dos nossos conselhos temáticos, trazer para o debate assuntos de interesse do nosso empresariado com foco no desenvolvimento, aumento da competitividade da nossa indústria e geração de emprego e renda para o nosso Estado”, afirmou. 

RECURSOS PARA A INDÚSTRIA – Além do tema principal da reunião, Baldez reuniu ontem, 27, em encontro prévio, na Casa da Indústria Albano Franco, os convidados da ABDI, Sudene e MDR e representantes das principais entidades de classe do Maranhão, para definir estratégias de aproximar as ações desses órgãos do empresariado maranhense, na discussão de outros temas pertinentes aos órgãos. 

O superintendente da Sudene, Evaldo Cavalcanti da Cruz Neto, afirmou, na ocasião, que está à disposição da classe empresarial. “A Sudene tem uma linha hoje, ainda muito forte de incentivos fiscais, com a possibilidade de isenção de até 75% no imposto de renda pessoa jurídica. Isso certamente é um grande diferencial para atração de investimentos para a região”. 

Ele explicou na reunião que a Sudene faz a administração de dois fundos: o fundo constitucional, FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), que é operado pelo BNB, no qual, especificamente, existe na programação orçamentária para 2021, algo em torno de R$ 2 bilhões para o Maranhão e com a novidade de uma linha específica para o setor aeroespacial facilitando a atração de investimentos para a região de Alcântara. “E nós temos também o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, o FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste), que é uma outra linha de investimentos, cujo total disponibilizado é em torno de R$ 800 milhões, no orçamento de 2021, também está à disposição das empresas interessadas para fins de atração de investimentos”. 

De acordo com Evaldo, a visita ao Estado também tem o intuito de apresentar as linhas de incentivos fiscais disponíveis aos empresários maranhenses, com a possibilidade da Sudene ampliar o montante de empresas que acessaram a linha de incentivos. “Em relação à questão dos incentivos fiscais, de 2017 até 2020, apenas 61 empresas fizeram acesso aos incentivos fiscais, e a gente sabe que, pelo volume e pela pujança da economia local, a gente poderia ampliar e muito o acesso de várias empresas a essa linha de incentivos.” 

Já o presidente da ABDI, Igor Calvet, frisou a amplitude da agenda da agência no Maranhão. “Também vamos aprimorar a discussão sobre o papel das empresas de base tecnológica, startups, as formas de financiamento. É uma agenda para a indústria, para o comércio e também para outros setores que podem se aproveitar dessa transformação que nós estamos fazendo em várias áreas dos setores produtivos brasileiros”.    

CIDADES DO FUTURO 

Os projetos de Cidades Inteligentes da ABDI envolvem a integração de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Big Data, Inteligência Artificial e Conectividade. Algumas destas soluções já são testadas no Brasil a partir de iniciativas da Agência, em cidades como Brasília (DF), Salvador (BA), Petrolina (PE) e Foz do Iguaçu (PR), onde foram executados projetos em três áreas: Living Lab, Eletromobilidade e Segurança Pública.  

O objetivo da Agência é promover melhorias nas cidades com a adoção de soluções de ponta, considerando que uma gestão mais avançada em setores como mobilidade e segurança pública impacta o setor público e propicia um ambiente favorável à transformação digital das empresas. 

Informação: Fiema 

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