terça-feira, 9 de março de 2021

Com a chegada do período chuvoso, a aparição de Caramujos Africanos (Achatina Fulica) volta a acontecer. O caramujo africano  é uma espécie de molusco terrestre tropical, originário do leste e nordeste do continente africano. Foi disseminado no mundo pela ação humana ligado à gastronomia, sendo utilizado como opção para o escargot, tanto na região da Tailândia, China, Austrália, Japão e recentemente no continente americano. O Caramujo Africano foi considerado uma das cem piores espécies invasoras do mundo, causando sérios danos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública.

A espécie Achatina fulica é classificada como espécie exótica invasora, dada sua origem no continente africano e a inexistência de predadores naturais para realizar seu controle populacional. O molusco participa do ciclo de transmissão de um tipo de meningite que acontece por via oral: através da ingestão do animal cru, mal cozido ou de seu muco, bem como ingestão de hortaliças e verduras contaminadas pelo muco de caramujos infectados. Por isso, é necessário a lavagem dos vegetais, uma colher de sopa de água sanitária em um litro de água durante 30 minutos já é suficiente.

Recentemente a SEMA foi informada sobre ocorrências de caramujos africanos na capital maranhense e ocorrem sazonalmente junto ao período de chuvas e são, em algumas ocasiões, confundidos com o caracol brasileiro. O caramujo africano, por não se tratar de uma espécie da nossa fauna, sua eliminação implica em desequilíbrio ecológico e impacto na fauna nacional, portanto, é necessário que seja feita essa identificação para que ocorra a eliminação da espécie exótica nociva. A concha do africano é mais alongada e pontiaguda, além de possuir coloração mais escura, possui mais giros e borda afiada e cortante, diferentemente do caracol brasileiro.

O controle populacional do caramujo africano é autorizado em todo o território do Maranhão através do Decreto nº 34324 de 12/07/2018, que declara a nocividade da espécie exótica invasora Achatina fulica e institui grupo de trabalho interinstitucional – GTI, com objetivo de articular, desenvolver e monitorar ações, de curto, médio e longo prazos, para manejo e controle desta espécie de relevância para a saúde, meio ambiente e agricultura.

Sabe-se que maior atividade e visualização desses animais ocorre com a temperatura ambiente mais amena, sugerindo que os melhores horários para coleta são no início da manhã e final da tarde.

Recomendações

Segue abaixo os procedimentos indicados à população como forma de controle dos caramujos africanos:

* Diferencie os caramujos nativos dos caramujos africanos;

* Faça coleta com as mãos bem protegidas com luvas ou sacos plásticos;

* Coloque o molusco em um balde contendo uma das misturas a seguir: – 1litro de água sanitária para 3 litros de água ou; – 1 quilo de cal ou sal grosso juntamente com 6 litros de água.

* Deixe os caramujos imersos por um período de 24h para garantir sua morte;

* Quebre as conchas para evitar criadouro do mosquito da dengue Aedes aegypti;

* Descarte no lixo comum.

Solicitações de informações adicionais e registros poderão ser feitos junto à Superintendência de Biodiversidade e Áreas Protegidas (SBAP), através do Gerenciador Eletrônico de Documentos – GED e dos contatos: email saf.sbap@sema.ma.gov.br e telefone (98) 3194.8900 (ramal – 8964).

Informação: Sema.MA 

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