segunda-feira, 31 de maio de 2021
Leonina dos Santos, a Lió, da comunidade de Patizal, em Morros terá sua experiência contada na série nacional Territórios da Agroecologia


Na Semana Mundial do Meio Ambiente, as boas práticas ambientais do Maranhão integram a série nacional de vídeos e podcast intitulada “Territórios da Agroecologia”, que será lançada nesta terça-feira, 01/06, às 19h, durante evento online.

A ação é da Articulação Nacional da Agroecologia (ANA) em parceria com organizações não governamentais afiliadas à essa Rede atuantes em seis territórios do país. A série retrata histórias inspiradoras de famílias agricultoras e organizações que mostram, na prática, que é possível produzir alimentos saudáveis, com fartura e conservando os recursos naturais.

O vídeo do Maranhão, que será veiculado no dia 06/06 (domingo) e o podcast no dia 12/06 (sábado), ambos às 15hs e contarão a história da família de Leontina dos Santos, a Lió, da comunidade de Patizal, no município de Morros. Ele poderá ser visto nas redes sociais da ANA e da Associação Agroecológica Tijupá.  A série também vai exibir experiências do Ceará, Bahia, Paraíba e Minas Gerais. Será veiculado um vídeo por dia ao longo da semana, a partir do dia 1º e seguirá com exibições diárias dos podcasts, até o dia 12/06.

“A agroecologia passou a fazer parte da minha vida e da minha família quando tivemos acesso à informação e à assessoria técnica da Tijupá”, conta Lió. “As informações nos mostraram o caminho de como praticar a agricultura, de como trabalhar a agroecologia e como cuidar do solo e preservar o meio ambiente. Também foi possível diversificar a produção. A agroecologia é saúde em nossas vidas. É comida de verdade”, diz a agricultora.

A comunidade de Lió, o povoado Patizal (no Assentamento Rio Pirangi, Morros/MA) recebe apoio e assessoria técnica da Tijupá. O povoado tornou-se referência na produção de alimentos saudáveis e, a partir de processos da construção de conhecimento de base agroecológica, colaborou pra que tais práticas se estendessem para outras comunidades e organizações em Morros e outros municípios da região do Baixo Munim.

“Com esta série de vídeos e podcasts, que vai ser veiculada durante a semana do Meio Ambiente, pretende-se mostrar bons resultados das experiências de base agroecológica espalhadas por todo o país. Para além de denúncias das agressões ao meio ambiente no campo - que são estritamente necessárias de se fazer – pretende-se mostrar também experiências que estão em curso que resguardam o meio ambiente* e a preservação de nossa biodiversidade”, afirma o coordenador do Programa de Economia Solidária da Tijupá, Carlos Pereira. Ele destaca ainda que a experiência da família da agricultora familiar de Morros representa o avanço na agricultura familiar de base agroecológica e o processo resistência destas comunidades em manter seus modos de vida no Território Baixo Munim.

A proposta da agroecologia tem sido cada vez mais abraçada e defendida nos territórios, não só como modelo de agricultura sustentável, mas também como uma forma de transformar a realidade das pessoas nela envolvidas e estreitar cada vez mais a relação campo-cidade, garantindo “comida de verdade” na mesa do povo brasileiro.

A Agroecologia tem oferecido respostas aos desafios da conjunção de crises de várias ordens que o país vem atravessando – climática, ecológica, econômica e sanitária – e aponta a urgência de se repensar as formas de produção e consumo de alimentos vigentes. Na série Territórios da Agroecologia, poderá ser observado como esse caminho já vem sendo trilhado em diversos territórios do país e da importância da agroecologia para a sociedade a partir do olhar das próprias famílias agricultoras.

Confiança, diversidade, saúde, participação, transformação, alegria. As histórias mostram também as lutas por justiça social e convidam a promover a participação das mulheres e das juventudes nas decisões da família, nas comunidades, na economia e na política.

A conservação e multiplicação de sementes crioulas, as práticas ecológicas de recuperação da fertilidade dos solos, os cultivos consorciados sem uso de agrotóxicos e fertilizantes industriais, o cuidado com as fontes de água são alguns exemplos de ações lideradas pelas redes de agroecologia em diversos territórios do país, com a participação ativa das famílias agricultoras, movimentos sociais e organizações de assessoria. Aliadas a isso, circuitos locais e regionais de produção e consumo de alimentos mostram como a agroecologia ganhou escala nas últimas décadas, democratizando o acesso a alimentos saudáveis livres de agrotóxicos e transgênicos.

Os materiais podem ser acessados no site: agroecologia.org.br e nas redes sociais da Tijupá – @associação_tijupa (Instagram) e @Associação Agroecológica Tijupá (no Facebook).

Informação: Inspirar Comunicação

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