terça-feira, 28 de setembro de 2021

Série encontra-se disponível no site da FIEMA

São Luís – Dando continuidade à série de estudos setoriais, a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) acaba de lançar online o estudo setorial da Indústria de produtos alimentícios do estado, elaborado pela Coordenadoria de Ações Estratégicas da Federação, sob a responsabilidade do economista José Henrique Polary. Esse é o segundo estudo de uma série de publicações online sobre setores industriais relevantes para o desenvolvimento do Maranhão.  

“O nosso objetivo com a série é produzir um material de qualidade para subsídio na formulação de políticas públicas, de natureza econômica, social ou de infraestrutura e orientar a elaboração de planos de ação de entidade que compõem o Sistema FIEMA em médio e longo prazo”, destaca Polary.  

Um dos pontos que chama a atenção nesse novo estudo é o fato de o Maranhão possuir a segunda maior costa litorânea do Nordeste com extraordinário potencial pesqueiro, entretanto a exploração é majoritariamente artesanal, desorganizada, sem controle e sem fiscalização, e com números insignificantes se avaliados a estatística da indústria de processamento de pescados no estado. 

De acordo com o estudo “Indústria de produtos alimentícios – estudo setorial”, a fabricação de produtos alimentícios é uma das atividades industriais (Extrativa e Transformação) mais importantes na economia do estado do Maranhão. Segundo o estudo compõe um segmento tradicional no setor secundário maranhense, com variados níveis tecnológicos, diferentes escalas de produção e presença marcante das micro e pequenas empresas.  

O segmento de produtos alimentícios engloba setores e subsetores como abate e produtos de carne, pescado, conservas de frutas, legumes e outros vegetais e animais, laticínios, moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais, fabricação de óleos e gorduras, refino de açúcar, torrefação e moagem de café, e fabricação de outros produtos alimentícios (panificação, biscoitos e bolachas, derivados e cacau, massas alimentícias, molhos e condimentos). 

Segundo o IBGE (PIA/Empresas), o Maranhão registrou, em 2017, um total de 287 estabelecimentos (com 5 ou mais pessoas ocupadas fabricantes de produtos alimentícios, 24,8% a mais do que em 2010, mas inferior em 25 unidades ao encontrado para o ano de 2016 (-8,0%). A expressividade desse gênero de indústrias está indicada no percentual de participação no total das indústrias de transformação do estado: 25,4%, valor acima da média de toda a série (22,8%). 

O Grau de industrialização deste segmento, calculado para o ano de 2018, corresponde a 20,1%, que é muito baixo se for levado em conta que, em 2011, esse índice alcançou aos 38,1%, apontando uma tendência seguidamente decrescente até 2017, mas iniciando uma recuperação no ano posterior. No Nordeste, o Grau de Industrialização dos Produtos Alimentícios ficou em 34,8% no mesmo ano. 

Na comparação com o Nordeste, que tem uma estrutura industrial mais diversificada por influência dos estados da Bahia, Pernambuco e Ceará, a participação média dos produtos alimentícios na formação do VBPI no Maranhão é muito baixa (período 2014/2018) se for levado em conta, também, que entre 2011 e 2013 seus valores eram muito próximos. Reforça, assim, a ideia de como esse segmento industrial no estado se mostrou mais sensível à crise econômico-financeira iniciada em 2014. 

A participação do emprego nas indústrias de Produtos Alimentícios maranhense, em relação ao Nordeste, que era de 1,64% em 2010, subiu para 2,81% (depois de alcançar 3,20% em 2015), considerando-se aí somente os estabelecimentos com 5 ou mais pessoas ocupadas. 

Segundo o estudo, as perspectivas para as próximas décadas mostram que o mercado de produtos alimentícios será cada vez mais complexo, com os consumidores mais exigentes por alimentos que lhes propiciem mais benefícios a preços mais acessíveis. Os mercados serão menos limitados por fronteiras geográficas, com oportunidades sempre maiores, tanto nos mercados internos, quanto externos, por meio das exportações. 

“Considerando que consumo e renda são positivamente correlacionados, na medida em que os padrões de renda familiar se elevem, o consumo de alimentos crescerá também buscando maior proximidade entre seus padrões, isto é, maior busca por itens de consumo qualitativo e grande apelo de sustentabilidade ambiental. Para atender as exigências desse mercado futuro, as empresas terão que investir continuamente em novas tecnologias, na criação de novos produtos que possam agregar mais benefícios aos consumidores. A preocupação com a geração de produtos de maior valor agregado deixa de ser somente das empresas, passando a incorporar os critérios de seleção também dos consumidores”, destaca Polary. 

As preocupações com a saúde e o bem-estar e com a qualidade ambiental estão entre os fatores mais determinantes das tendências para a produção e consumo de alimentos nos próximos anos. O estudo completo sobre o setor pode ser baixado no formato de e-book, no site da FIEMA, www.fiema.org.br/publicacoes   

Informação: Fiema

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