quarta-feira, 20 de outubro de 2021

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, está lançando um projeto que vai utilizar DNA ambiental, conhecido como eDNA, para entender a riqueza da biodiversidade de locais marinhos classificados como Patrimônio Mundial. 

A agência considera a iniciativa ambiciosa, envolvendo  cientistas e residentes locais, que vão coletar dejetos, secreções e células de peixes de vários locais.  

Impactos da mudança climática

A Unesco explica que o método eDNA envolve a coleta e a análise de amostras do solo, da água e do ar e não de um organismo individual. O projeto deve durar dois anos, com a meta de medir a vulnerabilidade da biodiversidade marítima à mudança climática. 

Outro objetivo é verificar como os impactos da mudança climática afetam os padrões migratórios da vida marinha. O projeto é lançado junto com a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, que vai de 2021 até 2030.  

Fernando de Noronha  

A Unesco reconhece vários locais marítimos como Patrimônio Mundial devido à “sua biodiversidade única, ecossistemas excepcionais ou por representarem grandes fases da história do planeta Terra”.  

O arquipélago de Fernando de Noronha, no Brasil, a barreira de corais de Belize e as Ilhas Galápagos são alguns exemplos entre os 50 locais marinhos listados como Patrimônio da Humanidade.  

A agência da ONU explica que o uso do DNA ambiental para monitorar e coletar dados no oceano ainda está na fase inicial.  

Segundo a Unesco, uma metodologia consistente será aplicada pela primeira vez de forma simultânea em vários locais marinhos protegidos, marcando assim o “nascimento de padrões globais em amostragem e gerenciamento de dados”. As amostras de DNA serão depois sequenciadas em laboratórios especializados.  

Informação: Nações Unidas

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