segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Circuito terá edições especiais em São José de Ribamar, Rosário, Alcântara e São Luís via Lei Aldir Blanc, em comemoração ao Ano I de realização.

Tem início essa semana o Circuito Alvorada – Paisagens e Memórias Sonoras, para celebrar o Ano I do programa criado e apresentado pela jornalista e DJ Vanessa Serra, com apoio técnico da Capella Sonorizações. Tal como sua essência, o programa terá gravações ao ar livre, com passagens pelas cidades São José de Ribamar, Rosário, São Luís e Alcântara (MA). A iniciativa será realizada com recursos da Lei Aldir Blanc, através do edital Fomento à Cultura, SECMA, 2021.

A primeira cidade a ser visitada pelo Circuito é São José de Ribamar nesta terça-feira, 16. São José de Ribamar é uma cidade cercada de belezas naturais e respira religiosidade. Fica a 32km do centro de São Luís (MA). É conhecida como cidade santuário atraindo fiéis de todos os cantos do país. O local escolhido para a Alvorada é o coreto em frente a biblioteca pública municipal, situado na Rua de Santana, de frente para o mar. Começa às 7h da manhã, até às 9h.

A próxima cidade é Rosário (MA), a 75km da capital maranhense, conhecida pela produção dos seus artesãos com a cerâmica, pelas ruínas do forte de Vera Cruz, e pela força da cultura popular do seu povo. A edição acontece dia 18, quinta-feira, às 7h da manhã, no Complexo Ferroviário da antiga estação do município, que voltou a ser atrativo turístico e referência para a Cultura da cidade depois de sua restauração.  

Depois será a vez da capital maranhense receber a Alvorada – Paisagens e Memórias Sonoras, que será realizada no terraço do auditório da Biblioteca Pública Benedito Leite, Centro histórico, reconhecida como uma das quinze bibliotecas mais bonitas do Brasil. Esta edição será no dia 22 de novembro, segunda-feira, às 9h da manhã, dia de Santa Cecília, exaltada como a padroeira da Música e dos Músicos.

Nesta ocasião, além da discotecagem 100% vinil, presente em todas as edições, a bela vista da cidade e dos rios Bacanga e Anil será moldura também para a realização de um show com convidados especialíssimos.

A performer Adriane Bombom, a cantora Rose Maranhão, Arlindo Carvalho Trio e o Mestre Josias Sobrinho participam desta edição, que ainda haverá um momento de coroação da Alvorada homenageando mulheres de grande expressão que tiveram contribuição fundamental para que esta iniciativa tivesse continuidade nesta travessia dos momentos difíceis de crise social e econômica em virtude da pandemia. São elas: jornalistas Larissa Corrêa e Suzana Fernandes, as professoras Sandra Passinho e Káty Morais e a cantora e colecionadora de discos Lenita Pinheiro.

O encerramento do Circuito acontece em Alcântara – MA no dia 23 de novembro, terça-feira, às 7h da manhã, no largo da Igreja de São Benedito, tendo a participação especial de um grupo da nova geração de caixeiras do Divino, liderado por Karina Pinheiro.

A programação do Circuito Alvorada é aberta ao público. Todo o registro será editado em vídeo a ser transmitido pelo YouTube, em data a ser divulgada ainda.

ALVORADA - O nascer das manhãs, o começar do dia, a sensação festiva de despertar com oração e música definem o que é uma Alvorada. Uma tradição muito popular entre os devotos que participam de festejos religiosos e da cultura popular como a festa do Divino Espírito Santo realizada, anualmente, em diversos locais do Estado. Essa foi a inspiração para o programa dominical Alvorada – Paisagens e Memórias Sonoras, realizado toda semana e exibido pelas redes sociais, sempre a partir de 7h da manhã.

Alvorada também é título de uma das músicas mais emblemáticas do samba brasileiro de autoria de Cartola. Faz parte dos versos da canção de Paulinho da Viola “Foi um rio que passou em minha vida” onde diz: “O samba trazendo alvorada/Meu coração conquistou”. É ainda tema dos versos de domínio popular ecoado pelas caixeiras do Divino, registrados também no antológico disco do bumba-meu-boi de Laurentino, sotaque de zabumba, nos anos 70.  

O programa teve sua primeira edição no primeiro domingo de maio no ano passado, e a cada semana, foi se fortalecendo com a presença do público apreciador, e tornando mais leve os tempos de isolamento por conta da pandemia do Covid – 19. Tornou-se como uma válvula de escape e fortalecimento de nossas esperanças, com estímulo das boas recordações e resgate da memória musical afetiva. As músicas que costumávamos ouvir nas vitrolas da casa de nossos pais, avós, tios; lembranças de uma boa infância e juventude em cidades do interior do Maranhão onde se ouvia música através das rádios AM ou sistemas de alto falantes.

Tudo isso é base ao que é realizado no programa Alvorada, com discotecagem 100% vinil, legitimando esse rico patrimônio cultural imaterial brasileiro.

Todo o repertório é formado por clássicos da Época de Ouro da produção fonográfica brasileira, sob os gêneros choro, samba, samba-canção, moda de viola, romântica, tropicália, rock rural, bossa nova, romântica, jovem guarda e bolero dos anos 40, 50, 60, 70, 80 e início de 90. Tem início com a audição de um concerto de Bach ou uma salva de caixeiras do Divino Espírito Santo, seguido das demais músicas e homenagens escolhidas para a semana. Há sempre um destaque para a produção regional, com clássicos de manifestações e artistas do cancioneiro maranhense.

É potencializada, principalmente, por conta de sua interatividade, onde todos os que assistem são motivados a participar com depoimentos e alôs através do chat. Cada um com suas histórias de vida, lembranças e momentos especiais que são por muitas vezes, compartilhados espontaneamente, ocasionando novas amizades e afinidades entre os participantes.

O programa tem como estética principal ser sempre realizado ao ar livre. Geralmente, ocorre no quintal de um sítio onde mora sua idealizadora e apresentadora, situado no Itapiracó (que fica na divisa dos municípios de São Luís e São José de Ribamar, MA). Mas já houve também edições pontuais na ecopousada Maré de Atins, em Atins; na pousada Cajueiro, em Santo Amaro; localidades do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, e no quintal do estúdio Zabumba Records, em São Luís (MA).

Além do resgate de obras e autores, este trabalho alimenta bons sentimentos, lembranças, emoções e a autoestima através de paisagens sonoras. Estimula a comunicação, permitindo o contato direto ao diálogo, a interação, tem como linguagem a afetividade, sendo capaz de contribuir no crescimento como ser humano e profissional, reunindo cada vez mais um público orgânico, heterogêneo, fiéis consumidores.

SERVIÇO:

Circuito Alvorada – Paisagens e Memórias Sonoras

Edições especiais em São José de Ribamar, Rosário, São Luís e Alcântara via Lei Aldir Blanc, em comemoração ao Ano I de realização.

Dias 16, 18, 22 e 23 de novembro.

Aberta ao público.

Siga: @alvorada_paisagensememorias.


Pra saber mais:

Alvorada conquista o público apostando no resgate da memória musical afetiva

Larissa Corrêa*

O projeto, criado pela DJ e jornalista Vanessa Serra em maio do ano passado, reúne semanalmente, das 7h às 9h, um público heterogêneo e cativo, interessado em ouvir, lembrar e falar sobre música. Com uma coleção de discos nas mãos e memórias de finais de semana em família em torno do som, a apresentadora conduz de forma bastante interativa um repertório integralmente em vinil da época de ouro da produção fonográfica maranhense e brasileira. “Bom dia! Começa agora mais uma Alvorada”. É com essa frase que a jornalista e DJ maranhense Vanessa Serra tem iniciado seus domingos nos últimos meses, abrindo a tela de transmissão ao vivo e o chat com a Alvorada, programa musical que realiza toda semana das 7h às 9h, pelo Instagram (https://www.instagram.com/vanessaserrah/) e pela Twitch TV (https://www.twitch.tv/djvanessaserra). Composto por um set 100% vinil, o projeto nasceu em maio de 2020 da vontade de conexão com as pessoas em meio ao isolamento social ocasionado pela pandemia do coronavírus, reunindo, ainda, referências da cultura popular e muitas memórias de família em torno da música. E um público cada vez mais cativo vem mostrando também estar nesta sintonia. “A ideia de fazer a Alvorada veio de discos que eu amo e me acompanham a vida inteira, só que eu não tinha espaço pra tocar. Onde é que a gente ia ouvir Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Angela Maria?”, recorda Vanessa, que atua como DJ há quatro anos. “Aí me decidi a fazer a live assim, cedinho, pra eu me lembrar como era na minha casa no final de semana, quando a gente acordava ouvindo música. Ninguém ligava a televisão. A gente ligava o som”.

Público - É nesse clima que o público do programa também se conecta nas redes sociais de Vanessa Serra aos domingos a partir das 7h, para ouvir, cantar e comentar um repertório que vai de Nonato e Seu Conjunto, Cartola e Dalva de Oliveira a Amelinha, Waldick Soriano, Chico Buarque, Marcio Greyck e Odair José. Tendo ao fundo a natureza do Sítio Itapiracó, onde mora, a apresentadora comanda tanto com as pick-ups e os discos quanto com o chat da transmissão. Ali, no bate-papo, entre “bom dia”, emojis, pedidos de música e comentários, é que a comunidade de “alvoradeiros” e “alvoradeiras”, como define a anfitriã, vai interagindo ao vivo, como numa espécie de grande salão de festa – no caso, virtual e sem aglomeração. Reunindo de artistas e jornalistas a advogados, funcionários públicos e donas de casa em torno da música, a interação é sempre um dos pontos altos da live. Vanessa Serra, que brinca e diz ter uma corte formada no chat, com embaixadora, mestre, príncipe e princesas, aproveita o espaço para comentar músicas novas de compositores que são ouvintes do programa, para agradecer às colaborações do conhecedor de música brasileira e, claro, repercutir os comentários sobre as memórias afetivas do público com as músicas. “A Alvorada faz a minha conexão com as pessoas, que estão juntas ali pela identidade cultural. Cada um tem uma memória, e a música é que dá essa liga para o grupo”, define. Para o futuro, a DJ projeta uma circulação presencial da Alvorada. Quando o momento permitir, a ideia é também fazer as transmissões de espaços como coretos, praças, asilos e cidades próximas, com uma estrutura maior e seguindo os protocolos de segurança. Origens A modernidade trazida pelo formato de live do programa não encobre, no entanto, as referências da cultura popular também presentes em detalhes que compõem a Alvorada. A começar pelo nome. “Alvorada nos remete aos festejos religiosos daqui de São Luís, quando a gente acorda cedinho, ouve um toque de caixa e faz uma oração. Por isso esse nome: para a gente ir para a Alvorada, para fazer esse resgate das músicas da época de ouro, encontrar as pessoas e eu, como DJ, sentir essa vibração e fazer essa troca com o público”, explica a apresentadora. Iniciada no primeiro domingo de maio, mês dedicado a Maria por algumas religiões, a Alvorada traz em seu íntimo um olhar de respeito às energias, culturas e origens que integram o programa, independentemente de credos e segmento religioso. Não à toa sempre abre com Concerto de Brandemburgo n.2 em Fá Maior Allegro, de Johann Sebastian Bach, e encerra Senhora Rezadeira, na voz de Beth Carvalho, rogando para que o povo “viva sempre a liberdade / E construa um mundo novo / cheio de felicidade”. “Existe uma energia que vai além de mim. Isso me emociona”, acredita.

Apresentadora - Natural de São Luís, Vanessa Serra é jornalista, produtora cultural e DJ. Graduada em Jornalismo e Pós-graduada em Jornalismo Cultural na Contemporaneidade, ambos pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), edita há 18 anos a coluna Diário de Bordo e traz uma experiência de 15 anos de produção e roteiro em rádio e TV, com programas ao vivo. É colecionadora de discos desde a infância, pesquisadora musical e começou a discotecar profissionalmente há quatro anos. É ainda integrante de coletivos nacionais de DJs, com apresentações semanais na plataforma twitch do Segunda Sem Lei e UhManasTV – formado só por mulheres DJs. Além da Alvorada, é idealizadora do projeto Vinil & Poesia, sarau poético-musical que destaca a música maranhense e conta com participações especiais de artistas e poetas. Contemplado pela Lei Aldir Blanc em 2020, através do edital Fomento a Projetos Culturais da SECMA, o disco Vinil & Poesia – Volume 01 foi gravado por poetas, cantores e compositores de expressão do Maranhão, e está disponível nas plataformas digitais, e também em formato LP (long play), prensado pela Vinil Brasil.

*Larissa Corrêa é jornalista. Maranhense, radicada em São Paulo – SP


DEPOIMENTOS:

“Na sua discotecagem da Alvorada, que é um brinde à vida, Vanessa Serra também fortalece nossa identidade cultural brasileira do Maranhão, tocando artistas como Josias Sobrinho, Chico Maranhão, e esse que vos fala e que também é da época do vinil. Enfim, só agradecer a esta guerreira com seu espírito guajajara e suas picapes sempre preparadas para defender, poeticamente, nossa Tribo Brasil”. César Nascimento, cantor e compositor (Maranhense, radicado em Petrópolis – RJ)

“Só na Alvorada que consigo ouvir aquelas belas músicas que tanto ouvi e que hoje não ouvimos tão comumente, a não ser que façamos nossa playlist, mas não é a mesma coisa, pois não tem a alegria de Vanessa Serra e a companhia dos seus seguidores. E o bom dia personalizado que ela nos presenteia? Demostra todo carinho conosco e uma retribuição à audiência.” Ironara Pestana, jornalista (São Luís – MA)

“Já começa pelo nome: Alvorada, que é sinônimo de luz chegando, e de significados de esperança, que é um substantivo que rima com dança, que é o que dá vontade de fazer quando a gente liga o celular domingo de manhã e dá de cara e ouvidos com os vinis essenciais e a alegria de Vanessa Serra. Sou fã. Viva!” Celso Borges, poeta e jornalista (São Luís – MA)

“Alvorada é um importante encontro com o reencontro com as nossas reminiscências através da música. É quando nos recordamos de passagens das nossas vidas pelas trilhas musicais que embalaram essas emoções.” Gilberto Mineiro, jornalista (São Luís – MA)

“Você não só conseguiu unir a música de qualidade com o som inigualável dos toca discos, como também o poder da difusão das redes sociais. União do passado e o futuro!” Shanna Botelho, neurocientista, licenciada em Artes (Maranhense, radicada na Espanha)

“Nas manhãs de domingo nada melhor que a Alvorada de Vanessa Serra, onde seu repertório eclético nos dá um momento único ao começar o dia.” Maria da Glória – designer de moda (Maranhense, radicada no Rio de Janeiro – RJ)

Informação: Assessoria de Comunicação

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