quarta-feira, 23 de março de 2022

Levantamento inédito será feito em parceria com diversos órgãos e instituições

O Ministério Público do Maranhão, por meio da 2ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de São Luís, promoveu na tarde desta segunda-feira, 21, no auditório do palácio Henrique De La Rocque, em parceria com o Instituto Municipal da Paisagem Urbana (Impur) e a Escola Ambiental do Maranhão, uma oficina para a realização do inventário de palmeiras e árvores de São Luís. A oficina foi ministrada pelo presidente do Impur, Walber da Silva Pereira Filho.

O treinamento também teve o apoio da Escola Superior do Ministério Público do Maranhão (ESMP). A atividade foi direcionada para aproximadamente 40 jovens integrantes do programa Agente Jovem Ambiental (AJA) coordenado pela Escola Ambiental do Maranhão do governo do Estado. Esta é a primeira vez que será feito um levantamento deste tipo na capital maranhense.

O objetivo é elaborar um inventário de patrimônio vegetal composto por palmeiras e árvores que tenham valor histórico, cultural, notável beleza cênica e interesse público, localizadas em São Luís. O levantamento vai auxiliar na valorização das espécies, no planejamento e manejo de arborização.

A pesquisa será realizada em cinco áreas públicas da capital escolhidas pelo Impur: duas residenciais e três comerciais e turísticas.

Compostas por cinco pessoas, as equipes que atuarão no levantamento serão coordenadas por uma pessoa com ensino superior completo em engenharia ambiental ou agronomia, além dos quatro estudantes. O cronograma de atividades está previsto para começar no mês de abril.

IMPORTÂNCIA

No início da atividade, a diretora da Escola Superior do Ministério Público do Maranhão, promotora de justiça Karla Adriana Farias Vieira, deu as boas-vindas aos participantes e explicou a dinâmica da atividade.

Antes da exposição do palestrante, o promotor de justiça do Meio Ambiente de São Luís, Cláudio Rebêlo Alencar, destacou a importância das árvores para o bem-estar de uma cidade. “A arborização ajuda a diminuir a temperatura do ambiente, auxilia na drenagem da água, proporciona sensação de felicidade ao ser humano e provoca a troca do gás carbônico com o oxigênio. Então, os benefícios são inúmeros”.

Cláudio Alencar também enfatizou que o trabalho de arborização de uma cidade não pode ser aleatório e deve ser feito com planejamento. Por isso, será realizado o inventário como forma de preservação das árvores de São Luís. “A nossa ideia é que vocês entendam a importância desse projeto e abracem essa causa para que possamos realizar a catalogação dessas árvores. Só assim, podemos protegê-las e desenvolver um trabalho de educação ambiental”, completou.    

O advogado e membro do Fórum Estadual de Educação Ambiental, Sálvio Dino, explicou o objetivo do inventário de catalogar as árvores centenárias e históricas da cidade, assim como as dotadas de beleza. “Este é um momento ímpar na história de São Luís. Não se protege o que não se conhece. É muito importante que façamos este trabalho de levantamento das espécies raras, bonitas, centenárias, antigas e onde estão para que possamos protegê-las”, destacou”.

O professor Roberto Gurgel, também integrante do Fórum de Educação Ambiental, ressaltou a parceria do MPMA para a realização do trabalho. “É uma satisfação ver o início deste trabalho e ninguém consegue sozinho mudar uma causa. Cada vez mais temos necessidade de estabelecer parcerias em benefício do nosso estado, do nosso município”, completou.

Também se pronunciaram sobre a importância da atividade o procurador do Estado, Rodrigo Maia Rocha, que representou o governador Flávio Dino; e a presidente da Escola Ambiental do Maranhão, Cricielle Muniz.

Igualmente integram o programa do inventário a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (FUMPH).

OFICINA

Durante o treinamento, o presidente do Impur, Walber da Silva Pereira Filho, primeiramente explicou o trabalho realizado pelo órgão municipal, que é responsável pelo plantio e poda de árvores, roça de grama e retirada de árvores, além da elaboração de planos e projetos de praças e áreas verdes de São Luís.

Sobre o levantamento a ser feito, o palestrante elencou os critérios para a catalogação das árvores: valor histórico, valor cultural e de interesse público e beleza cênica.  “A finalidade é realizar o levantamento histórico de cada árvore, gerar pesquisa colaborativa junto às comunidades, validar os dados coletados, registrar e compilar as informações obtidas”, enfatizou, apontando os objetivos do trabalho.   

Walber Filho destacou, ainda, que no final, o Impur pretende criar um código de barras (qr code) para cada espécie vegetal catalogada, que serviria como a identidade de cada palmeira ou árvore elencada. “Este inventário é de grande importância e o nome de vocês ficará na história de São Luís”, enfatizou.

Ao final, os arquitetos do Impur Diego Pereira e Lais Padilha complementaram o treinamento dos jovens.

Informação: MPMA

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