domingo, 24 de abril de 2022

Vacinas ainda são a principal estratégia para prevenir, mas ritmo de imunização caiu na pandemia


A baixa cobertura vacinal infantil e o adiamento da imunização de rotina em crianças desde o início da pandemia da covid-19 pode aumentar o risco de contágio por várias doenças graves – entre elas, a meningite. Neste domingo (24) é celebrado em todo o mundo o dia mundial de conscientização acerca da doença. A meningite é caracterizada pela inflamação das meninges, que são as membranas que revestem o cérebro, e pode ser fatal em boa parte dos casos.

No Maranhão, segundo o sistema de informações DataSUS, foram quatro casos da doença registrados desde o ano passado. O problema: com as imunizações em baixa, há o risco de que esse número aumente. De acordo com uma pesquisa realizada no ano passado pela farmacêutica SBK, cerca de metade dos pais adiou a vacinação periódica das crianças por causa da pandemia do coronavírus. Prevista no Calendário Nacional de Imunização, a vacina deve ser ministrada em duas doses ao longo dos primeiros 15 meses de vida do bebê.


A infectologista do Sistema Hapvida, Mônica Gama, explica que a imunização ainda é a principal forma de prevenir o contágio pela meningite. “O serviço público disponibiliza vacinas para proteger contra os agentes responsáveis pelos quadros mais graves. Vale lembrar que essa é uma doença de evolução rápida, que pode matar ou deixar sequelas para o resto da vida”, alertou.

Sintomas

A meningite pode ser transmitida por vírus, fungos ou bactérias. De acordo com a infectologista, a principal forma de contágio é o contato direto com a pessoa doente, por meio de secreções respiratórias. A doença pode ser transmitida antes mesmo da manifestação dos primeiros sintomas.

“Os principais sintomas são febre, vômitos, sonolência, irritabilidade, dor de cabeça, manchas avermelhadas na pele, dor ou impossibilidade de mexer o pescoço, além de convulsões”, listou Mônica Gama.

Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) trabalha com a meta de eliminar epidemias de meningite bacteriana em todo o mundo até o ano de 2030. Outras expectativas são reduzir em até 70% o número de mortes pela doença, e diminuir pela metade o número de casos totais.  

Informação: Cores Comunicação

0 comentários:

Postar um comentário