quarta-feira, 22 de junho de 2022

As novas formas de interagir que já são realidade e não tendência

A cada dia que passa novas formas de interagir são desenvolvidas a partir do aprimoramento das tecnologias. Atualmente a palavra “metaverso” tem aparecido com mais frequência e já tem gente fazendo uso do que o termo significa e representa. Podemos dizer que a expressão é recente, de 2021, mas já vem fazendo parte da nossa rotina há algum tempo.

Metaverso é uma espécie de ambiente virtual onde a realidade é aumentada e permite uma melhor interação entre os usuários. Segundo o professor do curso de Publicidade e Propaganda Guilbert Macedo, é uma tecnologia que já usamos há bastante tempo, que pode ter começado desde quando passamos a trocar e-mails. “Metaverso é a imersão, através de dispositivos e aplicativos, em que é possível vivenciar através de sensações, visuais, sonoras e mesmo táteis, uma interação do mundo digital e real ao mesmo tempo”, define.

Atualmente, o mercado financeiro já se apropria da tecnologia metaverso, em especial na compra e venda de criptomoedas, ações e fundo de investimento. Entretanto, o mercado de entretenimento, em especial dos jogos eletrônicos, já vem se utilizando deste tipo de tecnologia há mais tempo.

“Jogos como o Habbo e Club Penguin, do final dos anos 2000, eram plataformas que já possuíam ambientes de interação digital entre usuários através de personagens virtuais. Isso bem antes do mundo financeiro e das criptomoedas cogitar em aderir a essa tecnologia”, pontua Guilbert.

O especialista atua no Centro Universitário Estácio São Luís e ressalta ainda que, apesar de ser um recurso presente no nosso cotidiano, nem todos os brasileiros já tiveram algum contato com a tecnologia metaverso - e um dos fatores que contribui para isso é o acesso a internet, que ainda não está ao alcance de todas as pessoas.

Questionado sobre o impacto deste recurso no cotidiano e em como ele poderá transformar a forma de as pessoas se relacionarem, Guilbert cita o estudo do pesquisador israelense Yuval Harari. “Terá um impacto muito maior na sociedade do que todas as outras tecnologias digitais, pois com a possibilidade de sensações físicas, que outras tecnologias não possuem, no metaverso é possível, por exemplo, ser um super herói com poder de voo e essa sensação de voar é sentida de forma física pelo usuário através de aparelhos e aplicativos”, explicou.

Em relação à existência de riscos, o professor relembra que eles existem sempre que algo novo é criado. ”Os aviões que fazem as grandes distâncias serem percorridas muito mais rapidamente do que os carros e navios, também carregam a maldição de tornar as guerras ainda mais brutais”, exemplifica o professor universitário.

Ele chama atenção para os cuidados que todos devem tomar. “Sendo essa tecnologia muito mais imersiva e atraente os riscos poderão ser ainda maiores do que as redes sociais, como aponta o especialista Álvaro Machado Dias, neurocientista brasileiro”, conclui Macedo.

Informação: Cores Comunicação 

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