O ritmo, revalidado pelo Iphan no ano passado, é importante símbolo da cultura brasileira e embala um dos principais eventos do país - o carnaval

Ele é pernambucano, esbanja criatividade nas suas letras e tem o ritmo tão contagiante que é capaz de transformar uma mini sombrinha colorida em um potente objeto símbolo de história e cultura nordestina! Este é o Frevo, uma expressão artística brasileira que rompeu as barreiras dos carnavais de Recife e Olinda (PE) e conquistou o mundo, sendo reconhecido pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade.

O dia 14 de setembro é dedicado ao ritmo que teve origem no carnaval do final do século XIX em um momento de transição e efervescência social. Originária do verbo “ferver”, o Frevo traduz a mistura da dança de rua frenética e improvisada com o ritmo acelerado dos instrumentos de sopro, características típicas das animadas festas populares do Brasil, como o carnaval.

Foi a partir da preservação do Frevo e das tradições locais, por exemplo, que se originou o bloco carnavalesco Galo da Madrugada que, desde 1994, é considerado o maior bloco de carnaval do mundo pelo Guinness Book.

Além da música, que têm como protagonista o trombone, o trompete, o saxofone e a tuba, a dança no Frevo é marcante! Há uma coreografia de jogo de braços e pernas que são atribuídos à ginga dos capoeiristas, quando assumiram a defesa de bandas e, ao mesmo tempo, criaram a coreografia. Também se incorporou elementos de outros ritmos, como o maxixe e a polca.

PATRIMÔNIO IMATERIAL– Como uma ação de fortalecimento da cultura brasileira, em 2021 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) revalidou o título do Frevo como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

O processo técnico acontece a cada dez anos e, entre outros aspectos, investiga a atual situação do bem cultural, avalia e verifica as mudanças nos sentidos e significados atribuídos ao bem e dos impactos gerados pelas políticas de salvaguarda. O trabalho também reconhece os patrimônios culturais do Brasil e ajuda os artistas no acesso às políticas públicas, aos subsídios do governo e ações futuras de proteção e valorização culturais.

Em 2012, o Frevo também foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial pela Unesco. Segundo a instituição, a manifestação cultural é transmitida entre as gerações e constantemente recriada pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, da interação com a natureza e da história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, o que contribui para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.

Informação: Ministério do Turismo