Representantes dos forrozeiros apresentaram demandas e iniciaram diálogo em prol de políticas públicas direcionadas à manifestação cultural
Autoridades do Ministério da Cultura (MinC) se reuniram, nesta quarta-feira (29), com coordenadores do Fórum Nacional do Forró de Raiz. O encontro aconteceu a pedido do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), com o objetivo de abrir o um diálogo para pensar políticas públicas em defesa da manifestação cultural.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, recebeu pessoalmente as demandas, acompanhada do secretário executivo do MinC, Márcio Tavares, e de representantes das secretarias da pasta. Os forrozeiros estiveram representados pela coordenadora nacional do fórum, Joana Alves da Silva, por coordenadores estaduais da entidade e pelo músico Del Feliz.
A chefe da pasta iniciou o encontro abrindo as portas para as necessidades dos fazedores. “O Ministério da Cultura está aberto ao diálogo com todos os setores da cultura do Brasil, recebemos gente de todos os lugares. Hoje temos membros das secretarias e do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) presentes para fazer essa interlocução. Estamos aqui para ouvir vocês”, pontuou.
Os membros do fórum tiveram espaços de fala para apontar medidas importantes de proteção ao forró. Os itens destacados incluem uma lei que garanta cachês justos aos músicos; o reconhecimento como Patrimônio da Humanidade pela Unesco; um grupo de trabalho para políticas estruturantes; iniciativas de educação patrimonial voltadas ao forró; linhas de crédito para o financiamento de instrumentos; e a criação de um canal de defesa dos direitos de mestres da cultura popular em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da cidadania.
Em resposta, membros do ministério relembraram políticas já em andamento, como o novo decreto de fomento à cultura e a execução das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. Ressaltaram, ainda, o compromisso com novas iniciativas, como a aprovação de uma lei para as mestras e os mestres da cultura popular. “Esse é um dos objetivos da gestão. É extremamente importante que a gente tenha esse instrumento nacionalizado para garantir a todos os mestres e mestras da cultura a sustentabilidade e a dignidade, sobretudo na velhice”, explicou o secretário executivo da pasta.
O forró
Tocado com triângulo, zabumba e sanfona, forró veio do povo. Assim como o choro, o frevo e o samba, definiu-se nos bailes e festividades populares, em um ambiente de amplo convívio social e cultural. É uma forma de expressão que envolve diversas modalidades artísticas, tendo a música e a dança como núcleos. O nome refere-se, também, a um tipo de evento com música ao vivo e dança, onde há a presença de um repertório de gêneros musicais como o baião, o xote, o xaxado, e outros.
Informação: Ministério da Cultura
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