sexta-feira, 26 de maio de 2023

Nas últimas semanas, usuários, artistas e profissionais de diversos setores se manifestarsam sobre o corte da verba destinada ao SESC (Serviço Social do Comércio) e ao SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).

O PLV (Projeto de Lei de Conversão), aprovado na Câmara dos Deputados, propunha destinar 5% da arrecadação com contribuições sociais do Sesc e Senac para financiar a promoção internacional do turismo, via Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo).

Mas, na última quarta-feira, 24 de maio, a situação tomou outro rumo.

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a Embratur, em conjunto com o Planalto, chegaram a um acordo para que o Sesc e Senac apoiem ações de promoção internacional do turismo realizadas pela agência.

A decisão incluirá também o compromisso do governo federal de garantir novas fontes de receita para a Embratur.

Em nota da Embratur enviada ao Viagem em Pauta, a instituição diz que Sesc e Senac destinarão, anualmente, R$ 100 milhões, através da prestação de serviços de apoio ao turismo internacional. As ações serão realizadas pelos próximos 48 meses e devem somar R$ 400 milhões.

“Essa foi uma vitória do diálogo. Fechamos um acordo que tem dois pilares: parceria com o Sesc e o Senac para promover o turismo e a garantia do apoio do governo federal para garantir fonte de receita para a Embratur. Esses acordos são fundamentais para que a agência, que vai completar 57 anos de fundação neste ano, não tenha que paralisar as atividades em 2024 por falta de dinheiro”, explicou Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

De acordo com Freixo, a proposta é que, em quatro, a quantidade de turistas estrangeiros que entram no Brasil passe de seis para oito milhões.

“Isso significa cerca de R$ 10 bilhões a mais em nossa economia a cada ano. É mais demanda para construir hotéis, ampliar aeroportos, construir parques e museus, é mais demanda no comércio e nos restaurantes, mais emprego e renda em todo o país”, detalhou Freixo.

Entre os números apontados pelo presidente da Embratur estão as mais de 500 atividades econômicas movimentadas pelo turismo, principalmente do setor do comércio e serviço, empregando, formalmente, sete milhões de brasileiros.

“A cada R$ 1 que a gente investe na promoção internacional, R$ 20 entram na economia através do consumo dos nossos visitantes”, ressaltou.

Freixo lembrou também que o Brasil está atrás dos vizinhos latino-americanos quando o assunto é investimento na promoção internacional do turismo.

Segundo dados de 2019 levantados pela Embratur, o México investiu US$ 490 milhões; a Colômbia, US$ 100 milhões. Já o Peru e a Argentina destinaram ao setor, respectivamente, US$ 64 milhões e US$ 60 milhões. Naquele mesmo ano, o Brasil investiu US$ 13 milhões, ficando atrás dos principais concorrentes.

“É inaceitável que um país das dimensões territoriais e econômicas do Brasil, com um leque variado de destinos e atrações turísticas incomparáveis, invista tão pouco na promoção e fique tão atrás dos nossos vizinhos”, avalia Freixo.

Informações e imagem: Viagem na Viagem / Reprodução

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