segunda-feira, 12 de junho de 2023

Dia Nacional de Conscientização reforça a importância do diagnóstico precoce

O dia 12 de junho, tão lembrado e celebrado pelos enamorados, também marca a data de Conscientização da Cardiopatia Congênita que envolve milhares de histórias de crianças que lutam diariamente pela vida. Pensando em mudar essa realidade é que o Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), traz o alerta sobre essa anormalidade que precisa ser diagnosticada precocemente.

De acordo com o Ministério da Saúde, são cerca de 30 mil crianças que nascem por ano no Brasil com algum tipo de cardiopatia congênita e cerca de 6% delas morrem antes de completar um ano de vida. Por isso, o diagnóstico precoce é de extrema importância para que a criança cardiopata receba o atendimento no tempo oportuno, evitando óbitos.

As cardiopatias congênitas são defeitos na estrutura e/ou função do coração, sendo que essas alterações cardíacas se apresentam desde o feto e estão entre as malformações que mais matam na infância. A médica cardiopediatra do HU-UFMA, Rachel Nina, explica que a “cardiopatia congênita é toda anormalidade do coração que a criança já nasce com ela. São doenças que, em geral, modificam a circulação do sangue oxigenado ao não oxigenado no coração. Há um número enorme dessas anormalidades que podem consistir em ‘buracos’, refluxos e até estenoses de artérias ou veias”.

Ela ressalta, ainda, quais são os sinais mais comuns para os quais as pessoas precisam dar atenção. “Cansaço, dificuldade em mamar, cianose (coloração arroxeada das mãos, pés, língua etc), dificuldade em ganhar peso são alguns dos sinais que podem aparecer quando uma criança possui uma cardiopatia”, destaca Rachel.

SAIBA MAIS

Como é o tratamento?

Na grande maioria das vezes, a cirurgia é o tratamento mais indicado para as cardiopatias, no entanto, é preciso, em alguns casos, iniciar tratamento com medicação para controlar os efeitos das cardiopatias sobre a saúde dos portadores.

Como é feito o diagnóstico?

As cardiopatias congênitas podem ser detectadas ainda na vida fetal. Os exames de ultrassom morfológico realizados rotineiramente no primeiro e no segundo trimestres gestacionais fazem o rastreamento da malformação no coração da criança. Quando há suspeita de alguma anormalidade, é realizado então um ecocardiograma do coração do feto, que permite avaliar e detectar detalhadamente anormalidades estruturais e da função cardíaca.

Quais são os fatores de risco?

Um dos fatores de risco para o desenvolvimento da cardiopatia congênita é a herança genética. Pais e mães portadores de cardiopatias congênitas apresentam uma chance duas vezes maior de gerar um bebê cardiopata. O mesmo ocorre quando o casal já gerou um bebê com malformação cardíaca. Algumas cardiopatias, em particular, têm uma chance de recorrência ainda maior, chegando até 10% em gestações subsequentes.

Como prevenir?

Não há uma forma específica de prevenção, no entanto é importante, antes de engravidar, que a mulher possa tomar precauções em relação aos cuidados com sua alimentação, reposição de nutrientes, utilização de ácido fólico para prevenção de malformações do sistema nervoso, entre outras. É importante a realização de pré-natal de qualidade, e, caso a gestante seja portadora de doenças como diabetes e hipertensão, estas estejam bem tratadas.

Sobre a Rede Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Informação: HU-UFMA 

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