domingo, 4 de junho de 2023
Você anda desiludido com as pessoas? dia 12 está chegando, mas vale ter fé no amor em qualquer época do ano.
“We are soulmates”
No dia 6 de junho de 1998, foi ao ar o primeiro episódio de Sex and The City. Entre muitas risadas e looks glamurosos, a série levantou várias questões sobre relacionamentos, sexualidade e amizade.
Como foi filmada na década de 90, algumas falas podem parecer antiquadas para os dias de hoje. Mas não dá pra desconsiderar o papel inovador que a produção teve na época.
• Na história, Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda são 4 amigas que se divertem em Nova York — mas estão sempre em busca do amor.
A narração é feita pela Carrie, que tem uma coluna sobre relacionamentos e usa das experiências de seu quarteto inseparável para fazer reflexões sobre temas da agenda feminina.
Cada uma tem uma personalidade completamente diferente, mas, no final das contas, representam pessoas independentes e sonhadoras que vivem para encontrar o caminho da felicidade.
Ainda que não seja considerado o seriado mais cult do mundo, Sex and The City fez — e ainda faz — muita gente feliz. Para cada desventura que uma das personagens passa, alguém aqui de fora assiste e pensa “isso aconteceu comigo também”.
É claro que vivemos bem longe do glamour de Nova York, mas, no fundo, buscamos a mesma coisa que as protagonistas: amor próprio, sucesso profissional e, se dermos sorte, alguém legal pra sonhar junto.
• Usando as palavras da Carrie, “o relacionamento mais emocionante, desafiador e significativo de todos é aquele que você tem consigo mesmo”.
Porém, como o quarteto continua otimista depois das decepções, a personagem principal completa: “e se você encontrar alguém que ame essa versão sua, isso é simplesmente fabuloso.”
(BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL)
Amanda acordou com uma enxaqueca horrível. Precisou trabalhar fora de casa e o dia passou arrastado. Na hora do almoço, estava sem fome — como tem andado nas últimas semanas.
À noite, tinha um aniversário. Demorou horas para achar uma roupa que servisse. Todas caindo. Já percebeu que até nosso corpo tem o seu jeito de falar que está de “luto”?
• Ela sai desanimada, mas vai mesmo assim. Ainda que a sua vontade seja ficar de pijama assistindo série, resolveu se obrigar a sair de casa.
A caminho do bar, a Amanda coloca o seu fone de ouvido no máximo e escolhe uma playlist que não deveria estar ouvindo — por lembrar exatamente quem ela está tentando esquecer.
Mesmo ciente, ela não consegue mudar. Segue até chegar lá com o volume no máximo, como se o som fosse uma companhia para não deixá-la sozinha com os seus pensamentos.
Quando senta no bar, ela se sente aliviada. Com os seus amigos, consegue distrair. Fica algumas horas conversando amenidades, até que passa da 0h e todo mundo resolve chamar o Uber.
• Ela se agradece mentalmente por ter saído de casa e, ao entrar no carro, fala imediatamente: “nossa, que alívio chamar um Uber e a motorista ser mulher”.
A Danielle — que estava dirigindo o carro — deu risada e logo perguntou qual era a profissão da Amanda. Ela disse que era advogada, e a motorista já começou a contar todas as burocracias do seu divórcio.
Falou que fez tudo sozinha, e ainda contou que passou “poucas e boas” com o ex-marido. Sofrendo no pós término, a Amanda apenas revirou os olhos, como quem sabe que “nenhum homem presta”.
De repente, a motorista soltou: "Eu quero casar de novo. As pessoas pensam que é loucura, porque eu já tenho 37 anos, mas eu acredito que ainda vou casar de novo”.
A Amanda sorri e seu humor muda instantaneamente. Ela literalmente ouviu a Carrie Bradshaw na sua cabeça: “I am looking for love. Real love. Ridiculous, inconvenient, consuming, can't live without each other love.”
• Engraçado porque, ultimamente, ela tem pensado que se parece muito com a Carrie. Louca por sapatos e bolsas. Financeiramente irresponsável.
Completamente apaixonada por um cara inacessível, que nunca se comprometeu com ninguém e é o rei do seu próprio mundo. Há anos vivendo num eterno não-relacionamento de idas e vindas.
Quando a motorista disse aquilo, a única coisa que ela pensou foi: não posso desistir. Ela podia até ouvir a Carrie falando em seu ouvido: ‘’You can’t give up on love, sweetie.’’
A Danielle continuou em um tom divertidíssimo: “Eu tenho certeza que Deus vai me mandar exatamente o cara que eu quero. Tenho certeza”.
Com uma convicção de dar inveja, ela disse que sua irmã sempre fala que quem escolhe demais acaba sozinha. Mas a Danielle falou que não vai aceitar qualquer coisa não — “não sou caçamba para ficarem jogando lixo”.
A Amanda morreu de rir e sentiu uma onda de alívio. Pelo menos, ela não era a única que acreditava que ninguém deveria aceitar menos do que procura. Amor e salário a gente aceita o que acha que merece.
• E a motorista continuou: ‘’Ah, e você tem que rezar para Deus todos os dias te mandar o cara que você quer”.
Segundo ela, a descrição tem que ser precisa. Danielle diz que pede alguém bom de coração, estável, educado e respeitoso. E que também seja bem bonito. Afinal, ninguém é de ferro, né? risos.
Ela dá risada e, em seu quase monólogo, pergunta alto: ‘’Como Deus vai saber o que te mandar se nem você sabe o que quer? Você quer qualquer coisa? Se quiser qualquer coisa, é isso mesmo que vai receber”.
Indo além dos relacionamentos, a Amanda pensou quantas vezes na vida ela já disse “não sei o que vai dar”, por mera falta de coragem de assumir pra ela mesma o exato cenário que queria ver acontecer.
• Quantas vezes ela disse “não vou criar expectativas” sabendo que já tinha todas elas prontas na cabeça?
O que você consegue imaginar já existe. A Amanda concluiu que vive negando saber exatamente o que quer. Do jeitinho que quer. O medo de se frustrar acaba deixando tudo no plano das ideias — “imagina se isso der certo… “.
No final da corrida, ela diz pra motorista que ela está absolutamente certa. E que, a partir de agora, vai rezar e pedir exatamente o que quer ver acontecer.
"Vai acontecer". A Danielle fala que não tem essa de “acho, penso ou tomara”. Vai acontecer e pronto.
A Amanda fecha a porta do carro com a sensação de que sopraram um pouco de vida dentro dela. Toda a esperança que ela tinha perdido. Todos os cenários errados. De repente, tudo ficou distante.
Talvez o universo, Deus, a Danielle e a Carrie realmente estejam mandando uma mensagem: você não pode desistir do amor. Nas palavras da personagem de Sex and The City, ‘’You can’t give up on love, sweetie. You have to believe it.’’
Fonte: The Stories / Reprodução
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