terça-feira, 12 de setembro de 2023

Banco concederá 129 bolsas por meio do Programa Potências - Apoio do Itaú Unibanco à Permanência Universitária, no valor de R$ 964,00 mensais, com o propósito de reduzir a evasão escolar entre estudantes negros, pardos e indígenas das seis unidades da Universidade Federal do Maranhão


Em mais um passo para incentivar a equidade racial na Educação, o Itaú Unibanco, em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e a Fundação Josué Montello, anuncia a primeira lista de estudantes selecionados para receber uma bolsa financeira, no valor de R$ 964,00 mensais, que será paga ao longo dos anos de graduação dos bolsistas. A iniciativa faz parte do Programa Potências, criado pelo banco para apoiar estudantes cotistas em sua jornada de graduação. O banco concederá um total de 129 bolsas a alunos que ingressaram na universidade por meio da Lei de Cotas e em conformidade com critérios socioeconômicos. Nesta primeira etapa, considerando que o número de estudantes admitidos pelos critérios excedeu o número de bolsas disponíveis, a seleção dos beneficiários ocorreu por meio de sorteio conduzido pela Universidade. Os estudantes receberam o apoio financeiro no início no mês agosto, contemplando também, o valor retroativo desde março, quando o ano letivo se iniciou.

Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco, reforça que a colaboração público-privada é fundamental para a construção de um futuro em que a educação seja uma ferramenta de transformação e capacitação, abrindo portas para oportunidades antes inacessíveis. "Estudantes negros, pardos e indígenas enfrentam obstáculos sistêmicos que limitam seu acesso à educação de qualidade e oportunidades de desenvolvimento. A concessão de ajuda financeira para esses grupos é crucial para promover a equidade racial e combater as desigualdades historicamente enraizadas em nosso sistema educacional e na sociedade como um todo. Queremos ajudar a corrigir essa disparidade", comenta a executiva.

Segundo dados de Educação da PNAD Contínua 2022, do IBGE, divulgado em junho deste ano, entre os jovens de 18 a 24 anos, a frequência escolar no ensino superior é de apenas 20,8%, e na região nordeste o número é ainda menor: 16,3%. Em todo o país, a proporção daqueles que tiveram a oportunidade de frequentar o ensino superior para os jovens negros, alcançando 15,3%, em contraste com 29,2% dos jovens brancos.

Natalino Salgado Filho, Reitor da UFMA, defende que a concessão de bolsas, é um importante aliado à permanência de estudantes cotistas na educação superior brasileira. “Assim, programas como o Potências Itaú-Unibanco, são muito bem-vindos, pois a concessão de bolsas contribui para reduzir o índice de evasão e estimular o desempenho acadêmico e o pleno aproveitamento dos recursos oferecidos pela instituição e pelos seus cursos”, ressalta o professor.

Diversidade e Inclusão

As 129 bolsas abrangem seis diferentes campi da UFMA, localizados nos municípios de São Luís, Bacabal, Balsas, Chapadinha, Imperatriz e Pinheiro. Os estudantes selecionados nessas localidades, com idades entre 18 e 49 anos, estão matriculados em 38 cursos variados, nas áreas de Humanas, Sociais, Biológicas, Saúde, Tecnologia e Exatas. A maioria (60,7%) se identifica como do gênero feminino e 39,3% como do gênero masculino. 32,4% se autodeclaram negros, 66,7% se autodeclaram pardos e 0,9% se autodeclaram indígenas.

Além de dar apoio financeiro, o Itaú irá estabelecer núcleos de acompanhamento acadêmico ao longo da jornada de graduação dos bolsistas em colaboração com a Universidade Federal do Maranhão, observando indicadores como frequência, desempenho acadêmico, situação socioeconômica e evasão e impulsionando a elaboração de estudos acadêmicos a respeito da população de cotistas na instituição. O objetivo é fomentar a produção de dados que apoiem o debate acerca da construção de políticas públicas para a promoção da equidade racial na educação.

"Já realizamos um programa piloto na Universidade de São Paulo (USP), lançado em 2018, com 90 bolsistas cotistas. Os resultados indicaram uma notável redução na evasão, para apenas 2%, contra 20% do grupo cotista que não recebeu a bolsa. Para os estudantes que não entraram por meio de cotas, o índice de evasão foi de 13%. Outro dado importante observado foi desempenho acadêmico superior dos bolsistas em relação aos não beneficiados pela bolsa e àqueles que ingressaram pelo processo convencional de seleção, a Fuvest", conclui Luciana Nicola.

Informação: Assessoria de Comunicação 

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