quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Elaborado pelo Grupo de Estudos de Elasmobrânquios do Maranhão (GEEM) e pelo Laboratório de Organismos Aquáticos (LABAQUA) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o International Sawfish Day Brazil (Dia Internacional do Peixe-Serra), realiza um conjunto de ações internacional simultânea alusiva à conservação do espadarte. O circuito de programações teve início no dia 12 de outubro e encerrará amanhã, 20.  

A exposição esteve a mostra entre os dias 12 a 14 de outubro no Forte de Santo Antônio da Barra, na Península, em São Luís. No dia 17, data em que se comemora a festividade que dá nome à ocasião, o evento continuou com o seu circuito na escola municipal Sarney Filho, escola localizada no município de Raposa. Nesta sexta-feira, 20, as peças estarão expostas no Centro de Atendimento ao Turista da Raposa das 9h às 18h, encerrando o evento.

O evento, que possui como proposta a instrução do público a respeito dos riscos que a ação humana pode significar para o espaço biológico e sua diversidade, é aberto ao público e consta como uma exposição com peças fotográficas e audiovisuais, banners informativos e apresentação de animais como arraias e tubarões conservados em álcool, além de espaço lúdico para crianças. Docentes e discentes do curso de Oceanografia estiveram responsáveis pela curadoria da mostra.


O International Sawfish Day está em sua sexta edição no Brasil e busca elucidar os fatores que têm ocasionado a extinção da espécie Pristis pristis e como sua distribuição restrita ao Litoral Amazônico Brasileiro faz com que o Maranhão seja uma importante área para sua preservação. Por ser uma ação internacional com acompanhamento de instituições de amplitude global, as pesquisas realizadas pelo GEEM e pelo LABQAQUA se mostram significativamente essenciais para as estratégias de preservação dos peixes espadarte.

O professor do curso de Oceonografia, Jorge Nunes, reforça a importância da preservação da espécie e da contribuição para as pesquisas da área. "O espadarte, o Pristis pristis, que temos aqui no Maranhão é uma das espécies mais ameaçadas do planeta. Listas elaboradas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) apontam que o animal está criticamente em perigo, à um passo de sua extinção. Um animal como esse que tinha uma ampla distribuição possui refúgio apenas nos locais pertencentes ao Litoral Amazônico Brasileiro, o estado do Amapá, Pará e Maranhão. Diante de um cenário de estudos, temos registros ao longo de um certo tempo que são únicos no país, o que tem manifestado bastante as atividades e pesquisa sobre a espécie" finaliza.

Informação: UFMA 

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