domingo, 1 de outubro de 2023
Diálogo


Nietzsche disse que só existe uma pergunta a ser feita quando se pretende casar: “continuarei a ter prazer em conversar com esta pessoa daqui a 30 anos?”.

Na fala acima, o escritor Rubem Alves citou o filósofo alemão, Friedrich Nietzsche, para fazer uma reflexão sobre o que colocamos na balança na hora de escolher um parceiro.

• Para Nietzsche, a resposta é simples: tudo o mais no casamento é transitório, mas a maior parte do tempo é dedicada a conversa.

Se pararmos pra pensar, ao conhecermos alguém, várias coisas são colocadas em pauta. Desde atração física, compatibilidade de rotinas, até o que os amigos vão pensar do novo casal.

Não é que os outros atributos devam ser desconsiderados, mas pense bem: beleza passa, dinheiro acaba e julgamento alheio só dura até chegar uma fofoca nova na roda.

Seja pra jogar papo fora ou ter discussões filosóficas, é bom se perguntar: quando a idade chegar, a festa acabar, a luz apagar e o povo sumircom quem você realmente gosta de conversar?

Desejos e bençãos
Baseado em uma história real)


Ontem, o Diogo e a Victória trocaram as alianças em uma cerimônia íntima, doce, leve e cheia de animação — assim como o amor dos dois.

• Mas essa história começou muito antes deles subirem no altar, lá em 2011, e está longe de ser um conto de “amor à primeira vista”.

Na época, a Victória, que tinha acabado de completar 15 anos, não gostou da primeira ficada e inventou que só podia encontrar o Diogo de 2 em 2 dias porque seu pai era ciumento.

Já o Diogo, sabia muito bem o que queria, mas respeitou a vontade da Vic e focou em sua carreira profissional na natação — além de aproveitar algumas farras aos finais de semana.

O amor dos dois, então, nasceu tímido, mas foi crescendo a cada vez que eles arrumavam alguma desculpa pra conversar, e acabavam naquele diálogo que nunca tinha fim.

O pedido de namoro aconteceu no sofá do clube que eles nadavam, e foi da forma menos romântica possível, já ditando o amor dos dois: sem firulas, simples e verdadeiro.

• Já o primeiro pedido de casamento aconteceu em 2016, quando nenhum dos dois tinha estabilidade financeira pra dar esse passo.

O Diogo diz que já sabia que ela era o amor da sua vida, mas agradece pela racionalidade da Victória, que respondeu: eu quero me casar com você, mas só depois de formada.

O segundo pedido aconteceu alguns anos depois, e terminou com essa cerimônia cheia de amigos e familiares, que têm a sorte de ver de perto um exemplo tão palpável de que o amor funciona.


Segundo o Diogo, os dois já passaram por muitos desafios, mas o diálogo sempre prevaleceu. O seu conselho pra quem quer fazer um relacionamento dar certo é nunca deixar nada pra trás.

• Em suas palavras, “é preciso resolver os problemas pequenos antes que eles se tornem grandes”.

Falando sobre o que vem pela frente, a Ana Luísa — amiga do Diogo e da Victória — sabe que é difícil ter desejos pra quem já tem tudo pra ser feliz, mas deu sua “benção” com alguns pedidos:

Desejo que o Diogo continue com esse olhar de bobo apaixonado pela Victória, até quando ela exagera nos drinks e ele sabe que vai ter trabalho no final da noite. Desejo que a Victória continue se alegrando com as conquistas do Diogo como se fossem dela, até quando a saudade aperta de ter que ficar alguns meses longe. 

Desejo que o Diogo continue demonstrando amor através do toque e que a Victória fique por conta das surpresas repentinas que dão brilho pro cotidiano. Desejo que vocês continuem aproveitando tudo que esse mundo tem pra oferecer, mas construam um lar que seja ainda mais aconchegante do que as aventuras aqui de fora. 

Desejo que vocês façam muitas viagens incríveis e continuem colecionando rolhas de vinho, mas que nunca se esqueçam de que a companhia é muito mais importante do que a barrica de carvalho. Desejo que vocês sejam colo um do outro nos momentos difíceis e sempre relembrem dos motivos que os trouxeram até o altar. Desejo que vocês sigam sempre juntos, mas que haja espaço na união, pra que a individualidade permaneça. Desejo que a vida de vocês dois seja uma eterna festa e que a ressaca não chegue nunca.

Por fim, ela deseja que os dois se casem todos os dias. Ainda que nenhum padre more com eles, ela pede pra que a Victória e o Diogo acordem, se casem, e só depois façam o café.

Assim, antes de encararem o mundo lá fora, vão se lembrar que o mais importante está dentro de casa. Usando as palavras da Carla Madeira, “um casamento não é bom todo dia, mas é bom toda vida”.

Texto e imagens: The stories / Reprodução 


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