No dia 3 de outubro, foi realizado, no Palácio Cristo Rei, o lançamento do Programa Potências, fruto da parceria entre a UFMA, o Banco Itaú e a Fundação Josué Montello. A iniciativa tem, em seu cerne, o incentivo à equidade racial na educação, proporcionando aos alunos selecionados uma bolsa financeira no valor de R$ 964,00 mensais, que poderá se estender ao longo dos anos de graduação dos bolsistas.
O reitor Natalino Salgado, em reunião com pró-reitores e os alunos selecionados, explicou que essa iniciativa não apenas reduz as barreiras econômicas que muitos estudantes enfrentam, mas também marca uma parceria com as duas instituições engajadas na educação e que visam promover melhorias tanto na sociedade acadêmica como na civil.
O programa concederá um total de 129 bolsas a alunos que ingressaram na Universidade por meio da Lei de Cotas e em conformidade com critérios socioeconômicos estabelecidos anteriormente pela UFMA. Nessa primeira etapa, considerando que o número de estudantes admitidos pelos critérios excedeu o número de bolsas disponíveis, a seleção dos beneficiários ocorreu por meio de um sorteio conduzido pela Universidade. Os estudantes receberam o apoio financeiro no início do mês de agosto, incluindo o valor retroativo desde março, quando o ano letivo se iniciou.
O pró-reitor de ensino da Universidade, Romildo Martins Sampaio, pontuou que o programa inicialmente foi proposto pelo banco para atingir apenas os alunos já contemplados, mas, com base nesses resultados, há expectativas para que o banco possa dar continuidade ao programa. Também explanou a respeito da abrangência do projeto aos Câmpus do interior do estado. “Nesse primeiro momento, o programa atingiu discentes com esse perfil acadêmico, de pretos, pardos e indígenas de baixa renda, que tinham ingressado mediante cotas no primeiro semestre deste ano. Hoje temos bolsas em cinco dos nossos oito Câmpus do continente”, expõe.
Além de dar apoio financeiro, o Itaú vai estabelecer núcleos de acompanhamento acadêmico ao longo da jornada de graduação dos bolsistas em colaboração com a Universidade Federal do Maranhão, observando indicadores como frequência, desempenho acadêmico, situação socioeconômica e evasão e impulsionando a elaboração de estudos acadêmicos a respeito da população de cotistas na instituição. O objetivo é fomentar a produção de dados que apoiem o debate acerca da construção de políticas públicas para a promoção da equidade racial na educação.
Maiza Viana, discente do curso de turismo, afirma que o recebimento da bolsa é muito satisfatório e benéfico, uma vez que contribui diretamente não só para os seus estudos, quanto para o de diversos outros alunos. "Nenhuma das bolsas de permanência que os alunos da UFMA recebem são até o final do curso, então, ter recebido essa bolsa foi algo surreal, para mim e para os outros também, tanto que não acreditamos em primeiro momento", revela.
Kaylane Flávia Barbosa Chagas, do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, conta que pretende usar a bolsa para ajudar em tudo que está relacionado à universidade, como livros, alimentação e transporte. "Muitos estudantes, por conta de questões financeiras, não conseguem ter um suporte para poder focar exclusivamente aos estudos e a bolsa vai ajudar bastante nisso", analisa.
Leonardo Soares, pró-reitor de assistência estudantil, conta que o fato de a UFMA ser a primeira universidade do Brasil a se inserir no programa traz bastante orgulho. “Nos quatro anos em que estou à frente da assistência estudantil, não pude ver um programa com uma expressão tão grande em nenhuma instituição do Brasil, e me alegra bastante poder ver que nossos alunos poderão ter a oportunidade de usufruir desse auxílio para sua educação”, afirmou.
Informação: UFMA
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